SOMOS A POLÍCIA PENAL

Profissionais invisíveis que garantes a segurança da sociedade.

QUREMOS QUE NOSSOS DIREITOS SEJAM RESPEITADOS

Arriscamos nossas vidas para garantir a segurança de todos.

SOMOS GUERREIROS E INCANSÁVEIS

Lutamos pelos direitos de todos os servidores públicos.

ACREDITAMOS NUM PAIS MENOS DESIGUAL

Não compactuamos com os demsandos dos governos.

QUEREMOS QUE HAJA JUSTIÇA SOCIAL

Somente assim haverá segurança pública real.

24 janeiro 2020

VÍDEO: Policia penal brasileira será a melhor do mundo, por isso a união se faz necessária

Após a promulgação da Emenda Constitucional 104 passa a ser uma obrigatoriedade a regulamentação em nível nacional e estadual, e o que vem já ocorrendo conforme temos divulgado.



Leandro Leandro
24/01/2020
A Policia Penal irá trazer em seu bojo e suprir todos os anseios dos profissionais do Sistema Penitenciário Brasileiro


À partir desse Marco a união, os estados e o distrito federal precisam adequar suas constituições e as legislações infraconstitucionais para regulamentar a nova polícia ou seja os antigos cargos de agente de segurança penitenciário, inspetor penitenciário e outras denominações que existiam serão extintos.

A Polícia Penal foi resultado de uma luta intensa dos agentes penitenciários em todo o país. Trata-se da única instituição de segurança pública que teve em sua gene a vontade, luta e a articulação de uma categoria de trabalhadores.

Agora que ela, enfim, foi implantada, é preciso que suas atividades e funções sejam regulamentadas atendendo o mesmo princípio que norteou os agentes penitenciários durante toda a história de luta por esse reconhecimento constitucional. Para isso, é muito importante que a categoria continue mobilizada para essa construção institucional, que é contínua.

Com o reconhecimento na Constituição Federal, os trabalhadores da segurança prisional passam a ter a proteção contra a privatização das suas atividades. Sem a especulação em torno da possibilidade de se terceirizar essa função, o Estado terá que investir na sua organização, carreira e funcionamento, sem os improvisos de gestão que historicamente foram utilizados. A Polícia Penal é, sobretudo, a polícia da execução penal, um braço do Estado na administração da execução da pena e na segurança penitenciária.

           

A partir da sua regulamentação, o Departamento de Polícia Penal assumirá a administração, segurança, fiscalização e controle da execução penal, em todas as suas vertentes, no que concerte ao Poder Executivo, sendo dirigido por servidores da carreira da Polícia Penal.

As atividades dos policiais penais serão basicamente aquelas que já vinham sendo realizadas pelos agentes penitenciários, somadas a outras correlatas a serem definidas na regulamentação. A valorização e a importância desses servidores virão dessa transformação imposta pela EC 104.

O texto da Emenda Constitucional 104 é bem claro ao impor que a regulamentação deve acontecer pelo Poder Executivo de cada estado da Federação, Distrito Federal e União (para dos casos do sistema penitenciário federal) por meio de leis próprias.

Cada um desses entes tem sua respectiva Polícia Penal para regulamentar. Mas é claro que é preciso um esforço nacional para que esses serviços, uma vez regulamentados, tenham uniformidade, evitando-se que se forme uma cocha retalhos.

Nesse sentido, o Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça tomou a iniciativa de promover um debate nacional sobre a regulamentação da Polícia Penal Federal, criando parâmetros para a regulamentação nos estados e no Distrito Federal.

Mirando futuros policiais penais, vejam a qualidade do vídeo produzido por uma empresa de concurso público

São Paulo

O estado de São Paulo criou neste mês o Grupo de Trabalho(GT) para regulamentação da polícia penal paulista, e a regulamentação virá na forma de uma PEC que vai alterar a constituição de São Paulo, e através de uma lei que vai criar o cargo do Policial Penal junto a algumas diretrizes, e a lei orgânica da Polícia Penal de São Paulo que irá ditar as novas atribuições da Polícia Penal no Estado de São Paulo.

Hoje temos duas carreiras de servidores que atuam na atividade-fim, Asps e Aevps. E aí neste momento está sendo trabalhado qual será o formato da Polícia Penal de São Paulo que espera-se, seja uma polícia única, uma polícia forte e exemplo para o país assim como todo sistema penitenciário de São Paulo ou é.

Estão sendo criados algumas celeumas, mas ainda não está definida a polícia penal no Grupo de Trabalho, que é constituído de vários servidores e representantes de várias categorias, juntamente com o Secretário adjunto Dr. Catirse e o Cel. Severo que também é Assessor da Secretaria

Os sindicatos estão trabalhando para formatar senão a melhor, a que se equipare a melhor polícia penal do Brasil nessa organização. Com o surgimento dessa polícia as antigas carreiras de agente de segurança penitenciário e agente de escolta e vigilância penitenciárias são carreiras em extinção e transformação que vão passar a vigorar com novas atribuições.

Importante se faz frisar a todos os servidores, Asps e Aevps, que após a aprovação da PEC modificativa da Constituição Paulista, os cargos de ambos os profissionais estarão extintos, assim também como as Leis anteriores que embasaram a suas criações. Portanto o momento é de fortalecimento entre todos estes profissionais em nome da Policia Penal do Estado de São Paulo.



Fontes: Sindarspen/Leandro Leandro
Fonte Vídeo: Youtube/Polícia Penal; DEPEN; SAP, SEAP; GIR; SOE, GIT;

CANALHA: Policiais penais detém aluno de Direito de 54 anos por levar drogas para presos na penitenciária de Uberaba/MG

Na última terça-feira (21), ele já havia tentado entrar com drogas no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves.


Por G1 Triângulo e Alto Paranaíba
24/01/2020
Caso ocorreu na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba
Foto: Erika Machado/G1

Um estudante de Direito, de 54 anos, foi detido na quinta-feira (23) após ser flagrado ao entregar drogas para dois detentos da Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba. Esta é a segunda vez, em menos de dois dias, que o homem comete o mesmo tipo de crime.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o homem se apresentou na penitenciária como advogado de dois presos. Na sala de atendimento usada por advogados, os policiais penais suspeitaram da atitude dele e dos dois detentos que estavam sendo atendidos. Após revista, os presos confessaram a posse das drogas e o advogado foi preso.

A Sejusp informou que o fato foi comunicado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da OAB, mas até a publicação da reportagem, não houve retorno.
Ele se valia de sua condição de estagiário para se passar por advogado e levar drogas aos
detentos da unidade prisional-Imagem: G1 Triângulo e Alto Paraniba


Outro caso

Ainda segundo a Sejusp, o suposto advogado já havia tentado entrar com drogas no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última terça-feira (21).

Na ocasião, ele conseguiu fugir da unidade quando percebeu a movimentação de policiais penais durante a revista. Dentro da mochila dele tinha maconha. Ele era estagiário de Direito na unidade prisional e, por causa do ocorrido, ele foi descredenciado da função.




Fonte: G1

Secretários de Administração Penitenciária se posicionam contra a recriação do Ministério da Segurança

Depois de encontro com secretários estaduais de segurança pública, Bolsonaro disse que iria estudar a criação da pasta, e os secretários de Justiça reunidos no Depen defendem que Bolsonaro não recrie Segurança, dividindo ministério de Moro.



Publicado por Jamildo
Em 24/01/2020 

Secretários presentes na reunião do Consej realizada ontem,23/01 no Depen em Brasília foram contrários
a cisão do ministério comandado por Moro - Imagem: Jorge Willian/Agência O Globo

Na quarta-feira 22/01, secretários estaduais da área de Segurança Pública de todo o País, incluindo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, reuniram-se com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para pedir que o Ministério da Segurança Pública seja recriado.

Atualmente, a área está na alçada do Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro – que virou uma espécie de superministro ao comandar a pasta da Justiça e Segurança Pública. De acordo com agências de noticiais nacionais, no encontro, o presidente afirmou que o governo avaliará o pedido.

“Essa possível recriação poderia melhor gerir a questão da segurança, esse é o entendimento dos senhores (secretários). A gente vai estudar essas questões aqui e daremos uma resposta o mais rápido possível”.

“Experiências recentes mostraram que quando a segurança pública recebeu a atenção devida nas mais elevadas instâncias políticas, resultados estruturantes foram alcançados, a exemplo da criação de uma política e um plano nacional de segurança pública, ou mesmo com a criação de Sistema Único de Segurança Pública, com suas formas de financiamento”, afirmou, em nota, o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp).

Além da recriação da pasta, os secretários pediram a ampliação das verbas do fundo nacional de segurança pública, a redução do IPI de equipamentos de segurança e a determinação, nos contratos de concessão, para que operadoras de telefonia façam o bloqueio de sinal de celular em áreas de segurança, como presídios.

Presidente do Consej que engloba as secretárias de Justiça e de Administração Penitenciária do pais Pedro Eurico,
junto com seus pares foram contrários a decisão de rachar o ministério de Moro-Imagem: Leo Motta/JC Imagem)

Pois bem…


O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária do Brasil (Consej) e secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, participou nesta, quinta (23.01), em Brasília, da reunião que aborda a regulamentação da Polícia Penal.

Durante o encontro, no Departamento Penitenciário Nacional (Depen), onde reúne secretários estaduais de Justiça e Administração Penitenciária do Brasil, foi elaborada uma carta relacionada à solicitação de recriação do Ministério da Segurança Pública.

Secretários de Justiça e da Administração Penitenciária dos estados são contrários a divisão do Ministério, pois com
 a união das Forças de Segurança fica mais fácil tomar decisões de combate ao crime- Imagem: Depen


Veja a carta na íntegra


Os Secretários de Estado de Justiça e Administração Penitenciária do Brasil vem a público manifestar contrapontos à solicitação apresentada pelo Conselho de Secretários de Estado de
Segurança Pública que, em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, solicitaram a recriação do Ministério da Segurança Pública. 

Em um contexto em que os dispositivos da lei do Sistema Único de Segurança Pública clamam pela integração de forças, onde a busca pela redução da criminalidade e da violência devem ser pautadas pela união de esforços em prol do interesse público, a separação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, além de inoportuna, frente aos consideráveis avanços alcançados ao longo dos últimos 12 meses, cria elementos de desconformidade em um cenário de redução nos gastos públicos e responsabilidade na austeridade fiscal.

O MJSP, reintegrado há um ano, vem correspondendo às expectativas da sociedade brasileira e dos poderes constituídos, demonstrando ser, aos gestores de segurança pública, uma ferramenta eficaz para a gestão pública e o seu aprimoramento técnico.

Diante da atual conjuntura, o Conselho Nacional de Secretários de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (CONSEJ), representando os Estados da Federação, declaram que a forma mais eficaz de garantir recursos e políticas na área de segurança e sistema prisional, é a manutenção da estrutura atualmente existente sob a gestão e coordenação do Ministro de Justiça e Segurança Pública.




Fonte: Blog do Jamildo/NE10

Secretários de Estado participam de reunião sobre regulamentação da Polícia Penal Federal no Depen/MJ

A reunião teve como objetivo a definição das atribuições do Policial Penal, bem como a estrutura, organização, funcionamento da categoria.



Secom
Publicado: 24/01/2020 08h30

Grupo de Trabalho discutiu as possíveis atribuições aos Policiais Penais-Imagem: Depen/MJ


Brasília, 24/01/2020 - O Departamento Penitenciário Nacional recebeu ontem (23), em Brasília, Secretários de Justiça e Administração Penitenciária durante encontro do Grupo de Trabalho criado para debater a regulamentação da Polícia Penal Federal.

O GT tem como missão produzir proposta de lei que estabelecerá as atividades no âmbito da União. “A contribuição dos secretários dos estados é fundamental, já que a norma poderá nortear as demais polícias penais”, destacou o Diretor-Geral do Depen, Fabiano Bordignon.

Diretor -Geral do Depen, Fabiano Bordignon ouviu os secretários, suas idéias, questionamentos e sugestões
sobre o assunto principal que era as regulamentações da Policia Penal nos estados- Imagem: Depen/MJ

Para o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), Pedro Eurico, este é o momento de fortalecer o corporativismo da categoria. “A troca de experiências sobre a Polícia Penal Federal é importante para os estados, na medida em que também valida a composição futura das polícias penais estaduais.

Durante o encontro também foram debatidas questões relevantes, como estrutura, organização e funcionamento da Polícia Penal. “É essencial o diálogo para a construção de uma proposta consistente que de fato atenda a demanda do Brasil”, afirmou o presidente do GT, Diego Montovaneli.

 “É essencial o diálogo para a construção de uma proposta consistente que de fato atenda a demanda do Brasil”,
 afirmou o presidente do GT, Diego Montovaneli. Imagem: Depen/MJ






Fonte: Serviço de Comunicação Social do Depen - 

23 janeiro 2020

IMPORTANTE LEITURA AOS POLICIAIS PENAIS: Pacote anticrime está em vigor; veja ponto a ponto o que muda

Nova lei, sancionada em dezembro do ano passado, promove mudanças na legislação penal e processual penal. Juiz de garantias e outros três pontos estão suspensos por tempo indeterminado.



Por Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília
23/01/2020 04h00 
Ministro Luiz Fux,  suspende juiz de garantias e outros três pontos do pacote anticrime
 Foto: Reprodução/TV Justiça

O pacote anticrime, aprovado pelo Congresso e sancionado em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro, passa a valer a partir desta quinta-feira (23). A nova legislação altera dispositivos do Código Penal, do Código de Processo Penal e da Lei de Execuções Penais.

Entre as principais mudanças estão as novas regras para acordos de delação premiada, o novo critério para definir a legítima defesa e a previsão de prisão imediata após condenação pelo tribunal do júri.

O pacote é resultado da reunião de propostas elaboradas pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e por uma comissão de juristas coordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quatro dispositivos que fazem parte do pacote não terão aplicação imediata. Eles foram suspensos por tempo indeterminado pelo vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, relator de quatro ações sobre o tema.

A suspensão vale até que o tema seja analisado no plenário do Supremo – a data desse julgamento ainda não foi marcada.


Foram suspensos:


* a criação do juiz de garantias, que atua apenas na fase de instrução do processo – diferente do juiz que vai atuar no julgamento propriamente dito;

* novas regras para o arquivamento de inquéritos;

* a ilegalidade de prisões, caso os detidos não passem pela audiência de custódia em até 24 horas;

* a proibição de que juízes decidam processos nos quais acessaram provas consideradas inadmissíveis.

Veja o que estabelece a nova lei anticrime:

Pena máxima de 40 anos de prisão

Será maior o tempo máximo de cumprimento das penas privativas de liberdade, ou seja, de prisão, de 30 para 40 anos. Mesmo que uma pessoa seja condenada por outros crimes, o prazo máximo de permanência na prisão será de 40 anos.


Legítima defesa

Agentes de segurança que previnem agressões ou risco de agressões de bandidos a reféns durante crimes poderão ser enquadrados no conceito de legítima defesa, ou seja, podem não responder por estas reações contra criminosos.


Possibilidade de prisão de condenados depois de decisão do júri

Depois de decisão do tribunal do júri, o cumprimento da pena passará a ser imediato para crimes com pena igual ou maior que 15 anos. O tribunal do júri, pela Constituição, julga crimes dolosos contra a vida - como, por exemplo, um homicídio, em que houve a intenção do criminoso de matar.


Novas regras para progressão de regime

A progressão de regime de cumprimento de pena (fechado, aberto, semiaberto) terá mudanças. Pelo texto, o condenado vai mudar do regime mais restrito para um mais brando de acordo com os percentuais de pena já cumpridos por ele e com o tipo de crime cometido – os percentuais vão variar de 16% (para o condenado por crime sem violência ou grave ameaça) até 70% da pena (para o condenado reincidente por crime hediondo ou equiparado com resultado morte).

Mudanças nas regras para a liberdade condicional

A lei criou mais um requisito para a concessão de liberdade condicional: para obter o benefício, o condenado não pode cometer falta grave nos últimos 12 meses.

Proibição de 'saídão' para condenados por crime hediondo com morte

O texto proíbe a saída temporária da prisão aos condenados por crime hediondo que resultaram em morte. A saída temporária é um benefício concedido a quem cumpre pena em regime semiaberto, em datas específicas.

Mudanças nas regras para a delação premiada

Começam a valer também as novas regras sobre a delação premiada (acordo em que o investigado se compromete a prestar informações em troca de uma punição menor).

A negociação para a delação premiada será sigilosa e terá, necessariamente, o acompanhamento do advogado do investigado. A delação poderá ser negada, por meio de decisão fundamentada. O texto estabelece ainda que, em todas as fases do processo, o réu delatado deve ter a oportunidade de se defender após o fim do prazo da manifestação do réu que delatou. No ano passado, o STF, por maioria de votos, entendeu que em ações penais envolvendo os dois tipos de acusados, quem foi delatado tem direito a apresentar suas alegações finais depois dos réus colaboradores.

As negociações e a própria delação devem ser gravadas. Além disso, o texto impede que alguns procedimentos sejam realizados tendo apenas como base a delação: concessão de medidas cautelares, recebimento de denúncia ou decisão em sentença condenatória.

A lei prevê também rescisão de acordos de delação já homologados em caso de omissão dolosa de informações por parte do acusado que delatou.

Decisões colegiadas de juízes em casos envolvendo organizações criminosas

A legislação amplia os crimes que podem ser julgados por Varas Criminais Colegiadas. A possibilidade de decisão colegiada já existia em lei, para o caso crimes de organizações criminosas. A nova redação prevê o uso deste recurso também no caso do crime de constituição de milícia e outras infrações penais conexas.

Decisões colegiadas sobre presos em presídios federais

Decisões judiciais sobre providências em relação a presos federais vão ser feitas por órgão colegiado de juízes: ou seja, decisões sobre transferência de presos, concessão ou rejeição de benefícios prisionais ou sanções ao detento poderão ser tomadas por um colegiado de juízes.

Suspensão de prescrição da pena quando há recursos pendentes em tribunais superiores

Passa a existir uma nova possibilidade de suspensão da prescrição de penas: quando houver recursos pendentes de julgamento em tribunais superiores. A prescrição ocorre quando termina o prazo para que a Justiça promova a punição contra um acusado de crime. Ela varia de acordo com o delito e a pena aplicada a ele, no caso concreto. Na prática, a mudança é para evitar que recursos ao STJ e ao STF sejam uma arma da defesa para protelar o fim do processo e para viabilizar a prescrição.

Criação de Banco Nacional de Perfis Balísticos

Será criado o Banco Nacional de Perfis Balísticos, que tem como objetivo cadastrar armas de fogo e armazenar dados relacionados a projéteis e de estojos de munição deflagrados por estas armas.


Regras da cadeia de custódia

O texto cria um conjunto de regras da chamada cadeia de custódia, que é o conjunto de ações para manter e documentar vestígios coletados em locais onde ocorreram crimes (objetos que fazem parte, por exemplo, do local onde ocorreu um homicídio). As regras vão disciplinar a atuação dos profissionais desde a coleta de material no local do crime até o seu descarte.

Ampliação do tempo de permanência de presos perigosos em presídios federais

Presos perigosos vão permanecer mais tempo em presídios federais. Até então, a lei que estava em vigor previa prazo máximo de 360 dias. A nova regra aumenta o período para 3 anos, renováveis por iguais períodos, havendo solicitação motivada do juiz.

Permissão para que estados e Distrito Federal construam presídios de segurança máxima

Estados e Distrito Federal poderão construir presídios de segurança máxima ou adaptar as instalações já existentes ao regime de segurança máxima.

Criação do Banco de Dados Multibiométrico e de Impressões Digitais

Será criado, no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. O Banco tem como objetivo armazenar dados de registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais federais, estaduais ou distritais.


Regras para o 'informante do bem'

Determina que a Administração Pública direta e indireta manterá ouvidorias para garantir que “qualquer pessoa o direito de relatar informações sobre crimes contra a administração pública, ilícitos administrativos ou quaisquer ações ou omissões lesivas ao interesse público”.

Estas pessoas, conhecidas como "informantes do bem", terão direito à preservação de sua identidade - que só poderá ser revelada em caso de "relevante interesse público ou interesse concreto para a apuração dos fatos". Além disso, o informante do bem terá proteção integral contra retaliações e será isento de responsabilidade civil ou penal em relação ao relato que fizer às autoridades.

Confisco alargado de bens

Estabelece o chamado “confisco alargado de bens”: nos casos de pena máxima maior que 6 anos de prisão, a Justiça pode decretar a perda dos bens que são produtos do crime, ou seja, o que for correspondente à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e seu rendimento lícito.


Acordo de não persecução penal antes da denúncia

Traz as regras para o acordo de não persecução penal. Pelo texto, o Ministério Público pode propor o acordo, antes da denúncia, se o investigado tiver confessado a prática de um crime sem violência ou grave ameaça. A infração penal deve ter pena mínima menor que quatro anos.

Acordo de não persecução penal em processos de tribunais superiores

O acordo de não-persecução penal também poderá ser fechado em processos em tribunais superiores, como STJ e STF. As condições para este acordo serão as mesmas previstas para outras instâncias: o investigado precisa confessar o crime, que não pode ter sido cometido com violência ou grave ameaça. O delito deve ter pena mínima inferior a quatro anos.

Uso de bens apreendidos por forças de segurança

Tendo autorização da Justiça, as forças de segurança vão poder usar bens apreendidos de condenados no desempenho de suas atividades. Veículos e aeronaves apreendidas, por exemplo, poderão ser usadas no combate ao crime pelas polícias (civil, federal, rodoviária federal, entre outras), por agentes socioeducativos, Força Nacional de Segurança Pública e Instituto Geral de Perícia.

Envio a museus de obras de arte e bens culturais apreendidos

Em caso de apreensão e perda de obras de arte ou outros bens de valor cultural, se não houver vítima determinada, o patrimônio poderá ser destinado a museus públicos.

Ampliação da pena por roubo com uso de arma branca ou de arma de uso restrito ou proibido

O Código Penal estabelece pena de 4 a 10 anos para o crime de roubo. Agora, a lei passa a prever uma possibilidade de aumento de pena de 1/3 até a metade se o delito for cometido com o uso de arma branca (facas, por exemplo). Já nos casos de uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido, a pena será o dobro da prevista para o crime.

Tipo de ação penal para crimes de estelionato e fraudes

Em casos de crimes como estelionato e outras fraudes, a ação penal passa a depender de um aval da vítima para que o Ministério Público formalize a acusação na Justiça. Há exceções: MP poderá agir sem a representação se a vítima é a Administração Pública, criança ou adolescente, pessoa com deficiência mental; maior de 70 anos ou incapaz.

Regras para o regime disciplinar diferenciado

A lei amplia o prazo de duração do chamado Regime Disciplinar Diferenciado para os condenados. São submetidos ao RDD - que prevê cela individual, restrição de visitas e de banho de sol - aqueles condenados que cometem crime doloso na prisão ou que provocam tumultos dentro dos presídios. Agora, o detento poderá ficar no RDD por até dois anos, e não mais 360 dias, como então previsto na lei. As visitas também passam de semanais para quinzenais. Além disso, as comunicações do preso serão monitoradas e a correspondência poderá ser fiscalizada.

Mudança no rol dos crimes hediondos

A lei torna hediondo o homicídio praticado com arma de fogo de uso restrito ou proibido. Também entram no rol destes tipos de crimes o roubo com restrição de liberdade, com emprego de arma de fogo, com resultado lesão corporal grave ou morte. Passam também a ser hediondos crimes como tráfico internacional de armas de fogo, comércio ilegal de armas de fogo, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido. Crimes hediondos são crimes graves, para os quais não pode haver fiança, anistia ou indulto.

Infiltração de policiais em crimes de lavagem de dinheiro

A lei permite a infiltração de agentes e a ação controlada na investigação de crimes de lavagem de dinheiro. A infiltração consiste em viabilizar que um agente disfarçado passe a fazer parte de uma organização criminosa, para obter informações que possam ser usadas em investigações. Já na ação controlada a polícia acompanha e observa as ações de organizações criminosas, sem agir imediatamente. Os policiais só entram em ação no momento mais adequado para obter provas e informações.

Infiltração de policiais na internet

Policiais poderão se infiltrar na internet para obter informações e provas contra organizações criminosas. A infiltração poderá ser autorizada por até seis meses. Renovações deste prazo podem ocorrer, desde que haja decisão judicial motivada e desde que o total do prazo não ultrapasse 720 dias.


Recursos para o Fundo Nacional de Segurança Pública

A lei amplia as fontes de recursos para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP): o fundo passa a receber recursos de convênios, contratos e acordos; recursos do leilão de bens aprendidos; fianças quebradas ou perdidas.


Mudanças nas regras para medidas cautelares

As medidas cautelares (internação provisória, monitoramento eletrônico, proibição de contato com a vítima, entre outras) não poderão mais ser determinadas de ofício, ou seja, sem a provocação de outros agentes. Elas dependerão de pedido das partes no processo, solicitação do MP ou da polícia. O alvo da medida cautelar terá 5 dias para se manifestar sobre o pedido.

Mudança nas regras de prisão preventiva

A lei estabelece que "não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia”.

O juiz não poderá mais decretar a prisão preventiva de ofício, ou seja, sem precisar de provocação de outros agentes. Agora, a prisão preventiva poderá ser decretada a requerimento do Ministério Público ou por representação da polícia.

A prisão preventiva também passa a ser cabível quando houver "perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado". Antes da nova lei, havia a possibilidade de se decretar esta modalidade de prisão para a "garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria". Além disso, a decisão judicial que decretar a prisão preventiva deverá ser "motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada".

A prisão preventiva deverá ser revisada a cada 90 dias. Ou seja, o órgão judicial que decretou deve analisar se ela deve ser mantida a cada 90 dias, e deve dar sua decisão de forma fundamentada. Se não o fizer, pode tornar a prisão ilegal.





Fonte: G1

CAOS E PRECONCEITO EM PLENO SÉCULO 21?: Policial penal trans não consegue aposentadoria: "Dúvidas jurídicas"

Jill Alves de Moraes dedicou 33 de seus 56 anos a trabalhar como policial penal em São Paulo. 



Luiza Souto De Universa 
23/01/2020 04h00

Jill Alves mudou seus documentos em julho, e desde então não consegue sua aposentadoria
 Imagem: Arquivo pessoal

Por cumprir o tempo de serviço necessário para pedir sua aposentadoria, deu entrada na papelada há seis meses. Os planos eram já começar 2020 descansando numa casa na praia. O pedido, porém, foi negado por "dúvidas jurídicas": dias após solicitar seu direito, ele alterou os documentos com o nome no gênero com o qual se identifica. Jill é um homem trans.

"O sistema não está preparado pra mim", decreta ele em conversa com Universa.


O atual policial penal iniciou a carreira na Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru, e já passou por 11 unidades ao longo dos anos. Hoje, está no Centro de Detenção Provisória do Butantã, na Região Metropolitana de São Paulo. Ele afirma que sempre foi respeitado pelas presas, mesmo antes de dar início à transição de gênero, em outubro de 2014. Quando quis ser chamado por Jill, ele destaca que foram as detentas as primeiras a respeitarem sua decisão.

Mas Jill passou por constrangimentos, incluindo ameaças veladas de morte, perpetradas, segundo ele, por colegas de trabalho.

"Ao longo da vida, sofri muita homofobia, mas tem uma hora que você lida com isso como lida com a refeição. Ficou tão natural sofrer preconceito que, quando eu não vejo, até me preocupo", diz. "Já fizeram, de dentro do presídio, um perfil falso meu na internet e me chamaram de aberração cromossômica. Abri sindicância, mas minha reclamação nunca foi para frente. Também escreveram 'morte' na parede do posto onde eu fico. Fiz denúncia, mas nada aconteceu."

Além do desrespeito de colegas de trabalho, Jill perdeu o porte de arma assim que começou a sua transição. Na época, a Organização Mundial da Saúde considerava transexualidade uma doença mental ? a chamada "incongruência de gênero" foi retirada dessa lista em 2018.

Viver a tolerância sem o preconceito e o caos, isso nos faz mais humanos


A aposentadoria


Em 7 julho de 2019, Jill deu início ao processo de aposentadoria, ainda com os documentos o identificando pelo gênero feminino. Exatamente duas semanas depois, recebeu sua nova identidade, e prontamente a levou ao departamento pessoal. Mas, em outubro, obteve uma negativa da SPPREV (São Paulo Previdência). A pasta é responsável pela concessão de aposentadoria dos servidores da administração direta do Estado. O motivo: "Dúvida jurídica relevante", conforme consta no e-mail enviado por Jill à redação.

O documento recebido por Jill afirma que: "(...) Visto a dúvida jurídica relevante, impossível assegurar o direito da parte para afastamento (...), cabendo ser indeferido até a manifestação da PGE [Procuradoria Geral do Estado]."

"Em outubro veio essa resposta", diz ele. "Já estava contando com a aposentadoria, procurando uma casa na praia, em Caraguatatuba. Minha família é de lá. Não entendo qual a dúvida do Estado, se desde 2015 já sabiam que estava fazendo a transição. É curioso o Estado fazer propaganda dizendo que acolhe as pessoas trans, me liberar endocrinologista, hormônios, psiquiatra, mas não me dar o direito de me aposentar", desabafa ele, que faz a transição com ajuda de uma equipe multidisciplinar na Unidade Básica de Saúde de Santa Cecília.

Jill segue trabalhando no período noturno, e ainda não tem resposta sobre seu caso. Para Universa, a São Paulo Previdência informou, por e-mail: "A SPPREV solicitou consultoria jurídica à Procuradoria Geral do Estado a respeito do caso, uma vez que os critérios de concessão de aposentadoria são diferentes para ambos os gêneros. O processo está sendo analisado."




Fonte: UOL/UNIVERSA

Contraponto: 

No quesito aposentadoria: 


Por ser ser legalmente do sexo masculino ele agora terá que trabalhar mais tempo, pois as regras são diferentes entre homens e mulheres. Mas a lógica leva a crer que foi esta argumentação. Se é homem 35 anos de contribuição e 60 anos de idade. 

Diferente de ser mulher e ter que ter 30 anos de contribuição e 55 anos de idade, pelas regras atuais, mesmo porque a Reforma do Doria está empacada na Assembléia com dois Mandados de Segurança impedindo sua continuidade, a saída então seria a via Jurídica. Pedido de Aposentadoria com Integralidade e Paridade, sem limite de idade. Não tem outro recurso, ao menos por enquanto.

Pois a partir da aprovação da Reforma ele poderá se beneficiar daquilo que foi aprovado em Brasília e se aposentar com 30 anos de contribuição e com 55 anos de idade, pois é o que consta na PEC enviada a Alesp pelo governador.

No quesito preconceito:


Vivemos tempos de destruição e desrespeito. A sociedade contemporânea vem se autodestruindo e se revelando cada vez mais egoísta. Tamanha decadência humana vem ocorrendo motivada pela falta de cuidado consigo mesmo e a natureza, bem como devido o comodismo e a violência que vem travando uma guerra civil não decretada.

O individualismo vem sendo cultivado e valorizado despudoradamente. Pessoas andam pelas ruas e praças como se fossem únicas, vão aos seus trabalhos e ao chegar não cumprimentam seus colegas e ainda dizem com orgulho que não precisam de ninguém e nunca precisará. Tratam o próximo como se fosse um ser incompleto, sem sentimentos e como propriedades particulares as quais se faz o que quer. Xinga-se, faz-se piadas, ironiza-se, despreza-se. 

Agindo assim pensam serem superiores, senhores, imperadores. Enquanto aquela pessoa que trabalha ao lado, aquele que varre a rua, aquele que atende no supermercado, limpa o banheiro da rodoviária, atende o cliente no hospital ou no banco, aquele que ensina na escola são considerados propriedades particulares, objetos, e são obrigados a escutarem e a fazerem apenas o que é interessante aos que usufruem dos serviços destes.

Outro exemplo do tamanho sentimento que o homem tem de superioridade e que também pode ser retirado da história da humanidade é a representação e a perfeita amostra da perversidade humana, Adolf Hitler. Com a ideia errônea de destruir as chamadas raças “inferiores” e assim salvar o mundo do caos e da depressão. Esse fracassado “empreendeu uma campanha perversa para submeter o mundo. Em 1945, 77 milhões de pessoas (homossexuais, judeus, comunistas, ciganos, esquerdistas, eslavos) foram mortas por ele, que se tornou o responsável pela maior destruição da história.”

A exemplo de tamanho tirano é possível encontrar presentemente pessoas que, a modelo dele, consideram alguns como raças “inferiores” e “indesejáveis”. Para muitos tais progênies não deveriam existir, deveriam ser exterminadas ou pelo menos dominadas.

É possível encontrar também nas falas das crianças a dor sentida por aqueles que são vítimas de preconceito. Como dito anteriormente, as vítimas são aqueles considerados seres “inferiores” simplesmente por pensarem ou serem diferentes. Raquel Pereira de 11 anos disse no livro Histórias de Crianças para Crianças volume IV:

“A discriminação e o preconceito fazem sofrer quem o recebe. Eu sou uma pessoa que sofre discriminação só porque sou peluda, isso me deixa triste e me faz sofrer. Eu não tenho preconceito de ninguém, pois isso é errado. Essa semana a professora contou uma história sobre a dor que o preconceito causa. Na história tinha uma florzinha que nasceu com uma de suas pétalas rachadas, pois um de seus espinhos a rasgou, assim ela ficou diferente das outras flores e todas olhavam para a florzinha e falavam mal dela, da mesma forma acontece comigo. A professora falou que todos nós somos especiais, pois são as nossas diferenças que trazem a alegria para o mundo. Eu acredito nela, por isso procuro esquecer o que as pessoas falam e lembro que sou muito especial.” (PEREIRA, 2008, p. 44)


Reconhecer a fragilidade e tornar-se menos orgulhoso e dominador é um desafio para a sociedade do século XXI. É necessário mudar para não mergulharmos de vez no caos. É preciso saber cuidar, cultivar a tolerância e aceitar as diferenças e por fim aceitar as pessoas como elas são.

22 janeiro 2020

ACHOU QUE IRIA SER DOCE JOÃO?: Justiça barra tramitação da reforma da previdência de SP pela 2ª vez

Decisão é sobre mesmo texto que está travado no STF desde dezembro.


Laísa Dall'Agnol
22.jan.2020 às 17h22

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O governador João Doria (PSDB) e o presidente da Assembleia de SP, Cauê Macris (PSDB).
Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

SÃO PAULO - A tramitação de um dos textos da proposta de reforma da previdência de São Paulo foi mais uma vez suspensa pela Justiça paulista.

O desembargador Antônio Carlos Malheiros concedeu, no dia 9 de janeiro, liminar para um mandado de segurança impetrado pela Apeoesp (Sindicato dos Professores de SP) contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 18. A decisão foi tornada pública nesta quarta-feira (22).

A tramitação do mesmo texto já havia sido barrada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em dezembro, após mandado de segurança do deputado Emídio de Souza (PT).

A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) entrou com recurso contra a decisão e o impasse foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal).

Servidores  protestam no plenário contra a reforma da Previdência e o arroxo salarial praticado  pela atual
 administração João Doria, ele deu 5% de reajustes nos salários-base do servidores da Segurança Pública
 e irá descontar mais 3%  sobre o salário integral de previdência e mais 1% sobre o salario integral do Iamspe 



A Corte deve voltar a analisar a matéria quando o recesso judiciário chegar ao fim, em 3 de fevereiro.

Segundo a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, no mandado de segurança, a entidade alega que a PEC trazia questões alheias à reforma da previdência estadual "como a possibilidade de pagamento de subsídios a servidores (em lugar de salários), restrições à readaptação, restrições a licenças em razão de doenças profissionais e a restrição de décimos incorporáveis aos vencimentos dos servidores", afirma.

Procurado pela reportagem, o estado não respondeu até a publicação deste texto.

As categorias têm se mobilizado contra a reforma por meio da apresentação de emendas, realização de
 audiência pública e manifestações no plenário da Alesp. Imagem: Rogério Cavalheiro/Apeoesp


Propostas


A reforma da previdência de São Paulo aumenta a idade mínima da aposentadoria dos servidores estaduais, cria regras mais duras para o pagamento da pensão por morte e eleva de 11% para 14% a alíquota de contribuição previdenciária de todos os funcionários públicos estaduais.

Há dois projetos: uma PEC (proposta de emenda à Constituição) e um PLC (projeto de lei complementar). A PEC chegou a ir ao plenário, mas a sessão foi marcada por empurra-empurra e agressões. A medida está parada desde o dia 6 de dezembro, antes dos deputados estaduais entrarem em recesso.
Deputado mostrando o dedo médio em atitude de deboche contra os servidores públicos presentes na sessão,
em uma clara falta de decoro parlamentar e desrespeito aos cidadãos e ao cargo que ocupa

Passo a passo da reforma

*06/12: deputado Emídio de Souza (PT) entra na Justiça de São Paulo com mandado de segurança contra a tramitação da reforma da previdência estadual

*06/12: Tribunal de Justiça (TJ-SP) concede liminar e determina a suspensão completa do andamento da PEC (proposta de emenda à Constituição)

*06/12: presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de SP), deputado Cauê Macris (PSDB), entra com recurso na Justiça paulista contra a liminar para colocar a questão para “ser votada o mais rápido possível”

*09/12: Cauê Macris paralisa trabalhos na Assembleia e decide que não levará nenhum outro tema à pauta do plenário até que pedido de cassação da liminar fosse deliberado pelo TJ-SP

*11/12: o Órgão Especial do TJ-SP se reúne e não delibera o recurso da Alesp contra a liminar

*11/12: Alesp entra com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo destrave da tramitação da previdência de São Paulo

*12/12: STF não delibera sobre o recurso e dá prazo de cinco dias para as partes (Alesp e TJ-SP) prestarem informações

*18/12: Alesp entra em recesso parlamentar

Deputado Arthur Moledo do Val, mais conhecido pela alcunha de "mamãe falei" debocha de servidores públicos
 e mostra claramente o dedo médio para os trabalhadores em uma atitude de total falta de decoro parlamentar







Fonte: AGORA SÃO PAULO/FOLHA DE SÃO PAULO

21 janeiro 2020

GT conclui minuta da PEC de regulamentação da Polícia Penal em SP

Na segunda reunião, grupo de trabalho finalizou o texto da Proposta de Emenda à Constituição estadual paulista e minuta será encaminhada ao governador pelo secretário de Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo.



Postado em : 21/01/2020
Por Fórum Penitenciário Permanente


Policia Penal uma realidade que se proxima

O grupo de trabalho (GT) que está elaborando a regulamentação da Polícia Penal paulista se reuniu pela segunda vez nesta terça-feira (21), na sede da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Neste encontro, o GT tratou exclusivamente da minuta do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual, que é o primeiro passo para que a Polícia Penal passe a fazer parte da legislação e do ordenamento jurídico de São Paulo.

Na avaliação dos dirigentes do Fórum Penitenciário Permanente, formado pelo SIFUSPESP, SINDASP e SINDCOP, o texto contempla os anseios da categoria para transformação da carreira dos agentes penitenciários em policiais penais. A PEC também está alinhada à regulamentação que tem sido adotada em outros estados do país

Agora o secretário da SAP, coronel Nivaldo Restivo, vai entregar a minuta ao governador João Doria (PSDB), e o Executivo encaminhará a PEC para tramitação e votação pelos deputados na Assembleia Legislativa.

A próxima reunião do GT ocorre em 28 de janeiro, quando estarão em pauta a reelaboração do organograma da SAP e a construção da lei orgânica.





Fonte: Fórum Penitenciário Permanente

VÍDEOS, E NÃO VOLTA MAIS, PODE ESQUECER: Sob forte esquema de segurança, Marcola passa por exames médicos em Brasília/DF

Há dois dias, 75 presos, a maioria membros do PCC, fugiram de uma prisão no Paraguai.



Folha de São Paulo
21.jan.2020

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O líder do PCC, Marcos Camacho, conhecido como "Marcola", deixa o hospital de Base em Brasília escoltado por
 policiais federais após passar por bateria de exames médicos - Andre Coelho/Folhapress

BRASÍLIA - O chefe máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Camacho, o Marcola, passou na manhã desta terça-feira (21) por exames médicos em um hospital em Brasília.

Marcola está preso desde o início do ano passado na Penitenciária Federal de Brasília. Ele foi levado de helicóptero da prisão ao Hospital de Base, na região central da capital federal.


Todo o deslocamento foi feito sob forte esquema de segurança, com a participação de agentes da Polícia Federal, Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e Força Nacional.


"A Penitenciária Federal de Brasília em parceria com a Força Nacional de Segurança e Polícia Federal realizou hoje uma escolta de preso para exames de rotina. Horário, período de férias escolares e deslocamento aéreo foram escolhidos para causar o menor constrangimento possível para a população. Não houve congestionamentos e alterações significativas na rotina da região", disse o Depen em nota.

Policiais Federais e soldados da Força Nacional durante esquema de segurança enquanto o líder do PCC,
Marcos Camacho, conhecido como "Marcola", deixa o hospital de Base em Brasília s - Andre Coelho/Folhapress

Marcola foi transferido a Brasília em março de 2019. Ele estava na unidade de segurança máxima de Porto Velho (RO), onde permaneceu por pouco mais de um mês.

Antes de chegar a Rondônia, Marcola cumpria sentença na Penitenciária II de Presidente Venceslau, no estado de São Paulo.

O chefe do PCC foi condenado a mais de 300 anos de prisão.

O líder do PCC, Marcos Camacho, conhecido como "Marcola", deixa o hospital de Base em Brasília
 escoltado por policiais federais - Andre Coelho/Folhapress

Na madrugada de 19 de janeiro, 75 presos, a maioria membros do PCC, fugiram de uma prisão em Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

A fuga fez com que o ministro Sergio Moro (Justiça) fosse ao Twitter para dizer que o governo, junto aos estados, está trabalhando para impedir a entrada desses fugitivos no Brasil.


"Estamos à disposição também para ajudar o Paraguai na recaptura desses criminosos. O Paraguai tem sido um grande parceiro na luta contra o crime", escreveu o ministro.

Presídio na fronteira do Paraguai com o Brasil, em Pedro Juan Caballero, de onde fugiram 75 presos
Ho/AFP Photo - ABC TV







Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO

O VILÃO É SEMPRE O SERVIDOR: Guedes reforça, em Davos, importância de congelamento do salário do funcionalismo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou nesta terça-feira que o congelamento de salários do funcionalismo público, iniciativa que consta na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, é uma das maiores medidas do governo na frente das despesas.



Reuters(Por Marcela Ayres)
21 de janeiro de 2020

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Ministro afirma que entre as ações da PEC enviada ao Congresso, estão a proibição para promoção de funcionários
 públicos, de reajustes salariais ou criação de cargos - Imagem: Reprodução


Falando em painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele afirmou que, com a iniciativa perdurando por até dois, a situação fiscal será controlada. A PEC Emergencial ainda está em estágio inicial de tramitação no Congresso.

"Num país que cresce 2%, 3%, 2,5% este ano, e tem inflação de 4%, as receitas crescem ... 7%, quase 8%. Em dois anos, é um pouco menos de 20% em receitas crescendo. Então se você congela a conta de salários por um ano e meio, ou dois anos, desaparece (o problema). A situação está controlada", afirmou ele, falando em inglês.

De acordo com Guedes, essa saída configura o chamado "shutdown" à brasileira.

Na proposta orçamentária deste ano que foi aprovada pelo Congresso já não há previsão de reajuste salarial, exceto para os militares, e membros da equipe econômica vêm martelando a inexistência de espaço fiscal para a concessão de aumentos a outras categorias.

Na PEC Emergencial, o governo propôs que quando o Congresso autorizar o desenquadramento da regra de ouro -- ou seja, quando os parlamentares derem o aval para a emissão de dívida para a cobertura de despesas correntes --, mecanismos de ajuste sejam automaticamente acionados para as despesas.

Entre eles, estão a proibição para promoção de funcionários públicos, de reajustes salariais ou criação de cargos.

Em sua fala, Guedes citou a reforma da Previdência e a diminuição dos gastos com o serviço da dívida como as outras duas maiores medidas de controle de despesas, ambas já implementadas no ano passado.

Segundo Guedes, o governo reduziu em 100 bilhões de reais o serviço da dívida de 2019 para 2020.

O ministro disse ainda que o crescimento econômico do Brasil deve ser de 2,5% neste ano. Oficialmente, o Ministério da Economia prevê alta de 2,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

CARTÉIS


Guedes avaliou que a desigualdade no país advém principalmente da falta de oportunidades equânimes, especialmente na educação, além da falta de competição na economia, sublinhando que no Brasil há cartéis.

"No Brasil, 200 milhões de pessoas têm que comprar serviços de construção de seis empresas. Têm que ter serviços bancários de seis bancos. Então, cartel aqui, cartel lá, cartel em todo lugar explorando 200 milhões", disse.

Sobre políticas para a juventude, o ministro ressaltou que o governo quer remover impostos sobre a folha de pagamento para promoção de empregos para essa faixa etária, iniciativa já abarcada na medida provisória (MP) do Contrato de Trabalho Verde Amarelo.



Fonte: YAHOO - Finanças
Contraponto:
Não se ouve falar em controle dos gastos públicos governamentais, em controle e Auditoria da Dívida Pública, em cortes de cargos comissionados em todas as três instâncias, em corte de pagamentos de filhas de militares ou de ex deputados e senadores, não se ouve falar em contenção de gastos públicos no Congresso Federal ou nas Cortes Judiciárias também de todas as instâncias.

É muito mais fácil atacar aqueles que não têm defesa, que não têm microfones e nem visibilidade, que são os 85% dos servidores públicos que recebem menos de R$ 10.000,00 por mês de salários, que difere radicalmente dos 15% restante dos servidores públicos que estão no topo da pirâmide salarial, com salários que são verdadeiros ataques aos cofres públicos, sem contar os penduricalhos que todos eles conseguem somar aos seus salários, e devidamente autorizados pelos donos do poder. 

Mas como eu afirmei acima, assim como retiraram as aposentadorias e direitos dos trabalhadores de todos os setores, com um único propósito de beneficiarem ao capital, aos especuladores financeiros e a esta casta política e administrativa que de fato espoliam os cofres.

Não resta muito aos trabalhadores senão a busca de seus direitos, ou na justiça que é complicadíssima, haja vista a extrema dependência que esta tem do executivo quando se fala em termos pecuniários, ou mesmo nas próximas eleições por meio do voto, que é muito mais difícil, pela falta de consciência política das massas que são facilmente manipuláveis pelas mídias e fake news, nestes tempos de mentiras e interesses dúbios da própria mídia que deveria estar ao lado do povo, mas que está sempre ao lado daqueles que detém o poder.

20 janeiro 2020

Vigilante penitenciário é preso por repassar celulares e facilitar fuga de detentos em Caldas Novas/GO

Em seu último plantão, servidor foi detido em flagrante após ser flagrado por câmeras de segurança. Com ele, outros objetos ilícitos foram encontrados. Presos cumprem pena por homicídio.




Por Sílvio Túlio, G1 GO
20/01/2020 

Com o vigilante penitenciário foram apreendidos mais celulares, drogas e dinheiro
Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um vigilante penitenciário temporário foi preso suspeito de facilitar a fuga de dois detentos que cumpriam pena por homicídio no presídio de Caldas Novas, região sul de Goiás. Além disso, segundo a Polícia Civil, o servidor, que tem 37 anos e não teve seu nome divulgado, foi flagrado repassando drogas e celulares para os reeducandos.

Tanto o repasse de materiais ilícitos quanto a facilitação da fuga ocorreram no domingo (19), no último plantão dele. Seu contrato de trabalho temporário venceria no próximo dia 22, mas já foi rompido antecipadamente.

Um dos presos já foi recapturado. Já o outro segue foragido.

A Polícia Civil informou que o agente prisional e o preso recapturado optaram por permanecer em silêncio durante o depoimento.
Detentos fugiram do Presídio de Caldas Novas
Foto: Reprodução/TV Anhanguera

De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), câmeras de segurança flagraram o momento em que o servidor comete os crimes. As imagens não foram divulgadas.

Conforme o órgão, o vigilante remanejou os dois presos das celas para uma área aberta por conta própria, sem qualquer tipo de aviso ou autorização de seus superiores, facilitando a fuga de ambos.

No momento da prisão, ainda foram encontrados com o vigilante outros dois celulares, carregadores, uma porção de drogas e um pedaço de ferro, além de um cheque no valor de R$ 1,5 mil e R$ 306 em dinheiro. A suspeita é que estes itens também seriam repassados aos presos.

Um procedimento administrativo foi aberto para apurar tanto a conduta do agente como também dos presos.
Dois presos fogem por entrada de ar em cela de Caldas Novas
 Foto: Reprodução/TV Anhanguera




Fonte: G1

O RIGOR É DADO A QUEM DELE NECESSITA: Visitantes denunciam revista íntima em presídio da cúpula do PCC

Familiares relatam constrangimento; maior rigor na Penitenciária Federal de Brasília começou após suspeita de plano para resgatar Marcola, número 1 da facção.



Por Josmar Jozino
20/01/2020

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Penitenciária federal de segurança máxima de Brasília abriga desde o ano passado líderes da facção criminosa paulista
Imagem: Depen/MJ

Sob os olhares atentos de dois agentes penitenciários, Wilson* foi obrigado a ficar nu, se agachar e fazer três flexões durante revista íntima na Penitenciária Federal de Brasília, na semana passada.

Em outra sala idêntica, de quatro metros quadrados, também no bloco 2 do presídio, Isaura*, uma idosa, mãe de um preso, teve de suportar calada o constrangimento na frente de duas agentes.

Após tirar toda a roupa, o visitante tem de levantar os braços e mostrar as axilas. Depois disso é orientado a colocar as mãos atrás da cabeça e mexer as orelhas.

O visitante masculino tem de segurar os testículos, se agachar e fazer as flexões. As mulheres ficam de cócoras e são obrigadas a virar de costas e a sacudir os cabelos. Quem usa absorvente ou fralda tem de tirar.

A revista íntima faz parte da rotina na Penitenciária Federal de Brasília, apesar de o presídio dispor de três detectores de metais e um scanner corporal.

O rigor começa logo no agendamento da visita. Tal prática integra a longa lista de orientações normativas enviadas por e-mail aos parentes e amigos de presos (clique aqui para ler o arquivo completo).

Corredor onde ficam celas da penitenciária federal de Brasília — Imagen: Isaac Amorim/MJ


As visitas devem ser previamente agendadas por telefone às segundas-feiras, das 8h30 às 16h30, e às terças-feiras, das 8h30 até 12h, exceto nos feriados.

Quem viaja de avião para visitar um preso, geralmente compra a passagem em cima da hora, inclusive na véspera, quando o agendamento é confirmado por e-mail pelo presídio, e paga mais caro pelo bilhete.

O visitante tem de chegar com meia hora de antecedência. O rigor começa logo na primeira portaria, onde os parentes ou amigos de presos são obrigados a chegar de chinelos.

Lá o visitante tem de trocar os chinelos por outros fornecidos pela casa. Todos os pertences são colocados em armário individual. A chave de cada pessoa fica depositada em um guichê.

Documento determina quais cores de roupas são permitidas no presídio
Imagen: Reprodução

É proibido usar roupas preta, branca, bege, creme, caqui, cinza, verde, azul e marrom, em todos os tons. As peças íntimas devem obedecer tonalidades vivas nas cores vinho, vermelho, rosa, laranja, amarelo, roxo e lilás.

Na entrada da primeira portaria, um agente faz a checagem de toda a documentação do visitante. Depois de depositar a chave do armário, a pessoa passa pelo primeiro detector de metal e vai para outro guichê.

Uma assistente social checa novamente os documentos. O visitante assina a folha de presença, recebe orientações e caminha em seguida para uma sala de espera.

O RG tem de estar em mãos. O visitante é chamado e passa pelo segundo detector de metal. O documento de identificação é colocado em uma caixa e segue na esteira do equipamento para comprovar que não há nada dentro.

O visitante é levado para outra sala de espera e, dessa vez, é chamado para passar pelo scanner corporal. A máquina, semelhante às usadas em aeroportos, é capaz de filmar qualquer objeto estranho dentro do corpo.

A próxima etapa é a revista íntima. Esse rigor é maior na Penitenciária Federal de Brasília, onde estão os principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior facção criminosa do País.

Visitas em presídios Federais são reduzidas a parlatório e videoconferência; delatores têm exceção, conforme Portaria 157/19, publicada em 13/02/2019


           

Na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), parentes e amigos de presos não são obrigados a ficar nu e a fazer flexões. Já em Brasília, ninguém é poupado. Idosos e crianças normalmente não entendem a situação. Alguns ficam traumatizados. A reclamação é geral.

“É um grande e terrível constrangimento. Passei uma das maiores vergonhas da minha vida. E não há necessidade, pois o presídio tem três detectores de metal e um scanner corporal”, queixou-se Wilson.

Isaura também ficou inconformada. “Isso é mais do que um absurdo. É um abuso, uma violação aos direitos humanos. Se existem equipamentos de segurança modernos não é preciso ter revista íntima”, desabafou.

Após a vexatória revista, Wilson, Isaura e outros visitantes passaram pelo terceiro detector de metal e foram conduzidos para parlatórios no prédio anexo.

Existem quatro parlatórios. São chamados de Alfa (A), Beta (B), Charlie (C) e Delta (D). Cada um tem 15 metros quadrados. Não há ventilação nem torneiras no recinto.

As visitas em parlatório durarão, no máximo, três horas e deverão ser previamente agendadas
Imagem: Foto: Isaac Amorim/MJ

As paredes são de concreto e bem seguras. Presos e visitantes ficam separados por um acrílico blindado. Um consegue enxergar o outro. Não há contato físico. Existem cabines dos dois lados.

Em cada cabine dos visitantes cabem três pessoas. Na sala tem quatro câmeras de segurança. Uma fica no alto, posicionada na frente do preso e outra atrás dele. As outras duas vigiam os visitantes em idêntica posição.

O preso e a visita só podem falar pelo telefone. O diálogo é monitorado e gravado. Se uma das partes disser gírias ou palavrões, o presidiário pode responder a processo disciplinar interno e sofrer punição. Livros e correspondências também são censurados.

As visitas, geralmente, duram três horas. Mas, muitas vezes, a direção da unidade prisional encerra com duas horas e não dá qualquer tipo de satisfação.

Depois de terminado o horário, os visitantes enfrentam a mesma “maratona” na saída. São obrigados a passar pelo scanner corporal e pelos três detectores de metal.

Nas penitenciárias federais, as visitas íntimas e sociais estão temporariamente proibidas. O presídio federal de Brasília está cercado por barricadas.

Arredores da Penitenciária Federal de Brasília esta tomada por barricadas e proteção do Exército Brasileiro
e por  Policiais Penais do Depen - Imagem: Depen/MJ


A vigilância foi reforçada pela Força de Segurança Nacional depois de rumores sobre a descoberta de um plano para resgatar Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC.

Advogados de Marcola negam que ele pertença à facção criminosa e desmentem as notícias de um possível resgate.

O prazo de permanência dele e de outros 14 líderes do PCC transferidos de São Paulo para presídios federais em fevereiro de 2019 vence no mês que vem. Mas, segundo a Justiça Federal, vai ser prorrogado até fevereiro de 2021.

(*) Nomes fictícios por questão de segurança dos entrevistados

Arredores da Penitenciária Federal de Brasília esta tomada por barricadas e proteção do Exército Brasileiro
e por  Policiais Penais do Depen - Imagem: Depen/MJ










Fonte: PONTE JORNALISMO
Fonte Vídeo:  Site Migalhas
Fonte Imagens: Depen/MJ- G1

Contraponto:

Esta matéria é para os Policiais Penais saberem o que está sendo escrito a respeito do Sistema Penitenciário. Ela não representa a opinião do Blog, é apenas de caráter elucidativo.