Uma operação da Polícia Civil de São Paulo em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), ligado ao MP-SP, mira uma ONG que aparece em um documentário da Netflix e advogados ligados ao PCC.
Do UOL, em São Paulo e Colunista do UOL
14/01/2025
Segundo as investigações são criadas narrativas falsas de abusos no intutito de desestabilizar o Sistema Prisional e colocar a opinião pública contra o Estado |
ONG apareceu em documentário de 2024 da Netflix sobre o tratamento dos presos no sistema penitenciário brasileiro. O nome da operação "Scream Fake" faz referência ao nome do documentário "O Grito". Os perfis da ONG Pacto Social & Carcerário nas redes e seus serviços foram suspensos por ordem judicial.
Investigação começou há três anos após um visitante tentar entrar na Penitenciária II de Presidente Venceslau com mídias externas ocultas em suas roupas. Na ocasião, os equipamentos foram apreendidos e analisados. O material mostrou a atuação de quatro setores do PCC: Gravatas, Saúde, Financeira e Reivindicações.
Investigação está sendo realizada já há mais de três anos após realização de Documentário realizado pela Netflix |
"De um lado, integrantes da facção atentariam contra os funcionários públicos, de outro, a ONG dissemina bravatas vazias relacionadas ao sistema penitenciário, repercutindo em última análise em uma desestabilização de todo o sistema de Justiça criminal."
Investigação da Polícia Civil e do Ministério Público
ONG foi criada com a ajuda do Setor dos Gravatas e presta contas ao PCC, diz a polícia. A ONG informa à facção sobre sua atuação e de como ela vem atendendo aos seus interesses. A polícia diz que a ONG está sediada em São Bernardo (SP), mas não há qualquer evidência de que ela esteja em efetivo funcionamento.
Trailer oficial de: O Grito, Regime Disciplinar Diferenciado
Médicos cooptados para "plano de saúde do PCC"
A investigação também revelou que médicos e dentistas sem vínculo com o crime organizado eram cooptados para prestar atendimento particular e exclusivo a detentos faccionados. Os atendimentos aconteciam na Penitenciária II de Presidente Venceslau e Centro de Readaptação Penitenciária.
Serviços incluíam intervenções estéticas e cirúrgicas, diz a polícia. Apenas indivíduos com funções de destaque na estrutura do PCC eram beneficiados.
Atividades do Setor de Saúde eram gerenciadas por advogados do PCC.Os valores mais expressivos eram pagos por depósitos não identificados, transferências bancárias originadas de contas em nome de terceiros desconhecidos ou por transferências feitas pelo advogado diretamente ao profissional ou clínica. Todo o dinheiro envolvido nas operações era ilícito.
Fonte: UOL
Vídeo: BAND/BRASIL URGENTE
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