09 outubro 2024

Policial penal e integrantes de organização criminosa são alvos de operação em Juiz de Fora/MG

Gaeco investiga grupo responsável por vários homicídios na cidade. Ação, chamada de 'Alpha', também foi realizada em Uberlândia, Pará de Minas, Três Corações e em outros municípios do país.

Ministério Público de Minas Gerais

Publicado em 09/10/24 

No final desta manhã, o coordenador do Gaeco Juiz de Fora, promotor de Justiça Thiago Carvalho,
o promotor de Justiça Roberto Freire e a porta-voz da PMMG, major Layla Brunnela,
concederam entrevista coletiva sobre a operação
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio da Diretoria de Inteligência (Dint), deflagraram na manhã de hoje, 9 de outubro, a operação Alpha, que teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de organizações criminosas envolvidas com o tráfico de drogas, homicídios e outros crimes violentos.

Foram cumpridos 16 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em Juiz de Fora, Uberlândia, Pará de Minas, Três Corações, Rio de Janeiro/RJ e Campo Grande/MS. Entre os alvos está um policial penal que foi cooptado e praticava atos de favorecimento para os grupos criminosos.  

Saida das Equipes Integrantes da "Operção Alpha" nesta madrugada

A operação decorre de um trabalho conjunto realizado entre o Gaeco Juiz de Fora e a Diretoria de Inteligência da PMMG, que, ao longo de mais de 18 meses, mapearam e identificaram a tentativa de estabelecimento da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em Juiz de Fora. 

A tentativa de domínio territorial por esse grupo criminoso levou a eclosão de um conflito com integrantes e simpatizantes de outra facção criminosa (Comando Vermelho), resultando em diversas mortes.   

Em virtude dessa crescente de homicídios, em meados de 2022, o MPMG instaurou investigação para apurar e identificar integrantes dessas facções atuantes em Juiz de Fora, responsáveis por tráfico de drogas, homicídios, porte e comercialização de armas de fogo e outros crimes graves. 

Políciais da PMMG, PPMG,PCMG e Agentes do MS e RJ participaram da Operação


Além desses crimes, os grupos criminosos buscavam o favorecimento dentro do sistema prisional por meio da cooptação de um policial penal.

Ao longo da investigação, após inúmeras diligências praticadas pelos agentes do Gaeco e pela equipe da Dint/PMMG, aliadas às diversas provas obtidas a partir de ordem judicial (interceptação telefônica e quebra de sigilo de dados telemáticos), obteve-se provas de que os alvos da operação integram, de maneira estruturada e permanente, grupos criminosos vinculados a facções de âmbito nacional, os quais, mediante divisão de tarefas, se dedicam à prática de crimes graves.

Em coletiva realizada na manhã desta quarta, as instituições afirmaram que houve, entre 2021 e 2022, um aumento de 55% no número de homicídios no município envolvendo disputa territorial dessas facções por tráfico de drogas. Os dados do MPMG e da PM mostram que em 2021 foram registrados 47 homicídios, enquanto em 2022 esse número saltou para 73. 

Informações foram repassadas à imprensa durante coletiva no Centro de Juiz de Fora,
na manhã desta quarta-feira 09/10/2024  - Imagem: Leonardo Costa
“Essa operação deflagrada começa a partir de um relatório técnico feito pela PMMG e encaminhado ao MPMG, informando sobre grupos criminosos que atuavam na cidade e que seriam responsáveis por diversos homicídios ocorridos aqui por conta de disputa territorial por tráfico de drogas”, explica o promotor de Justiça Roberto Pinheiro da Silva Freire.

Além do Ministério Público e da Polícia Militar, a operação conta com apoio direto das Polícias Civil e Penal de Minas Gerais, da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul, do Gaeco-RJ e da CSI-RJ, ambos do Ministério Público do Rio de Janeiro.  

Fonte: Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)

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