SOMOS A POLÍCIA PENAL

Profissionais invisíveis que garantes a segurança da sociedade.

QUREMOS QUE NOSSOS DIREITOS SEJAM RESPEITADOS

Arriscamos nossas vidas para garantir a segurança de todos.

SOMOS GUERREIROS E INCANSÁVEIS

Lutamos pelos direitos de todos os servidores públicos.

ACREDITAMOS NUM PAIS MENOS DESIGUAL

Não compactuamos com os demsandos dos governos.

QUEREMOS QUE HAJA JUSTIÇA SOCIAL

Somente assim haverá segurança pública real.

24 março 2018

04 criminosos em 02 carros atacam prédio da Secretaria da Justiça do Estado do Ceará, três vão para a vala

Polícia os interceptou e, na troca de tiros, feriu 3; todos teriam morrido no IJF(Instituto Doutor José Frota )




Diário do Nordeste
24.03.2018


Morador mostra alguns cartuchos recolhidos do local do tiroteio ( Foto: Saulo Roberto )



Segundo uma fonte da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) com confirmação do major Wagner Nunes, supervisor do Comando de Policiamento da Capital, durante esta madrugada de sábado, 24, 4 homens atacaram o prédio da Sejus, no bairro Aldeota.

A inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) já estava atenta e interveio a partir da Polícia Militar.

Houve confronto e, segundo o major, 3 suspeitos morreram ao chegarem ao Instituto Doutor José Frota (IJF). Ainda segundo o PM, um homem fugiu durante o tiroteio. Não há informação se ele teria sido ferido no confronto. Segundo nota da SSPDS, o caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil do Estado do Ceará.

O caso

O Ônix usado na ação contra a Sejus teria placas clonadas ( Foto: VC Repórter )


Os suspeitos chegaram em dois veículos. Dois estavam em um Onix preto (com placas clonadas). Os demais estavam em uma Hilux prata. Segundo fonte do Comando Tático Motorizado (Cotam), os homens teriam efetuado disparos contra o prédio da Secretaria da Justiça atingindo uma janela. Além disso, arremessaram uma granada no local. Neste momento, PMs do Cotam e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) visualizaram os suspeitos.

Foi aí que começou a troca de tiros. Os suspeitos foram feridos e socorridos ao IJF, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Um suspeito ainda fugiu do local na Hilux que dava apoio ao grupo criminoso.


Foram apreendidas uma granada (tipo M3), 4 carregadores de pistolas, além de uma pistola calibre 9mm importada de uso exclusivo das forças de segurança. O material foi conduzido para a 34ª Delegacia de Polícia (DP) no Centro. Segundo fonte do Cotam, há uma suspeita que este é o mesmo grupo que atacou os Correios de Antônio Bezerra.

Prédio foi metralhado



A reportagem apurou que a quadrilha seria ligada à facção criminosa Comando Vermelho (CV). Em contato com a assessoria de imprensa da SSPDS, os mesmos não confirmaram o envolvimento dos criminosos no ataque aos Correios ou mesmo a ligação deles com o CV. O secretário André Costa informou que os dois casos ainda estão sendo melhor analisados e tão logo tenha mais informações, será tudo revelado para a imprensa e para os cearenses.

Entramos em contato com as assessorias de imprensa tanto da Sejus quanto da SSPDS. A assessoria da Sejus nos enviou a nota abaixo:

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado informa que a Polícia Militar frustrou a tentativa de ataque ao prédio da Secretaria, na madrugada deste sábado  (24). Por volta de 1h30, homens armados começaram a atirar contra o prédio, quando foram surpreendidos pela Polícia. Houve troca de tiros e três bandidos foram atingidos, não resistindo aos ferimentos. Foram apreendidas armas e uma granada. As causas estão sendo investigadas".

4 homens em 2 carros atacam prédio da Secretaria da Justiça do Estado



A SSPDS se pronunciou no final da manhã. Segue a nota:

"A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que a Polícia Militar do Ceará (PMCE) frustrou a tentativa de ataque ao prédio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), na madrugada deste sábado (24), quando Indivíduos armados dispararam com arma de fogo contra o prédio da Sejus. 

No momento do crime, equipes do Comando Tático Motorizado (Cotam) do Batalhão de Choque (BPChoque) da Polícia Militar estiveram no local e interceptaram a ação dos criminosos. Houve troca de tiros e três suspeitos foram feridos. 

Eles foram conduzidos para uma unidade hospitalar, mas não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito no hospital. Até o momento os corpos não foram identificados. Foram apreendidas armas e uma granada. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas

 (Draco) da Polícia Civil do Estado do Ceará".

'Sem recuar'

Criminosos utilizaram armamento de grosso calibre



De acordo com o titular da SSPDS, delegado André Costa, a ameaça do ataque registrado nesta madrugada foi detectata pelo Departamento de Inteligência da Polícia. "Determinei que equipes ficassem lá no aguardo para ver se a ameaça se concretizaria e a ordem foi fazer tudo o que fosse necessário pra estancar o ataque, caso ocorresse.

A gente sempre espera que não haja confronto, mas os bandidos foram efetivamente lá e efetuaram disparos", disse durante participação em solenidade de inauguração de uma Unidade Integrada de Segurança (Uniseg), no bairro Antônio Bezerra, na manhã deste sábado (24).

O secretário confirmou a morte de três suspeitos envolvidos no confronto com a Polícia e ressaltou que um deles foi atingido por disparos quando tentava lançar uma granada. "Um deles, ao tentar lançar uma granada foi atingido. Nem sempre dá para prever tudo, mas quando é possível a gente vai pra cima e não recua".

Também presente no evento, o governador Camilo Santana informou que "qualquer forma de afronta" contra o Estado e a Polícia receberá "resposta" semelhante a que foi dada no caso do ataque à Sejus. "Não vamos arredar nem um milímetro de garantir mais tranquilidade ao povo de Fortaleza, ao povo do Ceará", garantiu o chefe do Executivo Estadual.

Máscara utilizada por um dos criminosos





Fonte: Diário do Nordeste

Brincadeira de mau gosto entre alunos da EAP vira tempestade e resulta em Nota Pública de Esclarecimento

Três ou quatro colegas, alunos da EAP, em um afã de brincar com um também colega, que em horário de descanso cochilava, nas dependências da Instituição, se meteram em uma tremenda repercussão de mau gosto.





LeandroLeandro24/03/2018


Nota publicada pelos alunos



Porém que isso sirva de lição para todos, que ali é um local sério e comprometido com o ensino de alunos também comprometidos em serem profissionais que venham a valorizar e honrar os quadros da SAP, que isso lhes sirva de lição.

Mesmo porque não estão em idade de brincadeiras, são alunos do Curso de Formação de Agentes Penitenciários, irão trabalhar e defender as cores da SAP, não só durante os horários de trabalho, mas 24h00 por dia, ininterruptamente, pelo resto de seus dias, e mesmo quando se aposentarem, ainda terão consigo, mesmo que não queiram, pois irão adquirir a idiossincrasia de um agente penitenciário.

Espero que aprendam da forma menos dolorosa possível, e que isso sirva para todas as turmas atuais e as vindouras, que ninguém se esqueça que prisão não é local de brincadeira. E vocês serão profissionais do cárcere.

Pensem no enorme sacrifício feito por todos que ai estão, longe de seus familiares, esposas, maridos, filhos, tudo por conta de um emprego, que de uma forma ou outra irá dar, ou complementar o sustento para a família dos já casados, e também para as futuras famílias que será compostas pelos solteiros.

Valorizem este tempo de aprendizado, isso será de vital importância no futuro, quem sabe até mesmo para salvar a vida de colegas e ou de detentos e quiça a sua própria.





Imagens: Wattsapp

THE INTERCEPT BRASIL : O AGENTE PENITENCIÁRIO E A SEITA SATÂNICA QUE ENFRENTOU O PCC

QUASE NADA SE sabe sobre as origens do satanismo nas prisões brasileiras. Mas houve ao menos uma facção criminosa que, durante décadas, fez deste culto um modo de dominação e intimidação – mais adiante usando de seus convertidos à Satã no enfrentamento ao Primeiro Comando da Capital em seus primeiros anos de expansão.






Guilherme Santana
24 de Março de 2018, 5h35

Ilustração: British Library




Ao longo de 2017, The Intercept Brasil manteve contato com Diorgeres de Assis Victorio, um agente penitenciário e observador atento da Seita Satânica, uma das mais antigas e desconhecidas facções criminosas do país.

Victorio conheceu os rituais do grupo e suas lideranças durante os mais de 20 anos de trabalho dentro das cadeias. Foi testemunha ocular – e vítima – do conflito que resultou na hegemonia do PCC e na queda da Seita Satânica e de outras facções que fizeram oposição a ele entre os anos 90 e início dos anos 2000.

A história, transcrita em primeira pessoa na voz de Victorio, foi contada a mim.
lembro do meu primeiro contato com a Seita Satânica. Eu estava nas minhas primeiras semanas como agente penitenciário, e aquele grupo de detentos já chamava a minha atenção. Então, certa manhã, fui até eles e disse ‘Bom dia’ e um deles logo me respondeu: ‘Bom dia não, mestrão, é mau dia…Tenha um mau dia’.

Foi assim que comecei a aprender como funcionava com o pessoal da Seita. No momento de se despedir, também não era ‘Que Deus te acompanhe’, era ‘Que o demônio te acompanhe’. Não era ‘Tudo de bom pro senhor’, e sim ‘Tudo de ruim pro senhor’. Como se fosse tudo ao contrário, mesmo. O bem virava o mal, e o mal virava o bem. Conforme fui assimilando as coisas, eu fui entrando no jogo. Eu queria entender aqueles caras. Afinal, eles estavam sob a custódia do Estado e eu era responsável por eles.

Eu tinha 23 anos de idade quando passei no concurso para agente penitenciário. Hoje, estou com 46. As pessoas temem falar sobre a SS e o pouco que se sabe sobre os rituais e a rotina diária deles. O que tenho para contar é aquilo que testemunhei e as informações a que tive acesso nas rodas do sistema penitenciário.

EMBORA EU NUNCA tenha presenciado os rituais da Seita e não saiba de ninguém que o tenha, eu convivia com suas consequências. Isso porque já levei várias vezes os membros da Seita Satânica para a enfermaria por conta daqueles rituais.

Eu havia acabado de liberar as celas de manhã quando descobri o que eles faziam. Como de costume, eu estava de óculos escuros. Assim, podia examinar discretamente os rostos, os gestos e a movimentação dos detentos ao meu redor. Foi quando um deles se aproximou de mim mostrando a palma da mão com uma queimadura grande e recente, pedindo para que eu o levasse para fazer um curativo. Perguntei o que havia acontecido, e ele me disse que Lúcifer tinha aceitado a oferenda e que eles queimavam as mãos porque o cheiro da carne no fogo é o elixir de Lúcifer.

Horas mais tarde, eu e outros agentes penitenciários decidimos fazer uma revista na cela do pessoal da Seita. Chegando lá, afastamos todos e deixamos apenas um deles para acompanhar o procedimento. Percebi que os outros agentes não gostavam de se envolver com ‘os caras do demônio’. Alguns ficavam até com receio de pegar um feitiço e tocar nos objetos deles. Aos poucos, meio que me tornei o único encarregado.

“Perguntei o que havia acontecido, e ele me disse que Lúcifer tinha aceitado a oferenda.”

Quando entrei na cela, o mais marcante era o cheiro: um cheiro de podridão. Nas paredes havia símbolos de estrelas de cinco pontas e cruzes invertidas, tridentes e escrituras em uma língua que não pude reconhecer. Também vi repetições do número 666 e desenhos de Baphomet e do olho de Lúcifer. Havia cachimbos, charutos, muitas velas e as roupas pretas que eles usavam todo dia e que hoje já não são permitidas nas cadeias. Então, percebi que aquele cheiro forte vinha de baixo da cama, onde encontrei vasilhames com sangue velho, já coagulado, que eles guardavam para os rituais. De onde vinha aquele sangue? Eles nunca revelaram e eu também nunca soube dizer.

Ilustração do livro de Theodor Gsell-Feels publicado em 1881 ilustração: British Library




QUEM ME ENSINOU muito sobre a SS foi um detento chamado Benedito Honorato, já morto. Ele era branco, magro e tinha os olhos azuis. Não era um preso fechado desses que não falam nada… era bom de papo. A gente conversava bastante, pois ele constantemente me pedia para levá-lo até a enfermaria. E, como eu fazia o meu trabalho, que era zelar pela saúde dele, acho que o Honorato pegou certa confiança em mim. Mas conversávamos apenas na enfermaria, longe dos outros detentos; do contrário, ele poderia ter sérios problemas.

Certa vez,  eu havia comentado com o Honorato que estava lendo o livro “Alquimia, Satanismo e Cagliostro”, que é um livro sagrado para a Seita. Ele sabia do meu interesse em entender a SS. Acho que foi por isso que, numa tarde na enfermaria, ele me deu em segredo um bilhete e disse para que eu lesse depois, quando estivesse sozinho. No bilhete estava escrito o seguinte: 1) Que a verdade justiça infernal reine em nossos corações. 2)  Porque, na verdade, a justiça infernal é inviolável em toda a superfície do universo. 3) Nas profundezas do fogo, nas profundezas do inferno, em toda a superfície da terra, nas profundezas do mar e no espaço infinito, sempre para a glória infernal.

Era isso. O Honorato havia me dado uma cópia do estatuto que dita o estilo de vida dos membros da Seita Satânica.

AO LONGO DA sua história, a Seita Satânica já teve diversos líderes, entre eles o próprio Honorato. Mas o homem mais importante na trajetória da SS foi um sujeito chamado Idelfonso José de Souza, também conhecido entre o pessoal da Seita como “o pai fundador”.

Eu e o Idelfonso entramos no sistema carcerário no mesmo ano, em 1994. Eu conheci pessoalmente o Idelfonso. Ele, assim como qualquer líder de facção, era um cara de poucas palavras. Falava baixo, observava muito. Não era um cara forte, mas tinha conhecimentos de artes marciais e parecia bastante inteligente. Nunca conversei com ele da mesma maneira como conversava com os outros. E ele nunca me pediu auxílio para um curativo, não sei se porque não se queimava ou porque não se importava com as queimaduras.

Mas algo me deixava curioso: o porquê do Idelfonso José de Souza ser chamado de ‘o pai fundador’ da SS, sendo que ele fora preso pela primeira vez nos anos 90. O satanismo é muito antigo no mundo do crime, não só no Brasil. Os guardas mais experientes me diziam que era impossível saber quando tudo isso começou. Mas sabemos que ele já existia na década de 70 no Carandiru, por isso é considerada a facção criminosa mais antiga ainda em atividade no Brasil.

Depois de estudar o assunto, concluí que, antes do Idelfonso, o que havia era detentos que praticavam o satanismo de maneira esparsa e em diversos presídios. Foi se aproveitando dessa situação que o Idelfonso resolveu unir nos moldes de uma facção criminosa unificada todos aqueles homens que tinham apenas uma religião em comum. Para isso, ele precisava dar nome ao grupo, e foi daí que veio o ‘Seita Satânica’.

O Idelfonso tinha sido preso por matar um conhecido. Durante o cárcere, ele passou por muitos presídios e praticou diversas faltas. Depois ele progrediu para o semiaberto e fez a primeira saída no Dia dos Pais, em 2009. Ao todo, ele ficou 17 anos preso. A última notícia que tenho do Idelfonso é de setembro de 2010, quando ele foi solto.

Ilustração: British Library



A SEITA SATÂNICA foi, durante um bom tempo, temida entre a população carcerária. Os membros viviam sendo transferidos de unidade, mas nunca estavam sozinhos, sempre encontravam companheiros antigos, realizavam batismos para novos integrantes e logo já estavam intimidando outros presos. Era uma das principais facões a ser combatida.

Via de regra, eles conviviam em harmonia com as outras facções, mas também disputavam territórios. Quando o PCC surgiu, a Seita Satânica e as outras facções que dominavam certas áreas tentaram barrar a expansão do grupo. Houve um conflito generalizado. O Carandiru foi o principal campo de guerra.

O Primeiro Estatuto do PCC diz que a facção nasceu em 1993, na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, em consequência do massacre do Carandiru. Em 1994, quando eu era um novato, os presos falavam comigo sobre um tal “Partido do Crime”. Eu falava “tá bom”, fingindo que estava entendendo, pois não é bom demonstrar dúvida perto dos detentos.

Só depois, eu e o restante dos agentes fomos descobrir que o tal partido era o Primeiro Comando da Capital, que alguns também chamavam de “Sindicato do Crime”. Para nós, os agentes penitenciários, era evidente a força que o grupo estava ganhando, mas, durante muito tempo, o governo negou a sua existência.

Antes, o poder era mais dividido entre as diversas facções. Uma tinha mais influência em determinado presídio, outra, em outro. Ao longo dos anos 90, conforme o PCC foi se espalhando, ele foi tomando o controle. Isso aconteceu com a ajuda do Estado, que atendia às reivindicações dos rebelados que pediam para serem transferidos para certas unidades onde eles estavam perdendo território ou ainda não haviam sido dominadas por eles.

Foi nesse caldeirão que, no início dos anos 2000, o conflito explodiu: ou os membros de facções rivais do PCC eram mortos ou aceitavam que o PCC agora mandava no lugar. Foi o que aconteceu com a Seita Satânica, o Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade, o Comando Democrático da Liberdade e todas as outras facções espalhadas pelo estado de São Paulo.

O conflito de poder deixou muitos mortos no Carandiru, que era um lugar crucial para qualquer grupo que desejava influência, uma cadeia colossal onde rolava de tudo.

Para você ter uma noção, em uma semana três importantes líderes da Seita Satânica foram assassinados no Carandiru. Começou no dia 13 de fevereiro de 2001, quando um preso de altíssima periculosidade da SS, o Nilson César Camargo, também conhecido como Caveira, foi morto por outro preso que atendia às ordens do PCC. Foi uma retaliação. No histórico prisional do Caveira diz que antes ele havia participado do assassinato de dois detentos, um atingido com 42 dois golpes de estilete e outro com 52.

"Ou os membros de facções rivais do PCC eram mortos ou aceitavam que o PCC agora mandava no lugar. Foi o que aconteceu com a Seita Satânica.

No dia seguinte, mataram outro membro da SS, o José Eduardo Assaf, que sofreu varias estocadas na frente, nas costas e no pescoço por um homem chamado Paulo Alfredo Nunes, o Magrão. E, cinco dias depois, quem morreu foi o Benedito Honorato, aquele que me ensinou muito sobre a Seita Satânica e que havia sido transferido para o Carandiru. Ele foi estrangulado.

É importante notar que nos inquéritos daquelas três mortes há um nome em comum: o do Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, que depois se tornaria o o líder mais notório do PCC.

Na época, o Idelfonso, pai fundador da Seita Satânica, se encontrava em uma unidade de Sorocaba, e logo foi transferido para Franco da Rocha, onde a Seita Satânica estava em maior número e tinha mais poder entre a população carcerária.

Com a SS acuada, o PCC venceu. Assim como os outros grupos, eles aceitaram a condição de inferioridade para que não fossem extintos.

POUCOS DIAS DEPOIS da morte daqueles três membros da Seita no Carandiru, e depois de tantos outros conflitos em outras cadeias, teve uma megarrebelião. O PCC parou 27 unidades prisionais do estado de São Paulo, mobilizou uns 25 mil detentos. Mesmo que a megarrebelião tenha deixado uns 16 mortos, o objetivo maior do PCC era mostrar o seu poder, aparecer pela primeira vez em todos os meios de comunicação do Brasil e mostrar que ele existia. Foi algo grande. Por pouco não entrei na contagem do número de mortos.

Antes da megarrebelião, o PCC já tinha destruído inteirinho o lugar onde ele nasceu, a Casa de Custódia de Taubaté. Mataram um monte de gente lá e, depois, esse pessoal todo foi transferido para várias cadeias, que era exatamente o que eles queriam. Todos os agentes penitenciários e diretores de presídios estavam preocupados com isso. O comando se espalhava.

Então, um grupo de 20 integrantes do PCC veio parar no presídio onde eu estava. Logo no primeiro dia, mataram um inimigo enfiando uma caneta no ouvido dele. Eu fui conversar com aqueles caras do PCC, perguntei se eles vinham pra destruir e matar mais gente ou se iriam deixar eu e os outros funcionários mantermos o lugar em ordem. Eles disseram ‘aconteceu, o senhor sabe como é, mas agora vamos ficar pianinho’.

Realmente, eu sabia como era… aquilo era sinal de que a coisa estava esquentando. Nos dias que se seguiram, a cadeia ficou silenciosa e, é como o Drauzio Varella escreveu no livro Carandiru: quando a cadeia está silenciosa, é porque alguma coisa vai acontecer.

A rebelião aconteceu no domingo, quando as famílias esperavam o horário de visita do lado de fora. O dia de visita é o momento mais sagrado para os detentos. É uma espécie de trégua, quando ao menos numa tarde da semana eles fazem a paz prevalecer para receber os familiares. A única vez que havia acontecido uma rebelião em dia de visita tinha sido em 1995, e achávamos que isso nunca mais iria acontecer. Por isso, fomos pegos de surpresa.


Não queria ver o resto dos meus colegas morrerem na minha frente.


Os agentes penitenciários andam sempre em duplas. Mas naquele dia eu estava sozinho, distante das celas, fazendo a guarda de um dos raios da prisão enquanto o meu colega de turno almoçava. De repente, aparece um preso na minha frente, me rende e me leva pra cela do Castigo, onde ficam os presos indisciplinados. No caminho, vi que eles já estavam por todo lugar e haviam tomado o presídio.

Quando entrei fui derrubado de barriga pra baixo ao lado dos outros agentes e funcionários que também haviam sido rendidos. Eu achei, na verdade tive certeza, que iriam nos matar ali mesmo. Pensei quem seria o primeiro a ser cortado, decapitado e ter as orelhas jogadas para os jacks [gíria para estupradores] comerem à força. Também passou pela minha cabeça os Satanistas negociando com o PCC alguma morte ou sangue para os rituais deles. Pensei em várias maneiras de morrer. Desejei que eu fosse o primeiro. Não queria ver o resto dos meus colegas morrerem na minha frente.

Então um dos detentos que parecia um líder disse que precisava de dois reféns para ir com ele até a muralha do pátio. Era ali, na frente de todo mundo, que eles costumavam matar os reféns. Como na época do Exército eu havia tido aulas de prisioneiro de guerra, com porrada, tapa na cara etc., concluí que poderia estar mais preparado do que os outros para ir, então eu acenei com a cabeça para um colega que achei que tinha mais frieza e nós dois dissemos que iríamos.


‘Aqui é o PCC! Se o Choque entrar a gente mata todo mundo!’


Chegando lá, os caras estavam todos drogados, tomando tudo quanto era tipo de remédio com álcool, maria-louca, cocaína, fumando maconha. Começaram a nos torturar psicologicamente, dizendo que ali era o PCC, que eles mandavam em São Paulo e que estavam só esperando para nos matar. Isso era sempre dito aos delegados, juízes, promotores e gerenciadores de crises que negociavam a dialogavam com os assassinos do PCC.

Em seguida, tivemos nossas mãos amarradas umas às outras, um de costas para o outro, e fomos envolvidos por dois colchões, com as nossas cabeças de fora. Jogaram álcool em nós, pegaram um cilindro de gás industrial e abriram a válvula na nossa cara. Um deles estava com um isqueiro na mão, fazendo ameaças. Naquela hora, já pensava que era melhor morrer do que ter a vida destruída pelo trauma. Em pouco tempo a tensão no meu corpo era tanta que eu já me sentia morto. Era como se eu não estivesse mais ali.

Eu já estava praticamente sem consciência quando um dos rebelados gritou ‘Já era!’ e, em seguida, gritou junto com os demais ‘Aqui é o PCC! Se o Choque entrar a gente mata todo mundo!’. Então, fomos levados de volta pra cela. Chegando lá, eu abracei meu amigo que passou por aquilo comigo. Estávamos arrasados e sem conseguir segurar as lágrimas. Ficamos na cela com os outros reféns até o dia seguinte, sendo ameaçados o tempo todo.

Ilustração: British Library



O QUE ACONTECEU comigo me abalou muito. Naquele dia morreu um Diorgeres e veio outro em seu lugar. A cadeia é uma fábrica de fazer loucos. Só neste ano [2017], num período de alguns meses, sete agentes penitenciários cometeram suicídio. E isso só no estado de São Paulo!


"A cadeia vai sugando nossas forças, consumindo a nossa vitalidade. Não é à toa que tanto os presos quanto os funcionários se matam tanto.


É estranho! A cadeia vai sugando nossas forças, consumindo a nossa vitalidade. Não é à toa que tanto os presos quanto os funcionários se matam tanto. Esse é o grande problema, tão ignorado por todos: a despersonalização que o ser humano sofre dentro do sistema prisional. Vi diversos funcionários e presos surtando. Eu, inclusive, já surtei no cárcere e tive que ser internado.

O Estado sempre nega dizendo que está no controle, mas faz tempo que os presos dominaram o sistema penitenciário. Antes, eu falava ‘vou dar um rolê, trocar ideia com os ladrões, falar de futebol, de política, ver se tem alguém fazendo algo errado, fazendo faca, se tão fumando maconha’. Agora não tem mais isso. O carcereiro leva murro na cara, bicuda na canela. Ele quer ficar longe. E se é assim para quem tem o dever de trabalhar, imagina para quem quer estudar in loco o que acontece dentro das prisões? Vivemos nadando contra a corrente.

Sobre a Seita Satânica, hoje, apesar de continuarem presentes em diversos estabelecimentos prisionais, seus membros dedicam-se exclusivamente à sua religião e tornaram-se bastante reclusos.



Fonte: The Intercept_Brasil

Equipe atenta mais scanner param traficante: Coelho iria chegar com ovo de páscoa recheado de maconha mais cedo em Iperó/SP

Mulher é presa ao tentar entrar com drogas em penitenciária de Guareí/SP. Agentes encontraram porção de maconha nas partes íntimas da visitante. Suspeita foi encaminhada à cadeia de Cesário Lange.




Por G1 Itapetininga e Região
24/03/2018 16h09  

Mulher foi presa ao tentar entrar com maconha em penitenciária de Guareí
(Foto: Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária)



Uma mulher de 27 anos foi presa neste sábado (24) ao ser flagrada tentando entrar na Penitenciária Nelson Vieira, em Guareí (SP), com maconha escondida nas partes intimas.

Segundo a Polícia Civil, a droga foi encontrada durante revista íntima. Ao ser questionadas pelos agentes penitenciários, a mulher confessou que levaria o entorpecente ao marido que está preso.

Ainda segundo a polícia, ela foi presa em flagrante e será encaminhada à cadeia feminina de Cesário Lange (SP).


Fonte: G1

Parabéns aos Servidores e a Equipe por este excelente trabalho, que mesmo sem o reconhecimento e a falta de respeito do governador, continuamos a demonstrar nosso profissionalismo e empenho em todos os trabalhos realizados, seja nas revistas pessoais, revistas por Body Scanner, Raio-X, de Jumbos, também por Sedex e nas muralhas, eles os governantes são passageiros, efetivos e titulares de cargos somos Nós. Não seremos irresponsáveis como ele.

MUDANÇAS NO CÓDIGO PENAL E LEP URGEM : De tornozeleira eletrônica, homem é flagrado com 460 kg de maconha no MS

Criminoso tentou fugir da polícia, mas perdeu controle da direção e bateu contra um poste.






Ricardo Campos Jr.
24/03/2018 10:35
Tornozeleira eletrônica usada pelo suspeito de tráfico (Foto: divulgação / PRF)



Um homem de 27 anos que usava uma tornozeleira eletrônica foi preso carregando 460 quilos de maconha em um HB20. O flagrante aconteceu nessa sexta-feira (23) na BR-163 em São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o traficante e egresso do sistema prisional, que não teve o nome divulgado, inicialmente não obedeceu à ordem de parada dos agentes e tentou fugir. Ele entrou em um local onde está sendo implantado um loteamento, perdeu controle da direção e bateu em um poste de alta tensão.

Droga estava em carro roubado em setembro do ano passado - Divulgação



Depois de preso, ele disse que pegou o carro com a droga em Ponta Porã e deveria levar até Cuiabá, onde seria pago pelo serviço. Ele tinha um comparsa que estava à frente dele em um Palio com o objetivo de avisá-lo por telefone em caso de movimentação policial na rodovia. O batedor não foi encontrado.

O HB20 tinha placas de Cascavel, mas a PRF descobriu que a identificação era falsa. O veículo havia sido roubado em Pradópolis, interior paulista. O automóvel e o criminoso foram encaminhados à Polícia Civil local.




Fonte: Campo Grande News

PARA CONHECIMENTO E QUESTIONAMENTO: Seap Bahia anuncia aumento salarial para agentes penitenciários

Secretária de Estado da Administração Penitenciaria da Bahia anuncia reajuste salarial a Agentes Penitenciários.






Por: Redação BNews
23 de Março de 2018 às 17:26 

Agentes Penitenciários receberão reajuste de mais de 14%



A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) anunciou, na tarde desta sexta-feira (23), o aumento de salário para os agentes penitenciários da Bahia.

Segundo a Seap, o Governador Rui Costa, à pedido do secretário Nestor Duarte, encaminhou para apreciação da Assembleia Legislativa o aumento salarial.

Ainda de acordo com a pasta, o incremento equivale a 10% na primeira etapa e mais 4% na segunda etapa, valendo a partir do mês de abril.

“Esse foi um compromisso nosso com a categoria, levado ao Governador, e que hoje colocamos em prática", afirmou o secretario.




Fonte: Bocão News

23 março 2018

PARABÉNS A EQUIPE: Egresso saudosista do S.A. Parada Neto de Guarulhos em liberdade a 07 dias, é preso em tentativa de arremesso

Libertado a menos de uma semana preso volta a Unidade do Regime Semi Aberto da Penitenciária "Parada Neto"





LeandroLeandro
23/03/2018


Objetos e droga apreendida com o nostálgico egresso




No dia de hoje Francisco Pereira da Silva Junior, que fora libertado da Unidade dia 16 deste mês de março, se sentindo talvez carente da roda de amigos e companheiros de cela, em um afã irresistível, se sentiu na obrigação de ir até a Unidade e tentar a sorte em um arremesso, de um aparelho celular, fones de ouvido, carregador e uma determinada porção de maconha na forma de um pequeno tijolo.

Porém antes mesmo de tentar o arremesso o individuo saudosista foi capturado pelo Turno A da Unidade. Encaminhado a Delegacia junto dos objetos ilícitos que estava em sua posse, foi prontamente indiciado pelo Delegado por tráfico, e com a agravante de estar em área de segurança na iminência de tentar o arremesso.

Mas fica uma dúvida, será que ele queria de fato arremessar ou ser apreendido e assim poder retornar ao seio do Sistema Prisional? Fica a dúvida.

Qualificativa do egresso






Imagens: Wattsapp


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VEJA OS VÍDEOS, TERROR NA CAPITAL DO MATO GROSSO :Sindicato e casa de agente penitenciário são metralhados em Cuiabá

Os ataques aconteceram seguidamente na noite de quinta-feira (22) e manhã desta sexta-feira (23).







RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
23.03.2018 | 08h00 


Vários tiros acertaram a janela da casa do agente penitenciário.




A sede Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen) e outras duas casas de agentes foram ‘metralhadas’ na noite de quinta-feira (22) e manhã desta sexta-feira (23), em Cuiabá. O atentado pode estar relacionado à morte do detento Jesuíno Cândido da Cruz Júnior, 28 anos, com um tiro na cabeça, durante motim na Penitenciária Central do Estado (PCE), na última terça-feira (20).

O primeiro ataque aconteceu por volta das 21h45, no bairro Nova Conquista. Pelo menos 9 tiros de pistola 9mm atingiram a janela da casa de um agente penitenciário.

Ninguém se feriu na ação. A vítima disse apenas que escutou o barulho de um carro se aproximando e a ‘chuva de balas’ atingindo a casa.

Já por volta das 6h da manhã desta sexta-feira (23), a sede do Sindspen foi atacada. Ao menos 6 tiros acertaram a porta principal do prédio.

O criminoso teria se aproximado em um veículo Chevrolet Prisma e atirado ainda de dentro do veículo.

Logo após o atentado, pelo menos sete agentes saem de dentro do local fortemente armados, porém, não localizam o atirador.

Ninguém foi preso. Conforme a polícia, a casa de um outro agente também teria sido atacada nesta noite, em Cuiabá.

Os crimes são investigados pela Polícia Civil.

Vídeos do ataque ao Sindicato:






Ordem de execução

Os atentados podem ter relação à ordem de execução de agentes penitenciários, após a morte de um detendo da facção comando vermelho dentro da PCE.

No mesmo dia da morte, vários áudios viralizaram na internet com a ordem. Em um dos áudios, os bandidos afirmam reunir um grupo para atacar veículos do Serviço de Operações Especiais (SOE) e Grupo de Intervenção Rápida (GIR).

“Vamos fazer o seguinte. Juntar seis irmãos psicopatas para pegar uma viatura da GIR ou da SOE saindo com quatro caras e fuzilar os quatro. Deixar eles tombados dentro da viatura daquele jeitão. Vamos por para agir”, ameaça um dos criminosos.

Um dos autores dos áudios foi identificado. Trata-se de um detento da penitenciária Major Eldo de Sá, a Mata Grande, em Rondonópolis.

Fonte: Repórter MT

FOLHA SUPLEMENTAR SERÁ RODADA : Migalha extra de servidor estadual será paga em abril

O Governo do Estado de São Paulo informou ontem que vai pagar em abril a grana retroativa referente ao reajuste dos servidores.






Guilherme Soares Dias
do Agora
23/03/2018




O valor extra será liberado por meio de folha suplementar, mas ainda não tem data exata para ser pago.

Os servidores estaduais tiveram os salários reajustados em 3,5%, 4% e 7%, conforme a categoria.

A lei com os novos valores foi publicada ontem, no "Diário Oficial" do estado.

O salário maior cairá na conta no quinto dia útil de abril, referente aos dias trabalhos no mês de março.



Fonte: Jornal Agora

EXCELENTE MEDIDA DE DESENCARCERAMENTO : SAP e Prefeitura inauguram Unidade de Atendimento de Reintegração Social em Lençóis Paulista/SP

Programa de Penas e Medidas Alternativas realizado pela unidade possibilita que pequenos infratores cumpram suas penas em prol da sociedade.





JCNET
22/03/2018 21:45 

Evento de inauguração da Unidade de Atendimento de Reintegração Social ocorreu nesta quinta-feira



A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania (CRSC), em parceria com a Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista, inauguraram nesta quinta-feira (22), a Unidade de Atendimento de Reintegração Social que irá operacionalizar o Programa de Penas e Medidas Alternativas no município.

A cerimônia, que aconteceu na sala de sessões Mário Trecenti, da Câmara Municipal, contou com a presença do Secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, do prefeito de Lençóis Paulista, Anderson Prado, da vice-prefeita, Cíntia Duarte, do diretor Jurídico, Rodrigo Fávaro, dos juízes Mário Ramos dos Santos e José Luiz Pereira Andrade, do promotor público, Neander Sanches entre outras autoridades.

O projeto da SAP de expansão de unidades de reintegração social vem alcançando o objetivo proposto graças ao grande envolvimento e empenho das prefeituras municipais, do poder judiciário e da sociedade. Com a nova unidade serão 71 em todo o Estado de São Paulo.

O “Programa de Penas e Medidas Alternativas” teve início em 1997 e cadastrou mais de 160 mil pessoas condenadas pelo judiciário à prestação de serviços à comunidade. Recebendo uma “segunda chance” por terem cometido delitos de baixo potencial ofensivo, esta modalidade penal é uma via de mão dupla, onde o pequeno infrator presta serviços à comunidade a qual pertence utilizando suas habilidades e conhecimentos para “pagar” sua dívida com a justiça e a sociedade sem ser exposto ao cárcere, mantendo assim o vínculo familiar e social.

Outra peça importante desta “engrenagem” é a parceria com Instituições locais, que disponibilizam vagas para que essas pessoas trabalhem e cumpram sua pena de forma digna no seio da sociedade.

O índice de reinclusão observado no programa é de apenas 3,5% e o custo por apenado nesta modalidade penal é em média de R$ 26,49.

Demonstrando assim a eficácia do programa e o valor pedagógico da aplicação das penas alternativas.

A Unidade de Atendimento de Reintegração Social vai funcionar em uma sala na avenida Brasil, número 850. Pelo convênio a Prefeitura Municipal cedeu o imóvel e também uma psicóloga que vai trabalhar no atendimento ao apenado. Já a Secretaria custeou o mobiliário, equipamentos de informática entre outras despesas. A unidade vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h.




Fonte: JCNET


22 março 2018

Cães da PM acham cerca de 20 quilos de drogas em sítio onde traficante Capuava foi preso em Mogi das Cruzes/SP

PM faz buscas em sítio desde prisão de Weliton Xavier dos Santos - o Capuava - no último domingo. Traficante era um dos mais procurados pela polícia do Estado de São Paulo.






Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano
22/03/2018 15h49  

Cães da PM acharam material que aparenta ser cocaína e pasta base, além de carregadores de armas municiados
 em sítio de Mogi das Cruzes (Foto: Polícia Militar/Divulgação)



Cães da Polícia Militar acharam nesta quinta-feira (22), cerca de 20 quilos de drogas no sítio onde Weliton Xavier dos Santos - o Capuava - foi localizado no último domingo (18), no distrito de Sabaúna, em Mogi das Cruzes.

Além das drogas, os cães Mel e Judá - do canil da PM de Suzano - ainda localizaram uma pistola 9 mm, três carregadores municiados e quatro carregadores municiados de fuzil 762. O armamento estava enterrado dentro de três sacos. Já o material que aparenta ser cocaína pronta para o consumo e pasta base estava dividido em 29 embalagens. As armas e os entorpecentes, segundo a PM, foram achados em uma área de mata e estão no local aguardando perícia.

No sítio, segundo a polícia, funcionava um laboratório de refino e distribuição de drogas. “Tivemos informações da comunidade de que havia um sítio no distrito de Sabaúna que estaria com a movimentação fora da rotina do bairro. Fizemos um trabalho emergencial para reunir as equipes da Força Tática, Rocam e outras equipes do Batalhão para fazer o cerco no bairro e conseguir acessar o maior número de sítios possível para efetuar a detenção do indivíduo”, explicou no domingo o tenente da Polícia Militar Geison Moura Silva.

Weliton Xavier dos Santos, o Capuava, foi preso pela segunda vez no Alto Tietê (Foto: Foto: Divulgação/Denarc)



A polícia já havia apreendido no domingo uma metralhadora 9 milímetros, dois fuzis e munição. As armas estavam escondidas na raiz de uma árvore. Produtos químicos para o refino de droga também foram apreendidos.

De acordo com a PM, Weliton Xavier dos Santos viu a movimentação da polícia e fugiu em um carro com mais sete homens. O grupo foi perseguido pelos policiais e o motorista perdeu o controle da direção, batendo em seguida em um barranco.

Santos foi preso junto com mais dois homens. Outros três ficaram feridos no acidente e foram encaminhados para o Hospital Luzia de Pinho Melo e dois suspeitos fugiram, segundo a PM.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública informou nesta quinta-feira (22) que os quatro presos, incluindo Capuava, estão no Centro de Dentenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes. A polícia ainda procura pelos dois foragidos. Um inquérito foi instaurado pelo Denarc.

A Secretaria apura se Weliton Xavier dos Santos segue preso e se os foragidos foram localizados. A reportagem também tenta localizar a defesa de Capuava.

Outra prisão

Drogas encontradas em Santa Isabel na prisão anterior do suspeito (Foto: Jamile Santana/G1)

Esta foi a segunda prisão de Weliton Xavier dos Santos no Alto Tietê. Em julho de 2015, policiais do Departamento de Narcóticos (Denarc) de São Paulo apreenderam 1,6 tonelada de cocaína, 898 kg de mistura para a produção da droga, além dos demais componentes químicos usados para produzir a droga em uma propriedade de alto padrão em Santa Isabel.



Na ocasião, então secretário de Segurança Pública Alexandre de Moraes esteve no local para acompanhar o trabalho dos investigadores. Na ocasião Santos e mais quatro pessoas foram presos.

Um mês depois, porém, Capuava conseguiu um habeas corpus e foi solto. Na época, o desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima foi afastado da função para que o Tribunal de Justiça fizesse uma investigação interna para apurar a decisão dele que concedeu a liberdade.

O advogado do desembargador, Marcial Hollanda, disse ao G1 que a decisão do habeas corpus foi tomada com base nas informações da prisão em flagrante que Lima dispunha. “Ele [Weliton] estava a um quilômetro do local da apreensão. Os quatro [outros presos] negaram que conheciam o Weliton. Não havia nada contra ele. Depois que se descobriu que o carro dele tinha um fundo falso com resquício de cocaína”, afirmou.





Fonte: G1

REGULAMENTADO POR LEI, ACABA OS ABUSOS: Senado aprova proposta para regulamentar prisão domiciliar a grávidas

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (21/3) proposta que estipula regras para a prisão domiciliar de grávidas, mães de crianças ou ainda que tenham filhos com deficiência.





Conjur
21 de março de 2018, 21h26

Grupo de advogados reclama de requisitos mais rigorosos do que HC coletivo do STF.



Como o Projeto de Lei 64/2018 tramita em caráter terminativo, o texto deve ser encaminhado agora à Câmara dos Deputados.

O PL busca reconhecer o direito de conversão para mulheres com esse perfil, mas impõe algumas condições para o benefício: a presa não pode ter cometido crime com violência e delito contra o próprio filho nem integrar organização criminosa. Deve ainda ser ré primária. Segundo o texto, cabe a cada juiz exigir prova idônea desses requisitos.

Para o Coletivo de Advogados de Direitos Humanos (CADHu), a sanção da norma restringiria as hipóteses de substituição da prisão preventiva pela domiciliar e, com isso, entraria em conflito com recente decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, que concedeu Habeas Corpus coletivo com apenas parte dessas exigências.

O grupo afirma que, se o projeto for aprovado, as mulheres ficarão obrigadas a provar primariedade e que não pertencem a organizações criminosas. “As acusadas de crimes com violência ou grave ameaça — mulheres ainda não condenadas, é bom lembrar — ficam, desde logo, excluídas da possibilidade de substituição. De volta à cadeia, que permanece precária, violenta, e à experiência de toda a sorte de violações de direitos reprodutivos”, diz.

“Embora trate também de presas condenadas e reduza o tempo para a progressão de regime, no que diz respeito às presas provisórias, o PLS 64/2018 implica considerável retrocesso. Hoje, a prisão poderá ser substituída sempre que a mulher estiver gestante ou for mãe de criança ou de pessoa com deficiência e deverá ser substituída, quando estas mulheres não tenham sido acusadas de crimes com violência ou grave ameaça ou contra os descendentes”, afirma o coletivo.

A presa não pode ter cometido crime com violência e delito contra o próprio filho nem integrar organização criminosa.
 Deve ainda ser ré primária. Segundo o texto, cabe a cada juiz exigir prova idônea desses requisitos.




Compromisso internacional

Antes do HC coletivo, o STF já entendia que o artigo 318 do Código de Processo Penal (que permite a prisão domiciliar da mulher gestante ou mãe de filhos com até 12 anos incompletos) foi instituído para adequar a legislação brasileira a um compromisso assumido internacionalmente pelo Brasil nas Regras de Bangkok.

Essa alteração no CPP foi dada pelo Estatuto da Primeira Infância (Lei 13.257/2016), mas ganhou repercussão quando a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça, concedeu Habeas Corpus à advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (MDB).

Clique aqui para ler o texto aprovado.



Fonte: Conjur

NÃO SE PODE VACILAR, ESTÃO APENAS ESPERANDO O PONTO, CADÊ O GERADOR? : Presos fogem de presídio no Ceará durante apagão

Fuga ocorreu na Casa de Privação Provisória de Liberdade 2 em Itaitinga.






Por G1 CE
22/03/2018 12h36  

CCPL, Casa de Privação Provisória de Liberdade (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)



Oito presos fugiram na noite desta quarta-feira (21) da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), em Itaitinga, Região Metropolitana de Fortaleza.

Os detentos aproveitaram o apagão de energia elétrica que atingiu todo o Ceará e mais 13 estados, quebraram os cobogós* e tiveram acesso à área externa, onde cortaram a grade de proteção.

Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), a fuga ocorreu por volta das 20 horas. Até a manhã desta quinta-feira (22), nenhum preso foi recapturado.

O apagão ocorreu em todo o Ceará e estados do Nortes e Nordeste do Brasil na tarde desta quarta-feira (21).

A Enel, distribuidora de energia do Ceará, informou que o fornecimento de energia foi normalizado em todos os municípios do Estado afetados pela falha no Sistema Interligado Nacional (SIN). O abastecimento foi restabelecido gradualmente até as 20h54, à medida que o Operador Nacional do Sistema (ONS) retomava as cargas de energia elétrica.

Ruas de Fortaleza são iluminadas por faróis dos veículos (Foto: André Teixeira/G1)








Fonte: G1

Cobogós:  Tijolo perfurado ou elemento vazado, feito de cimento utilizado na construção de paredes ou fachadas perfuradas, com a função de quebra-sol ou para separar o interior do exterior, sem prejuízo da luz natural e da ventilação; combogó.

Seu nome deriva das iniciais dos sobrenomes de três engenheiros que no início do século XX (1929 ou 1930) trabalhavam na cidade brasileira do Recife e conjuntamente o idealizaram: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de is.
Em muitos lugares do Nordeste do Brasil o nome sofreu várias variações, tais como combobó, combogó, comogó, comongol, comogol

MAS ELES FAZEM, NÃO TÊM TEMOR: Assembleia geral dos agentes penitenciários do Piauí aprova indicativo de greve

Sejus informa que uma data da audiência entre agentes e Governo do Piauí já foi marcada para a próxima semana e que, a partir de então, a Justiça vai definir demandas das partes





Publicado por Repórter: Edrian Santos
22/03/2018, 12:34

José Roberto aproveita para alfinetar o secretário Daniel Oliveira, sobretudo pela recusa da Sejus em reformar o
 estatuto dos agentes penitenciários (Foto: Montagem OitoMeia)




Uma assembleia geral do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), realizada na última terça-feira (20/03), aprovou um indicativo de greve da categoria nos presídios do estado. Os trabalhadores exigem reajuste salarial, atualização do estatuto, melhores condições de trabalho e convocação de mais servidores por meio de concurso público.

O anúncio da possível greve foi feito por José Roberto, presidente do Sinpoljuspi, ao OitoMeia. Ele, em nome do sindicato, pede aos agentes penitenciários do Piauí que não se calem rente ao que ele chama de “pressões da Secretaria de Justiça [Sejus]”. Embora haja um indicativo para a paralisação das atividades, uma data ainda não foi definida. A categoria requereu ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-PI) uma audiência com a Sejus para ouvir as propostas do Governo.

“Temos que fazer as últimas tentativas de negociar com o Governo, já que ele insiste em não atender a categoria. Diante disso, a categoria aprovou o indicativo de greve. Após essa audiência, caso o Estado não apresente nenhuma proposta plausível, a diretoria do sindicato chamará, novamente, a categoria para uma assembleia geral para decidir se vai ou não ao movimento grevista”, confirmou José Roberto.

SECRETÁRIO É ALFINETADO

O presidente do Sinpoljuspi aproveita para alfinetar o secretário Daniel Oliveira, sobretudo pela recusa da Sejus em reformar o estatuto dos agentes penitenciários. “Em seus surtos psicóticos, ele ofende, assedia e persegue a categoria dos agentes penitenciários. É uma questão pública a situação do secretário, em nível estadual e nacional”, continuou José Roberto ao OitoMeia.

REAJUSTE SALARIAL

O reajuste salarial continua como o carro-chefe das demandas reivindicadas pelo Sinpoljuspi. Para José Roberto, embora o secretário de Justiça diga que o salário dos agentes seja bom, tudo depende do ponto de vista. “Eu poderia dizer que ele tem um excelente salário. A inflação galopa, a carga tributária do Brasil é enorme e não entendemos como crime você lutar por melhores condições salariais, de trabalho e dignidade”, salientou.

CONCURSO

O Sinpoljuspi informa que os agentes deveriam ser promovidos no dia 18 de janeiro deste ano, o que não aconteceu. Exigem, ainda, a convocação de mais 166 aprovados no último concurso da categoria. “Temos um quadro de uma categoria envelhecida, doente e muitos já se aposentando e morrendo. Infelizmente, o Estado não olha para essa situação”, concluiu a reportagem.


O OUTRO LADO

O OitoMeia entrou em contato com a assessoria do Governo do Piauí, que também responde pela Secretaria de Justiça. Em resposta, foi informado que o dissídio coletivo, ou seja, uma audiência promovida pelo TJ-PI já foi marcada para a próxima semana, mas precisou a data. O Tribunal, após questionamento da reportagem,  que a tentativa de conciliação entre o Karnak (Sejus, Administração e Governo) e Sinpoljuspi acontecerá no próximo dia 26, às 9h, no gabinete do desembargador Edvaldo Moura.



Fonte: OITOMEIA

ALERTA VERMELHO : "Inteligência revela que oito agentes penitenciários estão na lista do PCC para morrer

Por protocolo de segurança, um deles já deixou a região com a família.






Por Juliet Manfrin"
21/03/2018

Penitenciária Federal de Catanduvas/PR



Catanduvas - A mudança em segurança de um agente penitenciário federal da região oeste do Paraná há poucas semanas foi uma ação bem-sucedida do serviço integrado de inteligência das forças de segurança nacional que estão em constante monitoramento aos movimentos de organizações criminosas, algumas já classificadas internamente como células terroristas.

Ele estava marcado para morrer pelas mãos de criminosos ligados a uma das maiores facções brasileiras, com hora e data para isso acontecer. O profissional seria mais um agente de uma extensa lista que não para de crescer.

A remoção dele do oeste do Paraná para outro canto do Brasil foi uma medida de segurança adotada, sobretudo à família dele, já que, pelos agentes, esta transferência geográfica não aconteceria. “Pelos agentes não haveria a mudança, eles sabem, reconhecem e assumem os riscos de se atuar nessa área, mas a mudança ocorre por questões singulares e de estratégias de segurança, em cumprimento a protocolos de proteção e salvaguardas”, afirmou a Federação Nacional dos Agentes de Execução Penal.

Agentes protestam contra mortes de colegas em presídio federal de Catanduvas (PR)



Ocorre que este caso está longe de ser isolado e coloca profissionais, principalmente os que atuam no Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, em uma
vitrine preocupante à segurança pública nacional.

Criado em 2006 para isolar as cadeias de comando do crime organizado brasileiros, os quatro presídios federais - Catanduvas, Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO) - há pelo menos três anos têm revelado pontos de fragilidade e de intensa vulnerabilidade.

Como consequência ao maior rigor, em contato direto com presos faccionados e de alta periculosidade, os agentes penitenciários federais se tornaram os principais alvos dessas organizações criminosas como uma espécie de vingança ao “sistema de repressão”.

Mais ações

Para o delegado-chefe da Polícia Federal em Cascavel, Marco Smith, este ano tem grande potencial para novos atentados. Entre os motivos estão as eleições, momento em que a facção tenta eleger representantes em todas as esferas do poder, e os 25 anos da criação da facção, “comemorados” em 31 de agosto de 2018.

Três mortes em dois anos

A partir da esq., o agente do presídio federal de Catanduvas (PR) Alex Belarmino Almeida Silva, o agente
do presídio federal de Mossoró (RN) Henry Charles Gama Filho e a psicóloga Melissa de Almeida Araújo,
 mortos a mando do PCC



Em dois anos três agentes federais já foram executados, dois deles apenas em Cascavel. Isso devido à grande presença e ramificação da facção criminosa na região, o que tem colocado o oeste do Paraná no alvo em potencial dos criminosos em todo o País.

Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal e a Fenapf (Federação Nacional dos Policiais Federais), com base nos serviços de inteligência federal é possível afirmar que há neste momento pelo menos oito agentes de segurança lotados na região - principalmente no presídio de Catanduvas - marcados para morrer.

“São pelo menos oito entes federais nessa lista, escancarando uma situação gravíssima. Vários são e estão sendo removidos e recolocados em outras regiões justamente para dificultar suas localizações”, afirmou o presidente do Sindicato e vice-presidente da Fenapf, Flávio Verneck, em entrevista exclusiva ao Jornal O Paraná.

Para Verneck, a intenção das organizações é criar estratégia de uma espécie de disseminação do pânico, tentando abrir brechas para se conseguir possíveis vantagens, dentre elas a maior flexibilização dentro das unidades prisionais, o que promete não ocorrer.

E o pior...

Protesto de agentes penitenciários federais em Catanduvas (PR) em agosto de 2017

Isso porque a “ordem para matar” continua vindo de dentro dos presídios federais e o caminho mais corriqueiro dos recados seria, segundo as instituições ligadas à segurança pública nacional, as visitas íntimas e sociais. Por conta disso, as visitas íntimas em Catanduvas estão suspensas desde a metade do ano passado, mas as sociais foram retomadas ainda em 2017, mesmo a contragosto de algumas entidades que representam os agentes.

O fim delas é um dos motes de reivindicação de entidades como a Federação Nacional dos Agentes de Execução Penal, da Fenapf e do próprio Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal. O que as instituições defendem são as visitas por parlatório, como ocorre em alguns regimes de execução penal tidos como os mais evoluídos do mundo. “A Lei de Execuções Penais brasileira diz que o preso tem direito a visita, mas não específica que forma de visita é. O parlatório é uma forma de visita e que pode ser monitorada. A mais indicada, portanto”, reforça a Federação dos Agentes Penitenciários.

Visitas em parlatório

O ministro propôs a construção de parlatórios, com telefone e um vidro para separar os presos dos visitantes e
evitar que criminosos continuem agindo de dentro das cadeias



Aos poucos esse cenário começa a ser desenhado nesse sentido. Há poucos dias o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, sinalizou para a restrição das visitas pelo parlatório.

Os detentos dos quatro presídios federais ficaram por meses com as visitas monitoradas logo após a morte da psicóloga que atuava no presídio de Catanduvas, Melissa Almeida, em maio de 2017. “Essas visitas [por parlatório] estão mudando aos poucos, estão retornando de forma gradativa.

Algo precisa ser feito quanto à segurança pública nacional porque, se algo não for feito logo, seremos a Colômbia de algumas décadas atrás. Aliás, em índices de criminalidade já chegamos bem perto. Para mudar o cenário, a Colômbia pediu ajuda internacional e o Brasil, vai fazer o que?”, indaga o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Flávio Verneck.

Execuções são frias e calculistas

Nos últimos dois anos, pelo menos três agentes penitenciários federais foram assassinados no Brasil, um deles em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e outros dois
em Cascavel.

Os casos de Cascavel se tratavam de agentes lotados em Catanduvas. O primeiro foi Alex Belarmino em setembro de 2016. Ele atuava em Brasília, mas dava um curso em Catanduvas. Ele morreu em uma emboscada na Região do Lago, próximo à casa onde estava hospedado, ao sair para trabalhar logo pela manhã.

A segunda morte foi a da psicóloga Melissa Almeida, do mesmo presídio federal, em maio de 2017. Ela chegava em casa com o marido, o policial civil Rogério Ferrarezi, e o filho do casal, um bebê de um ano, quando foram surpreendidos pelos atiradores na porta do condomínio onde moravam, no Bairro Canadá. Melissa foi morta a tiros de fuzil e o marido foi baleado, mas sobreviveu. O bebê não se feriu. Durante a investigação mensagens trocadas entre os bandidos indicavam que existiu “um cuidado extra” para não ferir a criança.

Automóvel que a família de Melissa estava



No confronto, o marido de Melissa matou um dos criminosos e outro morreu em um segundo confronto com a polícia, horas depois. Em ambos os homicídios os inquéritos apuraram que as execuções foram encomendadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

Em agosto do ano passado um documento vazado do Ministério da Justiça indicava que mais agentes morreriam naquele mês em “comemoração” aos 24 anos da facção criminosa paulista, mas que tem no Paraná sua “segunda casa”. Entre os alvos estariam um juiz federal, um delegado da Polícia Federal, um procurador e agentes penitenciários federais.

Na época, a reportagem apurou que parte das mortes estava programada para a região oeste do Paraná. Um forte esquema de segurança, de inteligência e de monitoramento foi criado de forma a evitar as mortes, o que fez a facção recuar.





Fonte: O Paraná

NÃO QUER NADA NÃO, VAI NO CHIQUEIRINHO SIM: Cunha reclama de ser transportado em ‘jaula’ de viatura e Moro rebate

Ele não gostou




Por Ernesto Neves 
22 mar 2018, 10h41 

Cunha: ele continua na jaula (//Reprodução)



Ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha não gostou de ser transportado para uma audiência da parte de trás de um veículo da Polícia Federal.

Segundo a defesa, o local é inseguro e Cunha não ofereceria risco caso se sentasse ao lado dos agentes da PF (ver foto abaixo).

Local tem até mesmo banco acolchoado muito confortável


… este julgador realizou inspeção no veículo e pôde constatar que o acusado foi transportado na parte de trás do veículo, onde existe um banco com acolchoamento e cinto de segurança”, escreveu o magistrado. 

“De fato, o transporte no local não é totalmente confortável, mas está longe de causar sofrimento ou de ser indigno ao transportado. Entendo que, com todo o respeito ao ex-Deputado, as condições, embora não sejam ideais, são adequadas, considerando as limitações de recursos das forças de segurança”, completou o juiz. 





Fonte: Revista Veja

Contraponto: Resumindo: Não quer nada não, vai no chiqueirinho sim.........