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Somente assim haverá segurança pública real.

21 junho 2024

Moraes cobra PF, PGR e Governo Tarcísio sobre suposta ameaça a Ronnie Lessa

Assassino e delator dos supostos mandantes do crime contra Marielle estaria "jurado de morte" em Tremembé, segundo sindicato.

Por: Daniela Lima

Globonews

21/06/2024 

Ronnie Lessa foi transferido para a P1 de Tremembé no dia 20 de junho - Foto: Foto 1:
Reprodução/TV Globo | Foto 2: Laurene Santos/TV Vanguarda
O ministro Alexandre de Moraes enviou ofício cobrando informações e explicações sobre uma nota divulgada pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo afirmando que o delator e assassino confesso da vereadora Marielle Franco, Ronnie Lessa, estaria jurado de morte por facção criminosa no presídio de Tremembé.

Lessa foi transferido para a prisão do interior de São Paulo a pedido de sua própria defesa, para ficar mais próximo da família. A negociação ocorreu durante o acordo de delação em que ele apontou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do assassinato.

O assassino ainda implicou o ex-chefe da Polícia Civil do Rio no plano de fuzilamento de Marielle. Este personagem, Rivaldo, teria não só orientado como deveria se dar a morte como teria, ainda segundo Lessa, atuado para embaraçar as investigações no Rio.

Ronnie Lessa pode sair de Tremembé após suposta ameaça do PCC

O caso está no Supremo, nas mãos de Alexandre de Moraes, por conta do envolvimento do deputado federal Chiquinho Brazão.

Segundo o blog apurou, o ministro oficiou a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República, autores respectivamente da apuração e da denúncia baseada na delação de Lessa para apurar a informação divulgada pelo sindicato.

Moraes também enviou ordem de informações à Secretaria de Assuntos Penitenciários de São Paulo para apurar se há risco real a Lessa.

A defesa do delator não havia feito qualquer reclamação ao STF até esta tarde, segundo apurou o blog junto a fontes que acompanham a investigação.

Realidade do Brasil

Fonte: G1

Vídeo: CNN/Brasil

145 não voltam da 'saidinha' em Bauru; 33 retornam com ilícitos


No total, 3.931 reeducandos foram liberados pela Justiça para a saída temporária entre os dias 11 e 17 de junho,

Da Redação

Por Lilian Grasiela 

CPPs I e II "Dr. Alberto Brocchieri" e  "Dr. Eduardo de Oliveira Vianna"  de Bauru, com 2.416
o primeiro e 2.376 presos o segundo, um total de 4.792 presos foram os que mais liberaram presos
na cidade de Bauru- Imagem: Leandro Leandro

Em Bauru, dos 3.931 reeducandos liberados pela Justiça para a saída temporária entre os dias 11 e 17 de junho, 145 não retornaram ao sistema prisional, e são considerados foragidos. 

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), entre os sentenciados que regressaram, 33 foram flagrados por meio de escâner corporal tentando entrar nas unidades de origem com entorpecentes, celulares e equipamentos eletrônicos escondidos no corpo.

A SAP ressalta que o Judiciário é o responsável pelas concessões das saídas temporárias e que o benefício é previsto na Lei de Execução Penal, com datas reguladas, no estado de São Paulo, conforme Portaria Deecrim 02/2019 e suas complementações.

Subportaria do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) III "Prof. Noé Azevedo" de Bauru,
em reforma desde o ano de 2019, após ser incendiado e destruído em rebelião no ano de 2017,
tem apenas 525 presos em sua populção carcerária- Imagem: Leandro Leandro
"É importante lembrar que, quando o preso não retorna à unidade prisional, é considerado foragido e perde automaticamente o benefício do regime semiaberto, ou seja, quando recapturado, volta ao regime fechado", informa a pasta, por meio de nota.

Segundo a SAP, somente em presídios de Bauru, com o uso de escâner corporal, policiais penais impediram que 33 detentos retornassem desta última saída temporária com entorpecentes, celulares e equipamentos eletrônicos escondidos no corpo.

Drogas flagradas por escâner corporal em presos que retornavam da saidinha
Os itens apreendidos incluem:

85 invólucros de maconha (1,7 kg), 

60 pacotes com cocaína (399 gramas), 

31 minicelulares, 

11 placas,

04 baterias de celular,

04 fones de ouvido, 

06 cabos de fio de áudio, 

03 chips telefônicos e,

01 plugue USB.

Os casos ocorreram nos Centros de Progressão Penitenciária (CPPs) I, II e III. De acordo com a SAP, todos foram registrados no plantão policial e os presos, que cumpriam pena no regime semiaberto, regrediram para o regime fechado. Os estabelecimentos penais abriram procedimento interno para apurar os fatos.

Fonte: JCNET

PCC pode ter usado canivete de agente do Gir para matar Nefo e Rê na PII de Venceslau

Segundo agentes penitenciários, durante a revista nas celas do Pavilhão 1, um dos guardas do GIR perdeu um canivete. O funcionário, no entanto, só percebeu isso dias depois da blitz. O fato foi comunicado à direção da unidade prisional.

Josmar Josino 

Colunista do  UOL

21/06/2024 

Elidan Silva Ceu, vulgo Alemão e Talibam, de 45 anos, Jaime Paulino de Oliveira, vulgo Japonês,
de 47 anos, Ronaldo Arquimedes Marinho, vulgo Saponga, de 53 anos e Luis Fernando
Baron Versalli, vulgo Teo, VV, Barão e Barom, de 53 anos, os algozes de Nefo e Re
Era uma blitz de rotina no Pavilhão 1 da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), onde ficam os presos considerados mais perigosos do PCC (Primeiro Comando da Capital). Agentes do GIR (Grupo de Intervenção Rápida) fizeram minuciosas revistas nas celas.

O GIR é uma espécie de "tropa de choque" do sistema prisional paulista. Os agentes também são acionados para controlar tumultos, motins e rebeliões. Usam, quando necessário, gás de pimenta, balas de borracha e até armas longas. Contam ainda com o apoio de fiéis cães ferozes.

Segundo agentes penitenciários, durante a revista nas celas do Pavilhão 1, um dos guardas do GIR perdeu um canivete. O funcionário, no entanto, só percebeu isso dias depois da blitz. O fato foi comunicado à direção da unidade prisional.

Foi com esse canivete - acreditam os agentes penitenciários - que Janeferson Aparecido Mariano Gomes, 48, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, 48, o Ré, foram assassinados no início da tarde da última segunda-feira (17), no Pavilhão 1 da P2 de Venceslau. Câmeras de segurança registram a matança.

Valter Lima Nascimento, o Guinho, foi condenado a 20 anos e 5 meses de pena em
regime fechado  Imagem: Divulgação/Polícia Civil de São Paulo
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil de Presidente Venceslau afirmou que uma equipe esteve no presídio logo após o duplo homicídio, acompanhou todos os trabalhos periciais, colheu depoimentos e não recebeu a informação de que o canivete usado no crime seria de um agente do GIR.

Nefo e Ré foram acusados de tramar os sequestros do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, de Presidente Prudente (SP), e, segundo o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), acabaram mortos por ordem do PCC.

Outros quatro presos da quadrilha também estão recolhidos na mesma unidade e com medo de morrer. Um deles, Valter Lima Nascimento, 43, conhecido como Guinho, pediu "seguro" (remoção para uma cela fora do convívio com os demais presos) à diretoria do presídio.

Armas foram apreendidas

Agentes disseram à reportagem que além do canivete, os assassinos dos dois presos usaram no crime um punhal artesanal, feito com ferro retirado da parede do presídio. As armas brancas foram apreendidas pela Polícia Civil e encaminhadas para perícia.

Os presos Luís Fernando Baron Versalli, 53, Ronaldo Arquimedes Marinho, 53, Jaime Paulino de Oliveira, 46, e Elidan Silva Ceu, 45, foram indiciados por suspeita de envolvimento no duplo homicídio. Os quatro foram interrogados, mas não esclareceram nada sobre os fatos.

A Polícia Civil apreendeu ainda dois vídeos com imagens das câmeras de segurança da unidade. Um deles mostra Jaime, Luís, Ronaldo e Elidan entrando com a vítima Ré em um banheiro no pátio do banho de sol, usado antigamente como barbearia.

Penitenciária II "Maurício Henrique Guimarães Pereira" de Presidente Venceslaude Venceslau
O segundo vídeo registra a movimentação de Jaime, Luís Ronaldo e Elidan no pátio do banho de sol perseguindo e atacando Nefo. Investigadores apuraram que Elidan ainda se posicionou perto de uma grade chamada de "gaiola", para impedir que Nefo chegasse até o local e pedisse socorro

Peritos foram mobilizados ao presídio e confirmaram que Ré e Nefo foram mortos com golpes de canivete e um punhal artesanal. A primeira vítima foi atingida diversas vezes na cabeça, pescoço e abdômen. A segunda sofreu ferimentos no pescoço e abdômen.

O MP-SP acredita que Nefo e Ré foram mortos a mando da cúpula do PCC. As suspeitas são de que ambos falaram demais e não cumpriam a missão de sequestrar Sérgio Moro para usá-lo como moeda de troca na libertação dos líderes do PCC recolhidos na Penitenciária Federal de Brasília.

Fonte: UOL

PCC teria ordenado morte de Lessa na PI de Tremembé (SP), diz sindicato

Sifuspesp enviou ofícios a diversas autoridades solicitando a reavaliação da transferência do ex-policial militar.

REDAÇÃO BAND VALE

21/06/2024 

Ex pm Ronnie Lessa chega a Penitenciária I de Tremembé sob escolta de Aevps da SAP
Uma facção criminosa já teria ordenado a morte do ex-policial militar Ronnie Lessa, que chegou à Penitenciária I "Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra" em Tremembé, São Paulo, na tarde desta quinta-feira (20), após ser transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande. 

A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), que enviou ofícios a diversas autoridades, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e o Secretário de Administração Penitenciária, Marcelo Streinfinger, solicitando a reavaliação da transferência de Ronnie Lessa para a Penitenciária I de Tremembé.

O pedido do sindicato baseia-se em denúncias recebidas que indicam um risco iminente de segurança tanto para Lessa quanto para os policiais penais e demais servidores da unidade. 

A denúncia

Segundo informações recebidas pelo Sifuspesp por e-mail, uma facção teria ordenado a execução de Lessa. A denúncia também menciona que o líder dessa facção na unidade solicitou sua transferência.

O Sifuspesp alerta para o clima tenso na Penitenciária I de Tremembé, com relatos de uma possível escalada de violência e até mesmo uma rebelião em potencial. Este cenário é atribuído à ligação de Lessa com a milícia e ao fato de ser ex-policial militar, o que o torna um alvo da facção dentro da prisão.

Além das questões de segurança, o sindicato aponta a falta de policiais penais como um fator que fragiliza ainda mais a segurança interna da unidade, colocando todos os envolvidos em risco. 

Rotina de Ronnie Lessa na prisão

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Lessa permanecerá em regime de observação pelos próximos 20 dias. Nesse período, ele ficará em uma cela de 9 m², onde será monitorado de perto para avaliar seu comportamento e garantir a segurança dentro da unidade. Este regime é um procedimento padrão para novos detentos em presídios de segurança máxima, permitindo uma adaptação gradual ao ambiente carcerário.

Transferência para Tremembé (SP)

A transferência de Lessa foi realizada com um esquema de segurança rigoroso. Escoltado por viaturas da Polícia Penal Federal, ele deixou Campo Grande em um voo fretado da Força Aérea Brasileira (FAB) às 9h47 da manhã, chegando à penitenciária de Tremembé por volta das 13h45.

A mudança para Tremembé foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a um pedido da defesa de Lessa. Este período inicial de observação é crucial para garantir que todas as medidas de segurança sejam adequadamente implementadas, assegurando a ordem e a disciplina no presídio.

Fonte: BANDEIRANTES

19 junho 2024

CSP do Senado aprova proposta reajuste salarial em pacto nacional para fortalecimento e valorização das Forças de Segurança

O PL 2.573/2021 inclui entre os beneficiados a Polícia Penal. Entre as ações previstas na proposta está a definição de um piso salarial nacional para as diferentes categorias.

Da Agência Senado/SINDCOP

18906/2024

Todas as Carreiras Policiais serão beneficiadas de o Projeto passar na CCJ e vir a ser aprovado no Senado e Câmara
A Comissão de Segurança Pública do Senado (CSP) aprovou nesta terça-feira (18) a criação do Pacto Nacional para o Fortalecimento e a Valorização dos Profissionais da Segurança Pública, com previsão de reajuste salarial e critérios nacionais para promoção, entre outras ações. 


O pacto está previsto no PL 2.573/2021, projeto de lei que inclui entre os beneficiados bombeiros militares, guardas municipais, policiais, entre outros servidores públicos. Agora o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde receberá decisão terminativa.

O projeto, de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES), recebeu apoio, com emendas, de seu relator, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO). De acordo com Marcos do Val, o pacto visa à melhoria da remuneração, das condições de trabalho, dos cuidados com a saúde e da formação da categoria.

“Baixos salários, constante exposição ao perigo, equipamentos inadequados, escalas de serviço ou plantões cansativos… Tudo isso acarreta afastamentos da atividade, baixa autoestima, corrupção, envolvimento com 'bicos', problemas emocionais”, diz Marcos do Val na justificativa do projeto.

Senador Kajuru foi o relator da matéria na Comissão de Segurança Pública do Senado (CSP) - Saulo Cruz/Agência Senado

Carreira

Ao todo, são 26 ações a serem implementadas em futuras leis. O projeto obriga ações para reestruturação salarial e recompensas por bons serviços, como dispensas, elogios e medalhas. Os profissionais em processo de aposentadoria terão direito a “acompanhamento”. 

O pacto também visa à fixação de critérios para a realização de concursos públicos para recomposição dos efetivos. Para melhoria das condições de trabalho, a proposta promove a compra de armamentos, máscaras, munições, coletes, uniformes e viaturas de alta qualidade. 

O texto original previa um piso salarial para cargos, postos e graduações equivalentes, mas Kajuru retirou esse trecho, observando que não havia estudo de impacto econômico para os cofres públicos.

Formação

Os objetivos estabelecidos no pacto também buscam a melhor formação do corpo de segurança pública. Para isso, é prevista a oferta de cursos de capacitação, graduação e pós-graduação nas academias de polícia, escolas de formação e universidades públicas.

O texto também aborda o treinamento anual para aplicação dos direitos humanos e de instrumentos de menor potencial ofensivo nas abordagens. O pacto promove o combate ao racismo, à discriminação de gênero, ao assédio moral e ao assédio, bem como a proteção das gestantes e lactantes.

Saúde

O atendimento médico, odontológico, fisioterápico e psicológico, inclusive de dependentes, está entre as ações elencadas no texto. Para os trabalhadores, é definida uma avaliação médica e psicológica anual e a realização de ciclos de palestras sobre saúde. A promoção do bem-estar, do desenvolvimento pessoal e da qualidade de vida também é um dos focos da política pública.

Além disso, o pacto incentiva a prática de exercícios físicos e a prevenção do alcoolismo, da ansiedade, da depressão, da dependência química, das doenças ocupacionais, dos distúrbios do sono, do estresse e de outros fatores de risco. E promove o atendimento dos profissionais envolvidos em incidentes de risco à integridade física, psíquica ou moral.

Beneficiados

Com a emenda do relator, o projeto abarca:

*policiais federais da polícia federal, das polícias penais e da polícia rodoviária federal;

*policiais estaduais das polícias civis, das polícias penais estaduais e das polícias militares;

*bombeiros militares;

*guardas municipais;

*peritos, médicos legistas, odontolegistas e papiloscopistas dos institutos oficiais de criminalística, de medicina legal e de identificação.

Kajuru retirou das carreiras beneficiadas os servidores administrativos dos órgãos de segurança pública.

O relator também alterou o projeto para que as medidas do pacto sejam alinhadas à Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (Lei 13.675, de 2018(Lei 13.675, de 2018) e ao Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Lei 11.530, de 2007(Lei 11.530, de 2007). 

Plano Nacional de Piso Salárial e Benefícios pode trazer tranquilidade, respeito e dignidade à todos os profissionais da Segurança Pública
O texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde receberá decisão terminativa. A proposta prevê a implantação das seguintes ações para a reestruturação das carreiras:

I – estabelecimento de piso salarial nacional para cargos, postos e graduações equivalentes;

II – recomposição e reestruturação salarial, com pagamento de adicionais noturno, de insalubridade e de periculosidade e remuneração do serviço extraordinário;

III – fixação, em nível nacional, de interstícios mínimo e máximo e de critérios para promoção e progressão, preferencialmente por merecimento;

IV – recompensas por bons serviços prestados, tais como dispensas, elogios, láureas e medalhas;

V – oferta de cursos de capacitação, graduação e pós-graduação nas academias de polícia, escolas de formação e universidades públicas;

VI – levantamento do perfil profissiográfico dos cargos, postos e graduações;

VII – mapeamento das competências existentes para otimização das lotações de pessoal;

VIII – treinamento anual para aplicação dos direitos humanos e uso de instrumentos de menor potencial ofensivo nas abordagens pessoais e operações policiais;

IX – combate ao racismo, à discriminação de gênero, ao assédio moral e ao assédio sexual nos órgãos de segurança pública;

X – promoção da inclusão de raça e gênero nos órgãos de segurança pública;

XI – proteção das gestantes e lactantes e estímulo ao pré-natal e à amamentação;

XII – atendimento médico, odontológico, fisioterápico e psicológico, inclusive dos dependentes;

XIII – avaliação médica anual, abrangendo exames clínicos, laboratoriais e psicológicos;

XIV – promoção do bem-estar, do desenvolvimento pessoal, da qualidade de vida, das relações interpessoais e da saúde;

XV – avaliação anual do clima organizacional;

XVI – realização de ciclos de palestras sobre higiene, nutrição, saúde bucal, planejamento familiar, orçamento doméstico e prevenção de doenças, especialmente as sexualmente transmissíveis;

XVII – incentivo à prática de atividades físicas e ginástica laboral, durante o expediente ou, mediante comprovação de frequência, fora dele, avaliada por teste de aptidão física anual;

XVIII – prevenção contra o alcoolismo, a ansiedade, a depressão, a dependência química, as doenças ocupacionais, os distúrbios do sono, o estresse, a obesidade mórbida, o suicídio, o tabagismo, o transtorno do estresse pós-traumático e outros fatores de risco;

XIX – acompanhamento biopsicossocial, reabilitação e readaptação de envolvidos em incidentes ou situações que acarretem risco ou dano à integridade física, psíquica ou moral;

XX – prestação de assistência jurídica;

XXI – acompanhamento dos profissionais em processo de aposentadoria, reserva remunerada ou reforma;

XXII – proteção dos profissionais que atuem como denunciantes, depoentes e testemunhas;

XXIII – fixação de critérios para a realização de concursos públicos para recomposição dos efetivos;

XXIV – implantação de sistema informatizado para avaliação objetiva de desempenho;

XXV – implantação de sistema informatizado para cadastro de intenções de movimentação de pessoal e condução de processos seletivos para ocupação de cargos vagos;

XXVI – aquisição de armamentos, máscaras, munições, coletes balísticos, uniformes e viaturas em quantidade suficiente e com alto padrão de qualidade;

XXVII – padronização nacional de critérios para suspensão temporária do porte de arma de fogo.

Fonte: Agência Senado/SINDCOP

18 junho 2024

SAP-SP vai pedir a Justiça o RDD de assassinos de membros da "Restrita" do PCC

O RDD é o regime de prisão mais rígido permitido pela legislação brasileira. Nele, os presos ficam isolados em celas individuais e só têm direito a duas horas de banho de sol por dia.

Por Bárbara Munhoz, g1 Presidente Prudente

18/06/2024 

Penitenciária II "Maurício Henrique Guimarães Pereira" de Presidente Venceslau
A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) informou ao g1, nesta terça-feira (18), que irá pedir à Justiça a remoção para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) dos quatro presos suspeitos de envolvimento nos assassinatos de outros dois detentos.

Os presos Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos de 48 anos, foram executados na segunda-feira (17), na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP). Eles eram acusados de integrar um plano criminoso para sequestrar e executar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública no Brasil.

O RDD, que é adotado no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), em Presidente Bernardes (SP), é o regime de prisão mais rígido permitido pela legislação brasileira. Nele, os presos ficam isolados em celas individuais e só têm direito a duas horas de banho de sol por dia. Também não têm acesso a TV, rádio, jornal ou revista, não contam com direito a visita íntima e não podem ter contato físico com os visitantes. O prazo máximo de internação no RDD permitido pela legislação brasileira é de 360 dias.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP), a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) está envolvida nas execuções de Nefo e Rê, que estavam presos desde 2023.

Principais alvos da "Restrita" do PCC eram Moro e Gakiya, cujos integrantes do PCC  foram
assassinados na PII d  Presidente Venceslau- Imagem: Jefferson Rudy - 8.abr.2024/Agência Senado

“As motivações dos crimes estão sob investigação pela Polícia Civil e em procedimento apuratório disciplinar instaurado na unidade prisional. A SAP irá solicitar a inclusão dos acusados no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) ao Poder Judiciário, que determinará ou não a internação”, enfatizou.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) pontuou ao g1 que a Polícia Civil pediu a conversão da prisão em flagrante dos investigados em prisão preventiva.

“Os autos estão com o Ministério Público aguardando manifestação e, após, será proferida a decisão judicial”, enfatizou.

Ainda segundo o TJ-SP, não é necessária a realização de audiência de custódia neste caso, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), pois os investigados já estavam inseridos no sistema prisional na ocasião dos crimes.

Janeferson Aparecido Mariano, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Re, foram mortos a
golpes de estiletes como "queima de arquivo" P II de Presidente Venceslau (SP) - Foto: Reprodução

‘Queima de arquivo’

À reportagem do g1, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya disse acreditar que os detentos foram executados a mando da cúpula do PCC.

O integrante do Gaeco afirmou que na P2 “não acontece nenhum crime que não tenha sido determinado ou permitido pelo PCC”.

“Eu tenho dito na verdade que os indícios indicam que houve uma ordem, uma determinação da cúpula. Porque eles [Nefo e Rê] eram integrantes do PCC e eram integrantes importantes. O Reginaldo, o Rê, era um dos líderes de rua do PCC em São Paulo, e o Janeferson, o Nefo, era o responsável pelo setor que eles chamam de ‘Restrita’, que é um setor que existe para cometer atentados e resgates”, disse Lincoln Gakiya.

Reginaldo e Janeferson haviam sido presos em março de 2023, durante a Operação Sequaz, que investigou o plano elaborado pela facção criminosa contra os agentes públicos, como o senador Sergio Moro, o próprio promotor do Gaeco e outras autoridades.

Para Gakiya, há chances de os crimes terem sido uma “queima de arquivo” ou um “acerto de contas” dentro do próprio PCC.

“É prematuro dizer isso ainda, mas pode ser uma queima de arquivo. Pode ser, na verdade, um dos corréus da Operação Sequaz que está em liberdade, que é o Patrick Ueliton Salomão, o vulgo dele é ‘Forjado’, esse indivíduo é um ‘sintonia final’ do PCC de rua e ele teve uma desavença com o Janeferson, porque a foto dele, o Patrick, junto com a do Rê e de outros acabaram sendo de conhecimento aqui do Gaeco e da Polícia Federal, porque o Janeferson fez um print de tela durante uma conversa da ‘sintonia final’ dos integrantes de cúpula”, disse.

O promotor do Gaeco, Lincoln Gakiya afirma que a sentença de morte foi uma ordem direta do PCC
Apesar do conhecimento da desavença, o promotor reforçou que ainda não é possível saber se Patrick foi o mandante dos assassinatos de Nefo e Rê.

A ordem dos assassinatos teria chegado por meio de visitas aos detentos, visto que não havia suspeitas anteriores.

“Inclusive, as vítimas, se tivessem alguma dúvida ou algum receio de que seriam mortas, normalmente pedem para ser retiradas da unidade”, ressaltou Gakiya ao g1.

Canivete e punhal apreendidos

A Polícia Civil identificou os presos suspeitos de envolvimento nas mortes de Nefo e Re. São eles:

*Elidan Silva Ceu, vulgo Alemão e Talibam, de 45 anos;

*Jaime Paulino de Oliveira, vulgo Japonês, de 47 anos;

*Luis Fernando Baron Versalli, vulgo Teo, VV, Barão e Barom, de 53 anos; e

*Ronaldo Arquimedes Marinho, vulgo Saponga, de 53 anos.

Após o crime, o delegado de Polícia Civil responsável pelo caso, Marcelo Magalhães, e a equipe de investigação compareceram ao local dos fatos. Na Penitenciária 2, os policiais encontraram e apreenderam dois instrumentos utilizados nos crimes, sendo um canivete e um punhal, ambos de produção artesanal.

Segundo o Boletim de Ocorrência, um short roxo também foi apreendido, pois teria sido usado por Saponga durante as execuções. Os outros itens foram entregues por Japonês aos policiais penais logo em seguida.

Proibição de visitas íntimas motivou PCC em plano de sequestro contra Moro

Dinâmica dos assassinatos

Através de vídeos de câmeras de monitoramento e depoimentos dos policiais penais que trabalham na P2, foi possível constatar o envolvimento dos quatro detentos e a dinâmica dos fatos.

Conforme a Polícia Civil, as imagens da câmera que filma a porta do banheiro mostram a movimentação dos envolvidos e de Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, em um dos sanitários do pátio do pavilhão 1 da P2, que é utilizado pelos detentos como barbearia. Algum tempo depois, os presos deixam o local, exceto Rê.

Um segundo vídeo da câmera de monitoramento que filma o pátio do pavilhão mostra Jaime, Luís e Ronaldo perseguindo e atacando Janeferson, o Nefo, enquanto Elidan permanece próximo a uma ala conhecido como "gaiola" para evitar que a vítima alcançasse e sobrevivesse, caso conseguisse se desvencilhar dos outros três, segundo o Boletim de Ocorrência.

Rê foi encontrado no banheiro deitado de bruços, com diversas perfurações na barriga e na cabeça (à esquerda), e um corte no pescoço (à direita), além de lesões aparentemente ocasionadas por luta corporal.

Nefo, por sua vez, foi encontrado no pátio também de bruços e com diversas perfurações no abdômen e no peito e um corte no pescoço, além de marcas de luta corporal.

Segundo Gakyia nenhuma morte ocorre na P II de Venceslau sem autorização expressa do PCC

Homicídios duplamente qualificados

Segundo o delegado, todos os quatro suspeitos foram interrogados, mas nenhum deles confessou ou prestou informações úteis sobre os crimes. Ronaldo e Elidan negaram as acusações e Jaime e Luís ficaram em silêncio.

Ao final, o delegado determinou a prisão em flagrante dos quatro homens por homicídios duplamente qualificados “pelo motivo torpe e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa dos ofendidos”.

Os quatro suspeitos permanecem presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde todos cumpriam penas por homicídios.

O Instituto Médico Legal (IML) realizou exames necroscópicos nas vítimas e de corpo de delito de forma cautelar nos detentos acusados. Agentes da perícia criminalística também realizaram entrevistas e exames na penitenciária.

O caso continuará sendo investigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Presidente Venceslau.

Fonte: G1

17 junho 2024

Sindicato de policiais penais diz que monitorar conversas de Ronnie Lessa em Tremembé é impossível; entenda

Lessa será transferido em breve para uma penitenciária de segurança máxima em Tremembé, no interior de São Paulo. Nesta segunda-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a penitenciária deve monitorar com áudio e vídeo as conversas do detento na prisão.

Por g1 Vale do Paraíba e Região

17/06/2024

Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1 de Tremembé - Foto: Laurene Santos/TV Vanguarda
O sindicato que representa os policiais penais que atuam nos presídios do estado de São Paulo se manifestaram, nesta segunda-feira (17), afirmando que é impossível monitorar as conversas de Ronnie Lessa na penitenciária de segurança máxima de Tremembé, no interior de São Paulo, para onde ele deve ser transferido em breve.

A manifestação da entidade ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar nesta segunda-feira (17) que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo mantenha o monitoramento de conversas, verbais e escritas, de Ronnie Lessa com familiares e advogados na penitenciária de Tremembé (SP), além de monitoramento no parlatório e nas áreas comuns da cadeia.

“O Sindicato avalia que a determinação que ordena o monitoramento de áudio e vídeo do ex-policial militar Ronnie Lessa no parlatório e em áreas comuns do Complexo Penitenciário de Tremembé, para onde será transferido, é impossível de ser cumprida”, disse o sindicato em trecho da nota.

“Na avaliação do sindicato, mesmo no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), o mais rígido do país fora dos presídios federais, o monitoramento total é impossível. Nesta unidade, o parlatório é monitorado, mas as áreas comuns não são. Em Tremembé, que não possui RDD, monitorar totalmente um preso é inviável”, completou.

Saiba como é a Penitenciária 1 de Tremembé, para onde Ronnie Lessa será transferido - Foto: Arte g1
Ainda segundo o sindicato, a imposição de monitoramento em áreas comuns é impraticável e coloca em risco a integridade do próprio sistema prisional e dos agentes penitenciários.

Anteriormente, o sindicato já havia se manifestado contra a transferência de Lessa para Tremembé, alegando que a vinda do assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes para a P1 poderia causar risco para a penitenciária e para o próprio detento.

A TV Globo apurou que Lessa deve ser transferido para Penitenciária 1 "Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra", um presídio de segurança máxima, ao invés de ir para a Penitenciária 2, que é conhecida como 'presídio dos famosos' e atualmente abriga, por exemplo, o ex-jogador Robinho.

De acordo com o Sifuspesp, a P1 é conhecida por ser dominada por uma facção criminosa, que historicamente é inimiga de milicianos. Para o sindicato, "a presença de Lessa nesta unidade, mesmo que em ala de segurança, colocaria sua vida em risco e poderia gerar instabilidade na segurança da prisão".

O g1 acionou a Secretaria de Administração Penitenciária, para checar se a P1 de Tremembé tem a estrutura necessária para fazer o monitoramento de Lessa ou se seria necessário fazer adaptações, mas o órgão informou que “não pode divulgar esse tipo de informação por questão de segurança”.

Ronnie Lessa durante delação à PF - Foto: Reprodução/TV Globo

Transferência

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou o pedido de transferência de Ronnie Lessa para o complexo penitenciário de Tremembé (SP).

O ex-policial militar está preso desde março de 2019 por participar da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele confessou ser o assassino em delação premiada.

"[Determino] a transferência do colaborador Ronnie ao Complexo Penitenciário de Tremembé, observadas as regras de segurança do estabelecimento prisional, mediante monitoramento das comunicações verbais ou escritas do preso com qualquer pessoa estranha à unidade penitenciária, inclusive com monitoramento de visitas, enquanto não encerrada a instrução processual em curso", diz o texto.


A transferência foi um pedido da defesa sob o argumento de que, em São Paulo, Lessa ficará mais próximo da família. No complexo penitenciário de Tremembé também estão o ex-jogador Robinho e Cristian Cravinhos, preso pelo assassinato do casal Richthofen.

Apesar disso, Ronnie não ficará na Penitenciária 2 "Dr. José Augusto Salgado", a P2, mais conhecida como 'presídio dos famosos'. Ele ficará na Penitenciária 1 "Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra", um presídio de segurança máxima onde estão presos "comuns". O local atualmente está superlotado, segundo os números da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Atualmente, Lessa está na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Não há previsão de quando a transferência vai acontecer.

Fonte: G1

Acusados de tentar sequestrar e matar Moro e Gakiya são assassinados a facadas pelo PCC na P II de Venceslau/SP

Além de Nefo, o PCC também matou na mesma prisão Reginaldo Oliveira de Sousa, 48, o Rê, outro integrante da quadrilha e até então considerado um dos homens fortes da organização criminosa.

Josmar Jozino

Colunista do UOL

17/06/2024

Janeferson Aparecido Mariano, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Re, foram
mortos a golpes de estiletes na P II de Presidente Venceslau (SP) - Foto: Reprodução
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, 48, conhecido como Nefo e apontado como o líder do plano para sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil/PR) e o Promotor do Gaeco Lincoln Gakiya, foi assassinado a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital) na Penitenciária de Presidente Venceslau (SP), um dos principais redutos da facção criminosa.

Além de Nefo, o PCC também matou na mesma prisão Reginaldo Oliveira de Sousa, 48, o Rê, outro integrante da quadrilha e até então considerado um dos homens fortes da organização criminosa.

Segundo apurou a coluna, três presos aproveitaram o banho de sol após o almoço para levar Nefo para um banheiro, onde ele foi morto a facadas. Na sequência, os mesmos homens mataram Rê, também com golpes de faca. O trio se entregou logo após as mortes, ambos os crimes ocorreram na tarde desta  segunda-feira (17), na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a PII, em Presidente Venceslau (SP).

Presos foram executados na Penitenciária "Maurício Henrique Guimarães Pereira", a P II de
Presidente Venceslau (SP) - Foto: Reprodução/TV Fronteira
Segundo fontes do sistema prisional, Nefo e Rê teriam falado demais e, por isso, acabaram mortos a mando da célula restrita do PCC, responsável por coordenar atentados terroristas e ataques contra prédios públicos e autoridades, como promotores de Justiça, políticos, policiais e agentes penitenciários.

Nefo havia sido preso em março do ano passado pela Polícia Federal durante a Operação Sequaz, deflagrada para desarticular a quadrilha liderada por ele. Outras oito pessoas também acabaram presas. Além de Moro, o bando intencionava matar o promotor de Justiça Lincoln Gakya.

Agentes federais apuraram que Nefo já foi processado em São Paulo por furto e extorsão mediante sequestro. Também foi acusado de liderar um motim em Franco da Rocha (SP). A namorada dele também era monitorada pela PF.

Integrantes do PCC que planejaram sequestar e matar o senador Moro e o promotor Gakiya,
foram mortos hoje na PII d  Presidente Venceslau- Imagem: Jefferson Rudy - 8.abr.2024/Agência Senado
Em maio do ano passado, a juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, aceitou denúncia contra 13 acusados. Oito deles viraram réus pelos crimes de organização criminosa e extorsão mediante sequestro. Um deles era Nefo.

Os outros setes são Claudinei Gomes Carias, o Nei, homem de confiança de Nefo: os irmãos Herick da Silva Soares, Sonata, e Franklin da Silva Correa, o Frank; Aline de Lima Paixão, companheira de Nefo; Aline Ardnt Ferri: Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui e Hemilly Adriane Mathias Abrantes

Já os réus Rê; Patrik Velinton Salomão, o Forjado; Valter Lima do Nascimento, o Guinho; Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, o El Sid; e Oscalina Lima Graciotte, foram denunciados por organização criminosa.

Patrik Velinton Salomão, o Forjado, que segundo o Promotor Lincoln Gakiya teria saido do
Sistema Federal com a missão de praticar atos terroristas contra autoridades, esta foragido
Os acusados foram identificados pela PF a partir de denúncia feita por um exintegrante do PCC ao Gaeco (Grupo de Atuação especial e de Combate ao Crime organizado), de Presidente Prudente, subordinado ao MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo).

O delator forneceu nomes e números de telefones dos envolvidos no planejamento do ataque e contou que bem antes de revelar tudo ao Gaeco era ameaçado de morte por Nefo, que segundo ele pertence ao PCC e seria o chefe da célula da facção responsável pela organização da ação terrorista.

Ainda de acordo com o delator, Sergio Moro deveria ser sequestrado para servir como moeda de troca para a libertação de líderes do PCC recolhidos em presídios federais, especialmente nas Penitenciárias de Brasília (DF) e de Porto Velho (RO).

Vídeo da época

Todos os réus foram investigados durante a Operação Sequaz. Forjado, apontado pelo MP-SP como integrante da cúpula do PCC, e El Sid, solto em setembro do ano passado, mesmo tendo contra ele um mandado de prisão por homicídio, não foram encontrados pelos agentes federais.

Em nota oficial enviada a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) confirmou que três presos assumiram a autoria dos homicídios no interior de um dos pavilhões da P2 e um quarto detento está sendo investigado pela Polícia Civil como suspeito de ter participado da ação.

Os três detentos foram isolados e deverão responder por esses novos crimes.

A pasta estadual ainda pontuou que foi registrado um Boletim de Ocorrência no plantão da Polícia Civil e houve a instauração de procedimento apuratório para esclarecer as circunstâncias das mortes.

"A Polícia Científica está periciando o local da ocorrência", finalizou a SAP-SP.

Fonte: UOL

Frente Parlamentar da Alesp discute regulamentação da Polícia Penal

Coordenado pelo deputado Reis (PT), Colegiado realizou audiência pública para ouvir representantes de entidades sindicais e servidores do sistema penitenciário paulista.

Segurança 

Fagner Moura - Fotos: Rodrigo Costa

17/06/2024 

Entidades sindicais e representantes da categoria estiveram na Alesp em companhia dos deputados
Reis e Giannazi para discutir meios e condições para que seja aprovado o PLC que Regulamenta a Polícia Penal
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, na quarta-feira (12), uma Audiência Pública promovida pela Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Penal para discutir o texto do Projeto de Lei Complementar n° 30/2024, de autoria do deputado Reis (PT), que regulamenta a instituição no estado de São Paulo.

A audiência contou com a presença de representantes de entidades sindicais e servidores do sistema penitenciário estadual, que colaboraram na redação do projeto.

Para o deputado Reis o texto da propositura foi elaborado para promover a discussão sobre a categoria
Segundo Reis, o texto da propositura foi elaborado para promover uma discussão sobre a categoria, que foi criada a partir da EC nº 51/2022 e pela Emenda Constitucional 104/2019 no nível federal, prevendo a estrutura organizacional, quadro funcional, plano de carreira e regras disciplinares. "O PLC está totalmente estruturado nas disposições do que é a Polícia Penal, nas competências e atuação, se tornando um código que atende a categoria em todos os aspectos", complementou ele.

O deputado Carlos Giannazi (Psol), por sua vez, destacou o trabalho das entidades de classe para a aprovação das emendas constitucionais que reconheceram a categoria. "É muito importante a mobilização para que possamos regulamentar com urgência a Polícia Penal do estado de São Paulo. É uma luta histórica", relembrou o parlamentar.

Estrutura

De acordo com o texto, a Polícia Penal permanece subordinada à Secretaria de Administração Penitenciária e contará com um comando composto pelo diretor geral, que deverá ter 20 anos de serviço efetivo, pelo menos cinco anos em função de corregedor, coordenador ou diretor de estabelecimento penitenciário e formação em nível superior em direito, psicologia, serviço social, ciências sociais ou administração.

Além do órgão central, a categoria contará com a Corregedoria, Inteligência, setores administrativos, operacionais e uma escola de formação.

Apesar da baixa presença dos policiais penais a Audiência Pública foi um sucesso nas palavras dos parlamentares

Carreira

Fábio Jabá, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), que representa cerca de 40 mil servidores, enfatizou que o projeto contempla "um plano de carreira que valoriza o profissional, com um sistema de avaliação imparcial".

A proposta prevê que os cargos de Agente de Segurança Penitenciária e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária se transformarão em policiais penais, mantendo sete níveis de classificação.

Deputado Giannazi afirma que o Estado de São Paulo precisa dar continuidade ao Projeto de Regulamentação da Polícia Penal

Melhorias

Jabá ressaltou ainda que a participação das entidades e de servidores na Audiência Pública deve colaborar com melhorias ao projeto, que atualmente tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Alesp.

Os sindicatos Sindasp (dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo/Policiais Penais), Sindcop (dos Agentes de Segurança Penitenciária e demais Servidores Públicos do Sistema Penitenciário) e Sindespe (dos Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária do Estado de São Paulo) também participaram do evento.

Assista ao evento, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:

Fonte: ALESP