Uma colisão entre uma moto e um carro na avenida Nações Unidas, na altura da rua Floresta, em Bauru, tornou-se uma briga de trânsito, que contou até com disparo de arma de fogo, por parte de um policial penal na noite desta sexta-feira (8).
Por | da Redação
09.08.2025
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Boletim de Ocorrência foi elaborado e várias pessoas foram indiciadas |
De acordo com o boletim de ocorrência (BO), policiais da 4ª Companhia de Polícia Militar estavam em patrulhamento e foram acionados para o Parque Santa Cecília justamente por conta do desentendimento.
Ao chegarem ao local, encontraram uma aglomeração de pessoas e, em seguida, perceberam indivíduos correndo em várias direções em motos e carros, como se algo tivesse dispersado a multidão. Permaneceram no endereço três pessoas: dois homens e uma mulher de 33 anos, em estado de choque.
Ela contou que, na tarde daquele dia, dirigia uma moto pela Nações, onde bateu no lado esquerdo de um veículo conduzido por um homem de 30 anos, que sinalizou para que ela parasse. A motociclista afirmou ainda que ele a ameaçou, dizendo que, se ela não parasse, a seguiria, consta no boletim de ocorrência.
Residência
Assustada, ela decidiu dirigir até sua casa, mas notou que o motorista estava atrás dela. Durante o percurso, ligou para o marido, pedindo que a aguardasse na porta de casa. Quando chegou, correu em direção a ele.
O condutor do veículo, então, desembarcou e se aproximou, exigindo que pagassem pelos danos, registra o BO. O documento também relata que o esposo dela, de 33 anos, tentou acalmar a situação e foi até o carro para verificar os danos, mas logo houve um desentendimento.
O motorista fez ligações para amigos, solicitando que viessem ao local. Em pouco tempo, chegaram três ou quatro indivíduos, todos exaltados, que se aproximaram do casal para intimidá-los, aponta o documento elaborado no plantão da Polícia Civil.
Segundo marido e mulher, em determinado momento, um dos homens, que estava em um carro preto e era o mais nervoso, disse a outra pessoa que buscaria um “pau” no carro para “rachar a cabeça” da mulher, além de fazer menção de estar armado. Da mesma forma, o casal contou que outro homem fez um movimento que sinalizava pegar uma arma na cintura.
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Policial penal foi obrigado a disparar dois disparos para garantir a segurança de seus familiares |
Tiros
Foi quando o marido, policial penal, decidiu agir e efetuou dois disparos para o chão, com o objetivo de afastar os agressores e proteger a família, aponta o boletim.
Por conta dos disparos, os indivíduos se dispersaram. Ele se apresentou aos policiais militares, mostrou sua documentação funcional e entregou a arma de fogo, uma pistola Taurus, modelo G3C, calibre 9 mm, com capacidade para 12 tiros.
Acrescentou que tentou, o tempo todo, acalmar o motorista e os outros indivíduos. Disse ainda que tentou propor um acordo, mas sem sucesso. Uma segunda pessoa, que depois soube tratar-se do irmão do condutor, o acusou falsamente de também ter batido em seu carro, com o intuito de forçá-lo a pagar o conserto.
Na delegacia, afirmou que o condutor lhe disse que a “quebrada” iria resolver o caso e tentou agredi-lo. Ao reagir, desferiu um golpe no oponente, acertando com a coronha da arma a testa dele, causando ferimento.
Ressaltou que, em momento algum, apontou a arma em direção aos que ali estavam, tentando deixá-la o tempo todo com o cano voltado para baixo, sem pôr o dedo no gatilho, pois sua intenção não era efetuar qualquer disparo. Afirmou ainda à autoridade policial que, por diversas vezes antes dos disparos, tentou guardar a arma na cintura, o que não conseguiu, pois, a cada passo que dava para trás, os indivíduos se aproximavam dele, da mulher e dos filhos menores de idade.
Segundo o BO, as pessoas só correram em diferentes direções depois dos tiros.
Auxílio
Já segundo a versão do motorista, após o acidente, ele seguiu a motociclista e tentou conversar com o marido dela, que estava alterado e armado.
Então, ligou para o irmão pedindo ajuda. Este também tentou conversar com o marido da motociclista, mas sem sucesso. Disse ainda que, ao se aproximar, foi agredido com uma coronhada na testa, mas negou ter ameaçado alguém. Segundo o condutor, o que aconteceu foi apenas um desentendimento de trânsito.
A autoridade policial considerou que o agente utilizou moderadamente os meios de que dispunha para afastar injusta agressão por parte de indivíduos em superioridade numérica, efetuando dois disparos de arma de fogo em direção ao chão, e não aos referidos indivíduos. Isso configura possível excludente de ilicitude por legítima defesa, consta do BO, no qual o agente penal aparece como investigado por disparo de arma de fogo.
Fonte: JCNet
Contraponto: Segundo informações policiais que chegaram os indivíduos que ameaçaram o policial penal e seus familiares são egressos do Sistema Prisional e membros do crime, e tentaram acharcar de forma violenta e com ameaças e tentativas de terror. Mas quebraram a cara.
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