04 junho 2024

Tarcísio assina a perda de cargo de diretores do CDP de Sorocaba que chantagearam presos de facções

Diretores punidos por Tarcísio chantageavam detentos ligados a facções criminosas e exigiam propina para conceder regalias em presídio.

Petrônio Viana

04/06/2024 

Márcio Coutinho foi diretor do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (SP) - Foto: TV TEM/Arquivo
Três diretores do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba tiveram a perda dos cargos públicos decretada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Eles foram condenados por chantegear detentos e cobrar propina de presos e familiares em troca de regalias dentro do presídio.

Márcio Coutinho, ex-diretor-geral, Smith Luiz Queiroga, ex-diretor de Disciplina, e Valdinei Benedito de Jesus Chagas, que era responsável pelo rol de visitas do CDP, cobravam entre R$ 500 e R$ 1.500 por favores que incluíam cardápio diferenciado e visitas fora dos horários estabelecidos.

Os detentos que aceitavam pagar os valores cobrados pelos diretores ganhavam o direito de comer pizza e churrasco, tinham acesso a televisores e colchões melhores, além de poderem circular pela unidade sem o uso dos uniformes.

Os fatos ocorreram no Centro de Detenção Provisória de Sorocaba na época em
que eles estavam nomeados como diretores da Unidade Prisional
A cobrança de propina também acontecia mediante chantagem a alguns presos ligados a facções criminosas. Em contato com familiares e detentos, os três ameaçavam alojar os presidiários em alas dominadas por facções rivais. A prática começou a ser investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), em 2013.

Na época, o diretor do presídio, Márcio Coutinho, tornou-se personagem de uma edição do programa Conexão Repórter, do SBT, que denunciou o esquema. O programa mostrou casos de assédio moral cometidos por Coutinho e comparou seus salários com os gastos e o patrimônio que o diretor ostentava nas redes sociais.

Coutinho após passar por exame de corpo de delito e audiência de custódia foi encaminhado
para Tremembé onde passou pela Inclusão e foi cadastrado no Sistema Prisional, desta vez como detento
Em junho de 2020, Márcio Coutinho foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de concussão [quando um servidor público exige vantagem indevida em razão do cargo] e associação criminosa. Ele, Queiroga e Chagas, que também foram condenados à prisão em regime semiaberto, foram demitidos das funções em 2022.

Coutinho se apresentou à Justiça em abril deste ano, após pedido do MPSP para execução da pena. O ex-diretor do CDP de Sorocaba foi levado para o presídio de Tremembé e pode deixar o presídio durante o dia, com uso de tornozeleira eletrônica, para trabalhar ou estudar.

Fonte: METRÓPOLES

12 comentários:

  1. Que coisa!
    Ganhavam bem, com direito a per-capta, moradia, água, luz, telefone, Internet, etc, possuía a vida que muitos desejam e, atuava de forma criminosa. Que sirva de exemplo.

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  2. Alguma novidade da polícia penal? Rs

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    1. Melhor assistir a um bom filme e esquecer esta novela da Regulamentação da Polícia Penal, a atual Administração parece que não tem nenhum interesse político neste ato. Está mais que provado isso.

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    2. Parece que vai ter uma reunião no meio do mês, pra marcar uma outra reunião.

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    3. Vai continuar apitando sem parar priiiii priiiii priiiii priiiii priiiii priiiii priiiii

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    4. Camarada, não são questões de filme ou novela, direita ou esquerda, certo ou errado.
      Este governo que agora está se apresenta em relação a nossa categoria trata os profissionais como moleques.
      ENQUANTO os governos que estejam no poder estiver com a maioria da base governista apoiando estaremos lascado.
      Somos tirados levados na cha cota , exemplo disto esse trato foi a entrevista no programa (panico) jovem pan que servimos de piada parra este mandatário.
      O pior de tudo que este que ai está, não ajuda a categoria e não deixa ninguém ajudar.
      Ano passado ja ficamos fora dos incentivos do governo federal e pelo andar da carruagem este ano vai ser a mesma coisa.
      Como tal indivíduo está com índice de avaliação alto junto aos elei.
      tores este deita e rola.

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  3. Já imaginou isso? Um ex-diretor geral, vestido de cáqui, matriculado no sistema, pegando bandéco e caneca de café pela boqueta das mãos do faxina?
    Sem falar no perréco perréco que deve aguentar dos sentenciados.

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  4. Parabéns ao Governador! Essa história é comum há décadas entre Diretores e Coordenadorias.

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    1. Estava sabendo e não denunciou?! O nome disso é prevaricação, é crime.

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