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QUEREMOS QUE HAJA JUSTIÇA SOCIAL

Somente assim haverá segurança pública real.

17 julho 2025

Policial Penal do CDP de Nova Independência, David D. C. Lopes é encontrado morto em casa em Andradina/SP

Cunhada encontrou o corpo ao entrar na casa, David era pai solo e filho estava chorando na residência sozinho.

H+ Andradina

17/07/25 

O policial penal David Dolvair Costa Lopes, de 42 anos, foi encontrado morto, vítima
de infarto fulminante dentro de sua residência - Imagem: Redes Sociais/ Mont. Leandro
Uma triste cena chocou familiares e vizinhos na manhã desta quinta-feira (17), no bairro Vila Delmond, em Andradina. O policial penal David Dolvair Costa Lopes, de 42 anos, foi encontrado morto dentro de sua residência por volta das 9h30. 

Segundo informações do boletim de ocorrência, a cunhada da vítima foi quem encontrou o corpo, já sem vida, caído no chão do quarto. Ao lado, o filho pequeno de David, de 2 anos, chorava sem parar.

David era policial penal lotado na Unidade Prisional de Nova Independência, município vizinho. Conforme apurado, a suspeita é de que ele tenha sofrido um infarto fulminante. 

A perícia criminal esteve no local por volta das 12h e, após os procedimentos técnicos, o corpo foi recolhido pela equipe do Grupo PAF (Plano de Assistência Familiar).

David que era viuvo, anos atrás ele perdeu sua esposa Solange e a filha que era
gêmea do menino que agora ficou órfão de pai e mãe - Imagem: Redes Sociais
A tragédia comove ainda mais pela história de vida de David, marcada por perdas familiares. Anos atrás, ele perdeu a esposa Solange e a filha, que era gêmea com o menino. O filho do casal agora fica órfão de pai e mãe.

No dia anterior à sua morte, David, que era pai solo, havia feito uma publicação nas redes sociais que hoje soa ainda mais comovente: uma foto dele com o filho em um balanço de praça, em Andradina. A imagem, que parecia apenas um registro de carinho entre pai e filho, agora ganha um significado doloroso.

A Polícia Civil deve instaurar inquérito para apurar todos os detalhes da ocorrência, embora, até o momento, não haja indícios de violência ou crime. O caso segue sob investigação, e o velório e sepultamento devem ocorrer nas próximas horas, em Andradina.

Expressamos nossas sinceras condolências e profundo pesar aos familiares, parentes, amigos e companheiros de trabalho do servidor que se foi, e que Deus em sua infinita bondade apascente os corações daqueles que ficam e sofrem com esta enorme perda .

"Combateu o bom combate, acabou a carreira, guardou a fé.
Desde agora, a coroa da justiça lhe está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, lhe dará naquele Dia; e não somente a ti, mas também a todos os que amarem a sua vinda."

2 Timóteo 4:7,8

Fonte: Hoje Mais

16 julho 2025

Morre a menina Lavínia de 10 anos de idade, baleada por policial penal após 'fechada' no trânsito em MG

Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, estava internada há quase um mês na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. O caso aconteceu em 15 de junho, em Porto Firme.

Por Ester Vallim, Letícia Damasceno, Carol Delgado, TV Integração e g1 Zona da Mata Juiz de Fora

16/07/2025

Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, foi baleada na cabeça por um policial penal - Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Morreu na madrugada desta quarta-feira (16) a criança de 10 anos baleada na cabeça por um policial penal que atirou contra o carro em que ela estava, em Porto Firme, na Zona da Mata mineira. O caso ocorreu no dia 15 de junho.

Lavínia Freitas de Oliveira e Souza estava internada em estado grave na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora desde 18 de junho, quando foi transferida do Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova.

O sepultamento da menina será na manhã de quarta-feira (17), em Diogo de Vasconcelos, cidade natal da família.

Policial penal atira em carro após levar 'fechada' e acerta criança na cabeça - Imagem: Reprodução
Em entrevista à TV Integração na época, o pai contou que o caso aconteceu enquanto voltava com a filha de uma viagem entre Diogo de Vasconcelos e Viçosa, da casa dos avós. Segundo ele, o policial penal Márcio da Silveira Coelho começou a perseguir a família na estrada em um carro.

“Passei por um veículo e acelerei, mas o automóvel começou a me perseguir em alta velocidade. Acelerei para tentar chegar a uma polícia mais próxima, e ele corria mais. Até que o motorista jogou o veículo na frente do meu, desceu e começou a atirar. Quando percebi, minha filha já estava com o olho virado e sangrando pela cabeça. Não acreditei no que estava acontecendo. Minha filha é tudo para mim”, disse.

Gravação de câmera de segurança

Marcelo explicou que seguiu direto para Viçosa e buscou atendimento médico para a filha, que chegou ao posto de saúde com dificuldade para respirar. A menina foi imobilizada, colocada no respirador e recebeu os primeiros cuidados antes de ser transferida para Ponte Nova e, depois, para Juiz de Fora.

Na época, a defesa do agente, através do advogado Rafael Abeilar, disse que ele realizou os disparos para afastar o veículo e proteger a família de um “possível ataque”, e que foi sem “qualquer intenção de atingir terceiros, muito menos uma criança”.

Nesta quarta-feira, o g1 entrou em contato novamente com o advogado, que informou não representar mais Márcio Coelho. A reportagem tenta localizar a nova defesa. O policial permanece preso na Casa de Custódia, na Grande BH.

Matéria jornalística 

Policial penal acusado de balear menina de 10 anos é indiciado por tentativas de homicídio

O policial penal de 34 anos acusado de atirar e balear uma menina de 10 anos após uma suposta briga de trânsito no último dia 15 de junho, na zona rural de Porto Firme, na Zona da Mata Mineira, foi indiciado por duas tentativas de homicídio, por motivo fútil e uso de arma de fogo. Na ocasião, o homem, que conduzia um veículo cinza, realizou oito disparos de arma de fogo contra o carro das vítimas, a criança e o pai dela, alegando ter sido “fechado” na via. 

Como o inquérito da Delegacia de Polícia Civil de Piranga foi concluído antes da confirmação da morte de Lavínia, o policial penal foi indiciado por duas tentativas de homicídio. O documento foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências legais, incluindo a análise do pedido de prisão preventiva do investigado, que podem oferecer a denúncia por homicídio consumado.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que a Corregedoria da Polícia Penal abriu um procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor. A Polícia Civil, por sua vez, também investiga o ocorrido, agora como homicídio.

Fonte: G1

Vídeo: TV Alterosa Zona da Mata

15 julho 2025

Policiais Civis encontram drogas no apto onde residia o policial penal preso em flagrante na PII de Bauru

Após uma denúncia anônima policiais civis se dirigiram para o local e lograram êxito em encontrar as drogas.

Leandro Leandro

15/07/2025

Os policiais civis lograram êxito em localizar as drogas que corroboraram os dados
recebidos e contidos na  denúncia anônima - Imagem: Leandro Leandro
Na manhã desta terça-feira, por volta das 09:30, a Equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil de Bauru, receberam uma denúncia anônima que no apartamento onde residia o indivíduo travestido de policial penal, Marcelo Miranda, que fora flagrado na Portaria da Penitenciária II de Bauru com 02 tabletes de maconha pesando 305 gramas, além de quatro minicelulares e dois aparelhos celulares convencionais no bolso da blusa que ele havia guardado nos armário pessoal da Unidade Prisional, também haviam drogas escondidas.

As Equipes Policiais se dirigiram para o local com os dados do endereço nas mãos e uma vez no local, após apresentar o devido Mandado de Busca e Apreensão, lograram êxito em localizar dentro do banheiro do imóvel, em um cesto de roupas sujas, uma sacola preta contendo 03 tijolos de uma substância esverdeada com cheiro e características de maconha.

As drogas estavam  escondidas dentro de um cesto de roupas sujas, em uma sacola preta,
localizadas no banheiro do apartamento do indiciado - Imagem: Leandro Leandro
Fato que veio a ser comprovado posteriormente pela perícia, em se tratar realmente de 03 tijolos de maconha ("cannabis sativa") conhecida popularmente como erva do diabo, diamba, ganja, matalouco, Mary Jane e outros, pesando aproximadamente 2,6 quilos do já citada produto ilícito.

O entorpecente foi então apreendido, e será instaurado um Inquérito Policial para apurar a conduta do agora número de matrícula Marcelo Miranda, que possivelmente será condenado por tráfico e com a agravante de ser policial penal e se aproveitar de sua situação privilegiada como tal, para levar drogas para a Unidade Prisional, faltando com o compromisso e a confiança de todos os seus companheiros de trabalho.

O individuo travestido de polícial penal foi flagrado na Portaria do Centro de Progressão
Penitenciária CPP II "Dr. Eduardo de Oliveira Vianna" de Bauru no final do mês de junho - Imagem: Leandro Leandro
Ele agora encontra-se encarcerado na Unidade Prisional de Tremembé, também conhecida como a Cadeia dos Famosos, e que também tem a custódia de polícias civis militares federais, penais e demais membros da Segurança Pública e que funciona como um seguro destes presos ali custodiados e quem por desvio de conduta ou de fatos aleatórios vieram a cometer crimes contra pessoas ou a sociedade.

Importante frisar que este material ilícito encontrado na residência do referido servidor irá se somar ao crime de tráfico já investigado, o que poderá majorar a pena que poderá vir a ser imputada às suas condutas, de traficar e armazenar drogas em sua residência. 

As penas que incidem para o citado crime são de: 05 a 15 anos de prisão, aumentadas de 1/6 a 2/3 pela condição de funcionário público .

Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, localizada no Vale do Paríba
onde se encontra atualmente o indiciado - Imagem: Laurene Santos/TV Vanguarda

Leandro Leandro

14 julho 2025

Van com presos do Sistema Penitenciário tomba na Av.Duque de Caxias em Bauru/SP VÍDEO

O acidente ocorreu por volta domeio dia desta segunda-feira e não houve nenhuma vítima com lesões graves, apenas o susto e o transtorno no trânsito.

Por Guilherme Matos | da Redação

14.07.2025

Após o acidente o tráfego ficou bastante complicado no local - Imagem: Reprodução
Uma van utilizada no transporte de presos da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) tombou por volta das 12h30 desta segunda-feira (14), em razão de uma colisão transversal com um Fiesta, no cruzamento das ruas Floriano Peixoto e José Aiello, em Bauru.

Para os motoristas, o local funciona como um prolongamento da avenida Duque de Caxias para quem segue à chamada Praça do Relógio (Sujiro Otake), sentido Vila Falcão. E foi justamente nessa direção que ocorreu a batida.

O motorista dos dois veículos e mais dois presos que estavam no compartimento denominado como “gaiola” sofreram ferimentos leves e foram conduzidos ao Pronto-Socorro Central (PSC). Por enquanto, o tráfego segue complicado no trecho.

A Polícia Militar e o Grupo de Orientação ao Trânsito (GOT) estão no local. O condutor é orientado a dar a volta no quarteirão para acessar a via até chegar à rotatória da praça.

O JCNET acompanha o caso.

Policiais Militares foram chamados para dar apoio ao policiais penais, orientar o trânsito e
também para fazer a segurança do local - Imagem: Reprodução

Fonte: JCNET

Polícia Penal terá que filmar intervenções durante crises em presídios de SP

Resolução foi publicada nesta segunda (14/7) no Diário Oficial. Intervenções em presídios deverão ser filmadas por ao menos 2 ângulos.

Bruna Sales

14/07/2025

Complexo Penitenciário Campinas -Hortolândia, conhecido como Carandiru Caipira - Imagem: Arquivo
Uma resolução da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) determinou que toda ação da Polícia Penal em presídios de São Paulo para gerenciamento de crises deverá ser filmada por pelo menos dois ângulos diferentes. 

O ato normativo, assinado pelo secretário Marcello Streifinger, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (14/7).
Parte 01 de 22 da publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo

Saiba o que diz a resolução

*De acordo com o texto, ficou determinado ao Diretor-Geral da Polícia Penal para que adote providências no sentido de que “toda ação de intervenção executada pela Polícia Penal em estabelecimento prisional para gerenciamento de incidente crítico e restabelecimento da ordem e da disciplina” seja registrada por meio de filmagem que deverá captar as imagens por pelo menos dois ângulos diferentes.

*A resolução é válida para intervenções por meio dos Grupos de Intervenção Rápida (GIR) ou Células de Intervenção Rápida (CIR) ou, ainda, outro grupo tático a ser empregado nesse tipo de ocorrência.

*As imagens poderão ser captadas com o uso de celulares ou de “outro dispositivo idôneo que o estabelecimento prisional dispuser”, diz o texto. Não há detalhes disponíveis no ato que descrevem quais são esses outros dispositivos.

*Foi determinado que toda vez que houver confronto durante a intervenção, com resultado lesão corporal ou de maior gravidade, um relatório e a cópia digitalizada das imagens registradas, sem qualquer edição, deverão ser encaminhados ao Juiz Corregedor da prisão, bem como à Corregedoria da Polícia Penal.

Parte 02 de 02 da publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo
*O relatório e as imagens deverão ser encaminhados no prazo de até 72 horas após a ocorrência.

*Nos casos em que não houver confronto, as imagens serão arquivadas por, no mínimo, 90 dias no próprio estabelecimento penal, “em mídia apropriada, com identificação da data, hora e equipe envolvida na intervenção, observadas as diretrizes de sigilo, segurança institucional e proteção de dados pessoais”.

*Após o prazo do arquivamento, foi determinado que as imagens deverão ser descartadas de forma segura. 

Centro de Detenção Provisória de Santo André, vista do lado externo das muralhas - Imagem: Arquivo
Segundo a resolução, as imagens captadas são consideradas “dados sensíveis” e seu uso indevido “sujeitará os responsáveis às sanções legais e administrativas cabíveis”, sendo vedada a divulgação das imagens fora do contexto legal ou sem autorização expressa da autoridade competente.

O texto também informa que o uso de câmeras corporais, como as da Polícia Militar, se mostra “inapropriado para ações em estabelecimentos prisionais”. Isso porque os agentes penais utilizam equipamentos de proteção na região torácica, como escudos de proteção balística, que coincidem com o local onde as câmeras costumam ser acopladas.

Fonte: Diário Oficial do Estado de São Paulo/Site METRÓPOLES

Racha no PCC: Fantástico tem acesso a vídeos inéditos que mostram briga entre chefes da facção; vídeo

Presos acusam Marcola, suposto chefe da facção, de delatar assassinato de funcionários penais federais no Paraná.

Por Redação g1

Marcola foi gravado pelo chefe de segurança da Penitenciária Federal de Porto Velho - Imagem: Reprodução
Uma briga silenciosa, travada nos bastidores, está rachando o Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminosa que nasceu em presídios paulistas e ganhou dimensão internacional. O Fantástico teve acesso a vídeos inéditos que revelam a rivalidade dentro da cúpula da facção, expondo os impactos dessa disputa pelo poder para a segurança pública.

A fissura principal aconteceu a partir de uma grave acusação de "caguetagem" (delação), um crime inaceitável no mundo do crime. Abel Pacheco, conhecido como Vida Loka, um criminoso com longo histórico no PCC, acusa Marcos Willians Camacho, o Marcola – número um da facção – de ter entregado Roberto Soriano, o "Tiriça", outro nome de peso no PCC.

Vida Loka e Soriano reagiram após ouvirem uma gravação de uma conversa de Marcola com o chefe de segurança do Presídio Federal de Porto Velho, em 2022, na qual Marcola dá a entender que Soriano seria o responsável pelas mortes de funcionários penais federais.

O confronto foi exposto publicamente no início de junho, durante o júri em que Soriano esteve no banco dos réus pela execução do policial penal federal Alex Belarmino. Este é, exatamente, o assassinato que, segundo as acusações, teria sido delatado por Marcola.

Roberto Soriano afirma que foi delatado por Marcola - Imagem: Reprodução

Alex Belarmino morreu em 2 de setembro de 2016, a caminho do trabalho na Penitenciária Federal de Catanduvas, Paraná. Nove meses depois, em maio de 2017, a psicóloga Melissa de Almeida Araújo também foi morta.

A polícia conseguiu identificar e prender os executores de Alex Belarmino, que confessaram ter recebido ordens das lideranças do PCC no Paraná para matar servidores penais federais aleatoriamente.

Claudemir Guabiraba, então líder do PCC no Paraná, assumiu ter dado a ordem de dentro de um presídio estadual. O Ministério Público Federal acusa Roberto Soriano como o mandante de ambas as execuções. Soriano, no entanto, nega seu envolvimento.

As declarações de Marcola, o "01" do PCC, geraram ainda mais revolta. Em uma conversa com seu advogado, Marcola afirmou ter ajudado a controlar uma rebelião no Complexo Penitenciário de Taubaté em 2001, sendo tratado como "filho" por um diretor, para quem ele "administrava a penitenciária". Para Vida Loka, tais afirmações são um "tapa na cara do crime", pois "bandido é bandido" e "polícia é polícia".

Vida Loka depõe como testemunha de Soriano e afirmou que Marcola falou demais, que ele
é uma vergonha, e que polícia é polícia, e bandido é bandido - Imagem: Reprodução
A Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo não quis comentar as alegações de Marcola.

Vida Loka e Andinho (Wanderson Nilton de Paula Lima, outro líder do PCC) buscaram explicações de Marcola, que inicialmente disse que o áudio era falso ou que as palavras foram tiradas de contexto. No entanto, um exame técnico da gravação confirmou que era uma "gravação bruta" e que não havia sido manipulada. Diante da verdade, Vida Loka decretou: "Nós excluímos Marcola do mundo do crime".

A exclusão de Marcola, contudo, não foi unânime. Enquanto Soriano, Vida Loka e Andinho afirmam ter sido "decretados" (jurados de morte) por não aceitarem a manipulação, a maioria dos membros do PCC "na rua" ficou do lado de Marcola. Caluniar também é um crime dentro do mundo do crime. Soriano, que já foi um dos maiores assaltantes do Brasil, declarou no júri: "Eu não sou inimigo do PCC. Eu sou inimigo do Marcola", e afirmou ter decidido sair da facção.

No oitavo dia de julgamento pela morte de Alex Belarmino, Roberto Soriano foi condenado a 23 anos e 5 meses de reclusão. A defesa de Soriano afirma que irá recorrer, alegando que não há provas de que ele mandou matar os policiais penais federais, e que as delações premiadas foram "construídas" para mencionar seu nome. A defesa argumenta que Soriano foi condenado por lutar contra um sistema que "avilta, corrompe e degrada a condição humana do preso".

Vídeo jornalístico 

A Secretaria Nacional de Politicas Penais afirma que "todos os presos sob sua custódia têm os direitos assegurados e que toda denúncia relacionada aos procedimentos é apurada com seriedade e rigor."

Pesquisadores como Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, apontam que este racha é significativo. O PCC sempre foi conhecido por sua hegemonia em São Paulo, diferente do Rio de Janeiro, onde as cisões levaram à criação de diversas facções e disputas territoriais. A estratégia do Ministério Público de São Paulo de isolar as lideranças do PCC em presídios federais desde 2012 e, em massa, a partir de 2019, visava justamente estimular essas rachas.

Embora Marcola continue na liderança, várias lideranças tradicionais do PCC contestam sua autoridade. O julgamento de Soriano foi visto como uma "oportunidade de fazer a caveira do Marcola". Apesar de ter sido excluído do crime, Vida Loka reforça seu amor pelo PCC, afirmando: "Eu dou minha vida pelo PCC. Tá na alma, tá aqui dentro". A preocupação agora é saber até que ponto essa hegemonia do PCC será mantida em São Paulo e se o estado pode ver uma situação similar à do Rio de Janeiro.

Fonte: G1 - Fantàstico

11 julho 2025

PMs da Rota atiram em policial civil em serviço na favela do fogaréu na zona sul de SP

A ação da Rota na Favela do Fogaréu aconteceu um dia depois que dois cabos da Polícia Militar foram presos acusados de matar uma pessoa rendida na Favela de Paraisópolis.

Josmar Jozino

Colunista do UOL

11/07/2025

Rafael Moura da Silva, 38, da equipe do Cerco (Corpo de Repressão Especial ao Crime Organizado)
 da 3ª Delegacia Seccional - Imagem: Cedido ao UOL
Policiais militares da Rota (Rondas Ostensiva Tobias de Aguiar), a tropa mais letal da corporação, baleou no início da noite o investigador Rafael Moura da Silva, 38, da equipe do Cerco (Corpo de Repressão Especial ao Crime Organizado) da 3ª Delegacia Seccional (Oeste).

O policial civil estava em serviço com colegas e acabou levando três tiros na rua Pedro Faber, na Favela do Fogaréu, na região do Capão Redondo, zona sul. Uma das balas ficou alojada no abdômen de Rafael. Segundo informações, ele foi levado para o hospital das Clínicas.

Os agentes contaram que a equipe do Cerco entrou na favela por um lado. Do outro lado vinham os PMs da Rota e houve o encontro. O pessoal do Cerco se identificou e afirmou que estava fazendo uma operação contra o tráfico de drogas. Mas os militares sacaram as armas e atiraram.

Policiais observam a favela de Paraisópolis, em SP, depois da ação que terminou com um
homem morto nesta quinta (10), mesmo após ter sido rendido - Danilo Verpa/Folhapress
A reportagem procurou a SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública), para ter mais detalhes sobre o caso. A pasta informou que ainda não tinha informações e que estava apurando a ocorrência.

Já nos grupos de WhatsApp de policiais civis, agentes divulgaram até a foto do policial civil baleado e informaram que ele permanece internado e seu estado é estável.

Nas mensagens, os policiais afirmam que no local da ocorrência os policiais da Rota queriam apresentar a versão de troca de tiros. "O ambiente está pesado e com animosidade entre os dois lados", escreveu outro agente para os colegas.

Grupo ataca motorista e tomba carro no Morumbi, Zona Sul de SP - Imagem: Reprodução/TV Globo
A ação da Rota na Favela do Fogaréu aconteceu um dia depois que dois cabos da Polícia Militar foram presos acusados de matar uma pessoa rendida na Favela de Paraisópolis.

Os cabos Renato Torquatto da Cruz, 39 e Robson Noguchi de Lima, 33, foram detidos apela Corregedoria da PM e devem passar por audiência de custódia amanhã.

O episódio aconteceu às 15h50. Minutos depois, moradores de Paraisópolis atearam fogo em caçambas em Paraisópolis, quebraram carros e agrediram motoristas.

Grupo ataca motorista e tomba carro no Morumbi, Zona Sul de SP - Imagem: Reprodução/TV Globo
Mais tarde, por volta das 20h36, policiais militares mataram outra pessoa e alegaram que houve troca de tiros. Um IPM (Inquérito policial Militar) também foi aberto para apurar esse caso.

Os Delegados

O que os delegados envolvidos no caso querem saber é se os policiais da Rota atiraram sem se importar com as consequências, ou seja, se atiraram primeiro nos policiais que estavam chegando em uma biqueira da favela para perguntar depois. Um delegado ouvido pelo Estadão afirmou se tratar de uma situação muito difícil.

"Estamos verificando todas as circunstâncias do caso para, depois, tomar uma decisão com serenidade", afirmou o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Emygdio Machado Neto.

O caso está sendo registrado no 37.º Distrito Policial, no Campo Limpo. A polícia deve analisar as imagens e os sons nas câmeras dos policiais da Rota, que, segundo os procedimentos operacionais anunciados pelo governo do Estado, deveriam estar ligadas na ocorrência.

Além deles, só as câmeras usadas pelos traficantes de droga para monitorar a região podem ter imagens sobre o que de fato aconteceu no local. A Corregedoria da PM deve acompanhar o caso. Até as 21h30, o Comando da PM não havia se manifestado.

Fonte: UOL