SOMOS A POLÍCIA PENAL

Profissionais invisíveis que garantes a segurança da sociedade.

QUREMOS QUE NOSSOS DIREITOS SEJAM RESPEITADOS

Arriscamos nossas vidas para garantir a segurança de todos.

SOMOS GUERREIROS E INCANSÁVEIS

Lutamos pelos direitos de todos os servidores públicos.

ACREDITAMOS NUM PAIS MENOS DESIGUAL

Não compactuamos com os demsandos dos governos.

QUEREMOS QUE HAJA JUSTIÇA SOCIAL

Somente assim haverá segurança pública real.

15 julho 2017

UM DOS ESTADOS MAIS RICO DA UNIÃO ESTA NA BANCARROTA E COM SISTEMA PRISIONAL EM COLAPSO

Mais de 180 presos aguardam em delegacias ou carros da polícia na Região Metropolitana de Porto Alegre



Segundo delegado, situação mais crítica ocorre em Canoas, onde 60 presos esperam para serem levados para algum presídio.

Presos precisam aguardar em viaturas para (Foto: Reprodução/RBS TV)



















Mais de 180 presos estão em delegacias ou aguardam vagas em penitenciárias dentro de carros da polícia em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Segundo o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Fábio Motta Lopes, a situação mais crítica ocorre em Canoas, onde estão 60 presos. Na sexta-feira (14), 72 pessoas estavam no local.

O levantamento, segundo Motta, é do começo da tarde deste sábado (15). Entretanto, a situação não mudou durante a tarde porque, conforme o delegado, não há serviço de plantão para transferência de presos. "Pode até ter se agravado."

Em Porto Alegre, há 16 presos em duas Delegacias de Pronto Atendimento (DPPAs). Do total, 10 estão na 2ª DPPA, que fica no Palácio da Polícia, onde se concentra a chefia da Polícia Civil.
Em Gravataí há 35 presos, enquanto em São Leopoldo estão 20 apenados (veja lista completa abaixo).

O diretor do DPM observa que, além dos 183 presos em delegacias ou viaturas, há 86 pessoas no Instituto Pio Buck, para onde foram levados os apenados que estavam no Trovão Azul, desativado no final de maio.

A situação vem sendo recorrente na Região Metropolitana, devido à superlotação do sistema carcerário.

Presos em delegacias

Cidade Total de presos
Porto Alegre 16
Canoas 60
Gravataí 35
Alvorada 19
Viamão 15
São Leopoldo 20
Novo Hamburgo 18
TOTAL 183

Fonte: Departamento de Polícia Metropolitana

Por meio de nota, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que acompanha o surgimento de novas vagas em cadeias para acomodar os presos.

"A Susepe, por meio do Departamento de Segurança e Execução Penal vai seguir assistindo as necessidades dos eventuais detidos, até que estes sejam encaminhados para estabelecimentos prisionais onde abrirem vagas. O trabalho de gerenciamento e monitoramento de novas vagas no sistema prisional seguirá sendo realizado ostensivamente pela Susepe", diz o texto.

Fonte: G1

PARABÉNS AOS FUNCIONÁRIOS DA PENITENCIÁRIA DE CASA BRANCA PELAS APREENSÕES DE HOJE.

Visitante durante procedimentos de revista surpreendida com drogas. Apreensões ocorridas no dia de hoje na Penitenciária de Casa Branca, nossos sinceros cumprimentos a Todos os envolvidos na ocorrência, ou seja, Toda a Equipe. Foco no trabalho e responsabilidade com as atividades, maconha e cocaína não adentraram a Unidade, pois foram interceptadas pelos funcionários. Parabéns a Todos os Funcionários da Penitenciária de Casa Branca.




Maconha(Canabis Sativa)




Cocaína (Cloridrato de Cocaína)

O TRABALHO INVISÍVEL E ADOECEDOR DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS

Matéria editada e publicada em Julho de 2017, que neste momento em que falam até mesmo sobre a privatização de nossas funções, acho que é muito importante fazer uma releitura e avaliar sobre a nossa importância dentro do contexto social em que vivemos. 


LeandroLeandro
15/02/2018





10 de Julho de 2017 11:01
Antônio Geraldo da Silva* e Rosylane Mercês Rocha**



Em recente veiculação nas principais redes de comunicação, o Brasil e o restante do mundo ficaram consternados com a morte de 56 detentos em uma rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim em Manaus (AM).

As autoridades federais e estaduais, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Comissão de Direitos Humanos, prontamente manifestaram-se e agiram em resposta ao massacre que ceifou as vidas que estavam sob a guarda do Estado. Foram 17 horas de rebelião em 1º de janeiro, Dia Mundial da Paz e Dia da Fraternidade Universal, ocasião em que vários prisioneiros foram mortos, decapitados e esquartejados e 12 agentes penitenciários ficaram sob posse dos rebeldes.



Profissionais do cárcere tem uma sobrecarga de trabalho gigantesca para um
número insuficiente de agentes penitenciários





























Dos 12 reféns, seis foram libertados ao longo da noite e o restante na manhã seguinte. O susto foi tão grande que a maioria foi levada à emergência do hospital psiquiátrico da região com sintomas de ansiedade intensa, como insônia, tremores e falta de apetite. Alguns precisaram tomar medicamentos para aliviar as reações causadas pelo medo intenso.

Para eles, não existe acompanhamento prévio de equipe multiprofissional, o que é grave. E apesar de todo esse pânico, não foram veiculadas notícias sobre o drama vivido pelos agentes penitenciários. É nesse sentido que trazemos à baila a discussão sobre o trabalho invisível e o sofrimento desses trabalhadores.

A atividade laborativa desses servidores consiste em realizar atendimento às necessidades dos detentos, como: orientação; assistência; guarda e custódia; operação do sistema de veículos; revista nos segregados em celas, pátios e outras dependências; revista dos visitantes, servidores e demais pessoas que adentram nos estabelecimentos; segurança dos profissionais que fazem atendimento aos custodiados; vigilância interna e externa, incluindo as muralhas e guaritas; contenção; escolta armada em cumprimento às requisições das autoridades competentes e nos apoios a atendimento interno e hospitalar e de saídas autorizadas; escolta armada em transferências; assistência em situações de fugas, motins e rebeliões; auxílio na recaptura de foragidos e demais operações especiais.


Os trabalhadordes precisam estar alerta durante toda a jornada laboral, o
que acarreta um nível de estresse altíssimo

As atividades estão descritas nos editais de concurso público, com jornada de 40 horas semanais em regime de plantão, com salário de R$ 2 mil e exigência de nível superior. Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), publicado pelo Ministério da Justiça em junho de 2015, a população carcerária do Brasil conta com 607.731 presos, com um custeio anual de R$ 12 bilhões.

Esse total representa uma sobrecarga de trabalho gigantesca para o número insuficiente de agentes penitenciários. Para se ter ideia, há uma unidade com 625 detentos que chega a ter apenas três agentes por plantão.

Durante as movimentações em que acompanham os detentos – para banho de sol, consultas, recebimento de visitas e idas ao fórum –, os agentes permanecem expostos, sem qualquer equipamento de segurança ou de monitoramento nas dependências.

Para exemplificar, com 40 presos em trânsito, um grupo de seis agentes chega a realizar 250 movimentações em um único plantão. A tensão é permanente. O trabalhador precisa estar alerta durante toda a jornada laboral, o que acarreta um nível de estresse altíssimo.



O peso da responsabilidade e o comprometimento com o devido cumprimento do dever para que
 toda a sociedade tenha tranquilidade e paz























Ao prender os criminosos, o Estado reconhece os riscos que esses sujeitos representam para a sociedade. Na invisibilidade do seu ofício, os agentes penitenciários têm importante papel no processo de ressocialização dos detentos. Todavia, vivenciam o temor por sua própria segurança. Eles também testemunham as condições desumanas dos ambientes prisionais, vivem a frustração de não conseguirem atingir o objetivo no processo de ressocialização e a acompanham constantemente práticas de violência, nos mais variados sentidos, impostas pelo próprio sistema em sua (des)estrutura organizacional.

Para o exercício da atividade de agente penitenciário, há que se fazer uma adaptação de vida que envolve parentes e amigos. A família é orientada a não comentar sobre a profissão do agente e se priva de atividades sociais comuns. Um carro parado à porta ou pessoas estranhas passando por perto são motivo de alerta e medo. Soma-se a isso o terror daqueles que sabem que fazem parte da “lista” dos marcados para morrer por determinação dos líderes das facções. Como trabalhar em condições tão desumanas e viver diariamente sob forte pressão e medo?


O agente penitenciário está exposto a riscos reais de adoecimento por enfermidades
infectocontagiosas ou por transtornos mentais








Para piorar, em total desrespeito às normas de segurança e saúde no trabalho e ao arrepio da Constituição Cidadã, o agente penitenciário está exposto a riscos reais de adoecimento por enfermidades infectocontagiosas ou por transtornos mentais.

Até mesmo o adicional de insalubridade é pago sob ordem judicial, apesar dos laudos técnicos comprovando as condições insalubres de trabalho, uma vez que a profissão nem sequer consta no Anexo 14 da Norma Regulamentadora 15 (Portaria MTE nº 3.214, de 8 de junho de 1978). Em vários sentidos, o trabalho dos agentes não é visto, não é reconhecido e tampouco é valorado em sua complexidade.

Transtorno misto de ansiedade, síndrome do pânico, depressão, estresse pós-traumático, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dor crônica e tuberculose estão entre as principais doenças que acometem os agentes. A ausência de reconhecimento e de sentido de utilidade, o completo desrespeito às normas de segurança e saúde, a falta de assistência médica e psicológica, a insegurança e o alto índice de estresse ocupacional são causas incontestes do adoecimento do agente penitenciário.

É urgente que o Estado adote medidas de saúde e segurança nos presídios e promova assistência à saúde física e mental dos agentes penitenciários, disponibilizando médicos do trabalho, psiquiatras e psicólogos para atendimento necessário a esses profissionais. Chega de ser ausente.


Em vários sentidos, o trabalho dos agentes não é visto, não é reconhecido e
tampouco é valorado em sua complexidade.
































* Psiquiatra, superintentende e CEO da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL).

** Médica do trabalho, secretária nacional da International Commission on Occupational Health (ICOH) no Brasil, diretora de legislação da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), presidente da Associação Brasiliense de Medicina do Trabalho e conselheira federal de medicina.



Fonte: Portal do Conselho Federal de Medicina
Portal CFM- Leia diretamente no Portal, link abaixo

Portal do Conselho Federal de Medicina

AGENTE PENITENCIÁRIO ESCREVE LIVRO INSPIRADO EM RAP DOS RACIONAIS MC’S


Inspirado no rap “Diário de Um Detento”, do grupo Racionais MC’s, o prudentino, que atua há 10 anos na área, resolveu escrever um livro chamado “Diário de um Agente de Segurança Penitenciária” (Editora Multifoco) com os objetivos de derrubar mitos e esclarecer verdades a respeito do assunto.



Anderson Gimenes- Agente de Segurança Penitenciária e Escritor

Confira a matéria completa clicando aqui: Diário de Um Detento no G1


A obra “Diário de um Agente de Segurança Penitenciária” relata em suas páginas 8 anos da história de um jovem que, durante seu processo de formação em Licenciatura plena em Geografia, por dificuldades financeiras, após prestar e ser aprovado em concurso público, abandonou a tudo e a todos, e partiu rumo à Grande São Paulo, para exercer a sua nova profissão “Agente de Segurança Penitenciária”. 
De início no novo ambiente, se mostrou em pânico e um ignorante no assunto, mas que no dia a dia obteve a sua experiência profissional, que hoje lhe proporciona ser um crítico do sistema carcerário, de sua administração pública comissionada e do Governo do Estado de São Paulo, ser também alguém que consegue indicar métodos para a solução dos problemas citados, mostrando sempre a realidade, com uma pitada da história pessoal, deste profissional, tão necessário mas tão pouco valorizado pela sociedade e pelo Estado.



Fonte: Editora Multifoco
Fonte: G1


Parabéns ao Nosso Companheiro Anderson, e que voces venham a adquirir o Livro e façam um bom proveito da leitura do mesmo. Cultura também deve fazer parte da vida e da consciência do Agente de Segurança Penitenciária, tanto para sí próprio como para que seja uma herança a seus descendentes.

POLICIA PRENDE MULHER SUSPEITA DE ARQUITETAR EXPLOSÃO DE PRESÍDIO EM GUAPÓ(GOIÂNIA)


Na filmagem ela nega que tinha conhecimento do crime, mas admite ter abrigado um dos suspeitos na própria casa um dia antes do ocorrido. Ação deixou 11 presos fugirem e 5 foram recapturados.


Por Vanessa Martins, G1 GO
14/07/2017 17h58

Delegado explica que ela é companheira de um dos presos que encomendaram o crime e agiu por causa dele. Ação deixou casa destruída, uma moradora ferida e possibilitou a fuga de 11 detentos.



Mayara de Souza é presa suspeita de planejar a explosão do presídio de Guapó (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
















Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (14) Mayara Camargo de Souza, apontada como companheira de um dos presos que fugiram com a explosão do presídio de Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia. Segundo os investigadores, ela é a responsável por planejar a fuga.

“Ela arquitetou o plano de fuga, deu a casa dela para dar suporte para a organização criminosa. Acreditamos que ela entrou para o mundo do crime porque causa dele”, disse ao G1 o delegado responsável pelo caso, Arthur Curado Fleury.

De acordo com os policiais, após a explosão, Mayara fugiu com o companheiro, Diemerson de Sousa, vulgo Pará. Ele é apontado como um dos mentores da explosão e foi preso logo depois. Já ela estava foragida.

Fleury explicou que ainda deve ouvir Mayara. Por isso, mais informações sobre a prisão dela só serão divulgadas em uma coletiva de imprensa marcada para esta tarde.


Explosão abriu buraco na parede de presídio e destruiu a casa vizinha (Foto: Vitor Santana/G1 )

Explosão

A fuga Aconteceu na manhã do dia 30 de maio deste ano. Criminosos arrebentaram o portão da residência que fica ao lado do presídio, entraram na casa e agrediram a moradora, Taynna Karita Silva Barros, de 20 anos.

Após fazer a jovem refém por dez minutos, eles detonaram os explosivos para facilitar a fuga dos presos. Onze presos fugiram na ação, mas cinco foram recapturados.
Com a destruição da casa, a moradora teve de ser resgatada dos escombros (veja o vídeo no fim do texto). A jovem foi levada ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, e liberada dias depois.


Taynna Karita, de 20 anos, teve de ser resgatada dos escombros da casa (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)


Horas após a explosão, três homens foram presos suspeitos de cometer o crime: Lucas Coelho Costa, de 19 anos, João Wellington Lira do Nascimento, de 19, e Higor Lemes da Silva, de 20. O trio disse à PM que os presos que encomendaram o crime pagariam R$ 15 mil a eles. Porém, eles não tinham recebido ainda.
De acordo com a investigação, a Polícia Civil apurou que os presos e os suspeitos pela explosão do presídio criaram um grupo em um aplicativo de celular para planejar a fuga. Toda a negociação durou cerca de três semanas.
Apesar da casa ter ficado completamente destruída, a estrutura do presídio não foi abalada. Assim, os presos permanecem na unidade. Ao todo, 87 presos estavam internos o local. O buraco feito em uma das celas, por onde o grupo fugiu, foi tapado com cimento.


Trio foi preso suspeito de explodir muro de presídio em Guapó a mando de detentos (Foto: Paula Resende/G1)

























O dono da casa em que Taynna morava, o açougueiro Rodrigo Raimundo dos Reis, de 27 anos calcula que teve um prejuízo de R$ 400 mil. Segundo ele, até a fundação do imóvel ficou abalada.

Quando a moradora recebeu alta, Taynna prestou depoimento na Polícia Civil. A jovem relatou que foi agredida e que, quando estava embaixo dos escombros, criminosos tentaram encontrá-la para se certificarem que ela havia morrido.

“Os bandidos queriam matá-la porque ela viu o rosto deles. Ela está sofrendo um trauma psicológico muito grande. Disse que foi ameaçada sob uma arma de fogo, que vasculharam a casa à procura de pessoas e que, por cerca de 10 minutos recebeu coronhadas. Após a explosão, eles queriam ter certeza que ela tinha morrido, mas não a acharam nos escombros ”, contou ao G1 o delegado Carlos Levegger, que a ouviu.


Fonte: G1

Grupo explode fundo de presídio e destrói casa em Guapó


14 julho 2017

ADVOGADOS DE BAURU CONSEGUEM NA JUSTIÇA DESFILIAÇÃO DE ASPS DO SINDASP, COM PAGAMENTO DE R$ 2.000,00 DE DANOS MORAIS
























Dois advogados de Bauru, conseguiram na Justiça a desfiliação de Agentes que não conseguiam pelas vias normais se desfiliarem do Sindasp, após se esgotarem todas as maneiras, os mesmos decidiram recorrer a Justiça Pública.

E a Sentença saiu na data de hoje, 14/07/2017, favoráveis aos Peticionários, no inteiro teor da Sentença o Juíza condenou a Entidade a fazer a devolução do dinheiro cobrado no periodo, acrescido dos juros e de correção monetária, e, ainda mais, sentenciou a mesma a ressarcir os ex-filiados na quantia de R$ 2.000, 00 a titulo de Danos Morais. 

Os Advogados Dr. Emerson Vinicius Marinho, e a Dra. Melissa de Souza Jimenez Xavier, declararam que fêz -se a Justiça, vez que, é Direito Pétreo e Constitucional, o livre arbítrio de o cidadão se filiar ou não a uma Entidade ou Sindicato, mas que, porém, se este mesmo cidadão está por qualquer motivo descontente e já não se interessa mais em se manter filiado, a Entidade não pode opor óbices para impedir sua saída.



Abaixo as Decisões em PDF, ara que qum se interessar em ler possa confirmar as Sentenças.






Abaixo o contato dos Advogados a quem se interessar.

Dr. Emerson Vinicius Marinho da Silva

OAB/SP-339.653

Email: emerson.oab.sp@gmail.com

Dra. Melissa de Souza Jimenez Xavier

OAB/SP-232.672

Email: melissa_sjimenez@hotmail.com

ÁUDIO MOSTRA DISCUSSÃO ENTRE GENERAL E JUIZ BARRADO DURANTE OPERAÇÃO EM PRESÍDIO NO ACRE

Associação Nacional dos Magistrados Estaduais disse que vai tomar medidas 'cabíveis'. Operação fez varredura em presídio de Cruzeiro do Sul.




Um áudio divulgado pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) mostra o diálogo, em tom alterado, entre o general José Eduardo Leal de Oliveira, comandante da 17ª Brigada de infantaria de Selva, e o juiz titular da Vara de Execuções Penais de Cruzeiro do Sul, Hugo Torquato. O juiz foi impedido de acompanhar a Operação Thaumaturgo, que fez uma varredura no presídio Manoel Neri, na última terça-feira (11).



Juiz Hugo Torquato (à esquerda) e general tiveram discussão durante operação em Cruzeiro do Sul (Foto: G1 e Reprodução/Rede Amazônica Acre )





O áudio começa no momento em que o juiz vai ao encontro do general questionar o motivo de ter sido barrado por um dos militares do Exército e recebe uma resposta atravessada. Ao G1, a assessoria do Exército informou que "tem o caso como encerrado".

“Essa é uma operação federal, o senhor esteve aqui, eu fui educado com o senhor e expliquei que essa é uma atividade federal, uma operação de GLO [Garantia da Lei e da Ordem] aonde eu devo zelar pela tropa que está aqui dentro. O senhor solicitou a mim para acompanhar e eu disse que o senhor não poderia acompanhar. O senhor se dirigiu ao local da operação com ordem de quem?”, questiona o general.

Diante da pergunta do general, o juiz responde: “Com ordem de ninguém, eu sou juiz. E o senhor impediu a minha entrada”. O general, que está acompanhado de outras pessoas, continua afirmando que por se tratar de uma operação federal, o juiz não tem permissão para participar da ação. "É uma atividade federal, cujo responsável sou eu. A partir do momento que eu piso no presídio, sou responsável por essa área até que eu devolva ao Estado. Isso é uma solicitação do governo do estado amparado em um decreto presidencial”, diz o general.

Ouça abaixo o áudio da discussão das Autoridades:


























"É uma atividade federal, cujo responsável sou eu. A partir do momento que eu piso no presídio, sou responsável por essa área até que eu devolva ao Estado. Isso é uma solicitação do governo do estado amparado em um decreto presidencial”, diz o general.

Um outro militar que acompanha a discussão, interrompe os dois e diz: “Essa operação não tem nada a ver com lei de execução penal. Entendo que o senhor está afastado dessa jurisdição. Há uma intervenção militar aqui. O senhor quer acompanhar o quê?”.

O juiz insiste e diz que não há impedimento legal para que ele deixe de acompanhar a operação.
“Não estamos em estado de sítio, a autoridade do Poder Judiciário não está suspensa. Isso pra mim é gravíssimo. É uma pena tratar o Judiciário assim, com absoluto desdém. Me sinto muito desrespeitado”, diz.

A Associação dos Magistrados do Acre (Amac) e a Associação Nacional dos Magistrados Estaduais lamentaram o episódio.

O presidente da Anamages considerou “inconcebível que o ocorrido represente a posição oficial do Exército brasileiro” e afirmou que Associação vai tomar as medidas cabíveis “para que haja um perfeito esclarecimento sobre a conduta do responsável pela ação”.






Fonte: G1

Audio: Youtube




MINISTÉRIO PÚBLICO DO DF IDENTIFICA SURTO DE DOENÇA INFECCIOSA NA PAPUDA


Transmitida por bactérias, doença infectou 692 detentos, diz GDF. Condições insalubres e carência de atendimento médico são apontados por especialistas como principais causas.


Por Luiza Garonce, G1 DF
14/07/2017 13h36  Atualizado há 38 minutos


Funcionário cuida de gramado em frente a Papuda, em Brasília (Foto: Gláucio Dettmar/CNJ/Divulgação





O Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, tem 692 detentos contaminados por dois tipos de doença infecciosa que provocam feridas e fungos na pele. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública, que disse ter iniciado o tratamento dos infectados.

Para apurar a situação, o Ministério Público fez vistoria na Papuda em 27 de junho. O órgão disse que deve fazer novas visitas para monitorar a situação e que vai tomar "todas as medidas necessárias até que o problema de saúde seja resolvido."

O caso também é acompanhado pela Vara de Execuções Penais (VEP), que informou ter feito inspeções no local, e constatou que os "atendimentos emergenciais já haviam sido prestados".

O G1 conversou com uma especialista em saúde e uma advogada criminalista sobre o surto das doenças nos presídios e as dificuldades de controle de saúde.


Detentos na Papuda em 2013 (Foto: Ministério Público/Divulgação)


Apesar de parecer alarmante, o número representa 10% do total de presos em duas alas da Papuda – o Centro de Detenção Provisória, onde há 3.623 presos e 172 infectados, e a Penitenciária I, onde há 3.800 detentos, e 520 com alguma das doenças.

De acordo com a advogada criminalista Daniela Tamanini, que tem clientes no presídio, doenças transmitidas por fungos e bactérias, como micoses, são comuns nos presídios devido às condições precárias de infraestrutura e higiene.

"Todos eles têm algum tipo de micose, brotoejas e coceiras, às vezes até pela ingestão de alimentos estragados. E quando tem um doente, ele está em contato com outro mil."

Além da superlotação das celas, da falta de circulação de ar e da limpeza precária, o atendimento médico não é adequadro, segundo a advogada. "Mesmo eles tendo uma ala médica lá dentro, com dois a três médicos, conseguir atendimento é difícil. Ainda mais porque essas micoses são muito comuns."


Camas usadas pelos detentos no presídio da Papuda, no DF (Foto: Ministério Público/Divulgação)



As doenças identificadas pela governo são a escabiose e o impetigo, infecções de pele provocadas por ácaros e bactérias. Ambas têm maior chance de proliferação em ambientes fechados com aglomeração de pessoas, como escolas, creches, quartéis e presídios.

O infectologista e comentarista da TV Globo Luiz Antônio Silva explicou que a escabiose é popularmente conhecida como "sarna" e provoca pequenas bolas avermelhadas na pele que coçam bastante.


Doença de pele provocada por bactérias atingiu, ao menos, 600 detentos da Papuda, em Brasília (Foto: Sindicato dos Agentes Penitenciários/Reprodução)



Ao coçar – especialmente à noite, quando o sitoma se intensifica – é comum que sejam formadas feridas e o contato com bactérias presentes na unha en o ambiente externo gera a infecção, neste caso chamado impetigo.

"Nós chamamos de escabiose impetignada, porque uma provoca a outra. É uma doença secundária, que causa infecção na pele pela coceira das feridas. Pode dar até fungo."

Sindicato dos Agentes Penitenciários do DF publicou imagens de detentos da Papuda com sintomas de doença infecciosa (Foto: Sindicato dos Agentes Penitenciários/Divulgação)




Os sintomas podem se manifestar em todo o corpo, inclusive nas regiões íntimas. Imagens publicadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindpen) mostram as reações em alguns detentos.

A recomendação médica para evitar complicações é que o tratamento seja iniciado em até 48 horas depois do aparecimento dos primeiros sintomas. "Geralmente, entra com uso de antibiótico oral pra tratar as feridas e pomadas pra evitar a coceira. Mas é preciso tratar todo mundo de uma vez", disse o médico.


Vaso sanitário de detentos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (Foto: Ministério Público/Divulgação)


Cuidados


A Secretaria de Segurança Pública infromou ao G1 que as infecções "foram controladas por meio de medicação assim que foram identificadas, por volta do dia 20 de junho". Segundo a pasta, quando o Ministério Público esteve no local, os tratamentos já haviam começado.

Médicos e enfermeiros das unidades prisionais têm feito mutirões de triagem dos internos para verificar se há novos casos das doenças, segundo a pasta. Os profissionais também estão orientando os presos sobre higiene pessoal, especialmente quanto às mãos, e as celas estão passando por limpeza.



Colchão e outros objetos próximos a uma cela de transição na Papuda, em Brasília (Foto: Gláucio Dettmar/CNJ/Divulgação)


Descontente, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Leandro Allan, afirmou que a situação é alarmante e pode piorar, já que a transmissão da doença ocorre pelo contato e os presos doentes estariam convivendo com detentos sadios.


"Nossa preocupação é que se espalhe, porque os presos foram distribuídos em alguns blocos por determinação de não sei quem."


O risco de contágio também é grande para quem trabalha com os presos, como os agentes e funcionários da limpeza. "Além disso, somente nessa unidade, passam 3 mil visitantes toda semana", afirmou. Pelo risco de transmissão, ele sugere que as visitas fossem suspensas até que a situação estivesse controlada.

No entanto, a Secretaria de Segurança diz que não há motivos para suspender as visitas, porque, mesmo que as doenças tenham atingido quase 10% do total de presos em duas alas da Papuda, "não significa que os estabelecimentos prisionais estão passando por um quadro de epidemia".

Fonte: G1

LUTO : AGENTE PENITENCIÁRIO CUSTÓDIO DE SOUZA JUNIOR- FUNCIONÁRIO DO CDP I DE PINHEIROS

















O Agente Custódio de Souza Junior foi encontrado morto em sua residência pela esposa . Com a chegada das equipes policiais no local foi constatado que o falecido é Agente Penitenciário do CDP I de Pinheiros. Foi constatado também pelas equipes presentes no local que o Sr. Custódio efetuou um disparo  com o revolver calibre 38, de marca Taurus.

Infelizmente mais um Companheiro de trabalho, não suportando a pressão por qual os Funcionários do Sistema Penitenciário veem passando, sucumbiu. Não temos o devido acompanhamento Psicossocial, e muito menos o apoio de nossos superiores em situações nas quais, os Funcionários que demonstram estar com desvios de comportamento deveriam ser tratados e recuperados, assim como quer fazer as Nossas Políticas Penitenciárias com os presos do sistema, mas que não dão a devida atenção a seus funcionários.

Jogados ao ostracismo financeiro, pois já há mais de três anos sem um só centavo de reajustes inflacionários, e olhem que não estamos nem mesmo falando de aumento de salário, somente de reajustes inflacionários.

Muitos servidores não tem suportado a situação em que nos encontramos, apesar de sermos fortes o suficiente para trabalharmos onde trabalhamos, muitas vezes não somos fortes o suficiente para encarar um só credor.

 E fica aqui o registro da perda de mais um bom companheiro. Que nossas Autoridades Penitenciárias, se sensibilizem e comecem a olhar o Homem atrás do Uniforme. Somos seres humanos, com responsabilidades e família.





MARIDO É PRESO EM BAURU POR SUSPEITA DE MANDAR MATAR MULHER PARA RECEBER SEGURO


Outros dois homens também foram presos. Crime era investigado como latrocínio, mas investigação aponta que suspeito contratou matadores para simular latrocínio e ficar com seguro de vida da esposa.

A Além de Otacílio, também foram presos José Carlos Vieira Silva e Zenaldo Leite da Silva, os autores do assassinato. Eles confessaram que cometeram o crime a mando de Otacílio, que teria prometido um recompensa de R$ 8 mil. Após o interrogatório e a decretação da prisão temporária de todos, o trio foi encaminhado para a Cadeia Pública de Avaí. A defesa dos suspeitos não foi encontrada.

Para desvendar o caso, a polícia acessou imagens de circuito de segurança de um supermercado onde o casal havia feito um saque de dinheiro momentos antes do crime e também solicitou a quebra do sigilo telefônico do marido da vítima.

Polícia Civil de Bauru (SP) apresentou nesta quinta-feira (13) três homens suspeitos de participar do assassinato de Cleide Aparecida Gallindo Godoy, 53 anos, praticado no último dia 10 de junho. Inicialmente, o caso foi investigado como latrocínio, mas a polícia descobriu que o próprio marido de Cleide, Otacílio Godoy, contratou outros dois homens para assassinar a mulher e, com isso, ter acesso a seu seguro de vida


A partir da esq., Otacílio Godoy, que contratou José Carlos e Zenaldo, para assassinar a própria esposa (Foto: Divulgação /
Polícia Civil)

















Entenda o caso

Um casal em um carro voltava para casa quando dois criminosos em uma moto abordaram a dupla e anunciaram o assalto, no dia 10 de junho. A vítima e o marido haviam acabado de sacar R$ 1 mil em um supermercado na Vila São Paulo, sendo que mulher já tinha R$ 5 mil guardados na bolsa.
Segundo o depoimento do marido à polícia, na época, a esposa reagiu e levou três tiros dos criminosos.
A ação ocorreu em uma estrada de terra que liga os bairros Núcleo Gasparini e Pousada da Esperança. Os suspeitos fugiram



Fonte: G1

13 julho 2017

A TRISTE HISTÓRIA POR TRÁS DE UM VELHO SUCESSO POP DOS WALKERS...HISTÓRIAS DE PRESÍDIOS

Nós que fazemos parte do Sistema Penitenciário, podemos nos integrar mais em todos os sentidos e de todas as formas, e a música é uma delas. 


Leandro Leandro
13/06/2017
Capa do compacto original, de 1971 (com a grafia do nome 'Brazos' escrita errado)
Neste Post, como hoje é o Dia Internacional do Rock, a História de uma música que fala sobre os presidiários que trabalhavam nos canaviais as margens do Rio Brazos, chamado também Rio de los Brazos de Dios pelos antigos exploradores espanhóis, é o 11º rio mais longo dos Estados Unidos da América com 2060 km entre a nascente Blackwater Draw, Condado de Curri, Novo México até desaguar no Golfo do México.

No início dos anos 70, uma bandinha saída lá da Holanda se tornou one-hit wonder com um grande sucesso que embalou muitos bailes e serenatas aqui no Brasil - lembre-se que estamos na terra onde o pessoal vai muito pelo ritmo da canção, e não se preocupa muito com sua tradução ou significado do que está sendo dito, resultando em situações grotescas (como uma música com forte crítica social sobre a especulação imobiliária na Inglaterra fazer sucesso como tema romântico em trilha sonora de novela da Globo - aconteceu nos anos 80, com "Build", dos Housemartins, que ficou popularmente famosa como "Melô do Papel").

The Walkers alcançou os topos das paradas radiofônicas com "There's no more corn on the Brazos" (Não há mais milho no Brazos) em 1971, sendo que Brazos é nome de um famoso rio do Texas, EUA, ao redor do qual existem algumas prisões que se tornaram notórias por acolher presos negros.

Ali, eles eram colocados para trabalhar praticamente em .escravo, em extensas plantações de cana, para produzir melaço que era vendido para grandes empresas de produtos alimentícios, repetindo episódios de opressão social típicos ainda da época da escravatura (estamos falando do período compreendido entre as décadas de 1910-1920 nos EUA).

A letra da música, cita, por exemplo, diversos corpos de presidiários encontrados nas estradas próximas do Rio Brazos, bem como o caso de um preso mais resistente que foi vilmente espancado até ficar cego (no trecho: "Captain don't you do me like you've done for Shine... Well you´ve driven that bully till he went stone-blind" - Capitão, não faça comigo o que você fez com o Shine... Bem, você judiou daquele encrenqueiro até ele ficar totalmente cego).

                    

Ainda faz referências ao estupro de mulheres negras às margens do rio, e à desmedida exploração dos recursos naturais, até seu completo esgotamento: o título diz que "não há mais milho no Brazos", pois os homens "moeram tudo em melaço".

A música, seguindo uma linha de melodias de protesto (música folk), muito popular nos anos 60 e 70, era na verdade derivada de uma canção norte-americana tradicional chamada "Ain't no more cane on the Brazos", que continha praticamente os mesmos versos, mas se referia a cana (cane) na letra original, ao invés de milho (corn).

Não se sabe bem porque, mas os Walkers resolveram trocar "cana" por "milho". De qualquer forma, com seu canto lamurioso, introduzido por flautas melancólicas e um ritmo ponteado pelos ruídos de correntes sendo arrastadas, "No more corn..." se tornou o maior (e único) êxito dessa banda esquecida. Confira:

Pois é... ainda é engraçado pensar que, no Brasil, muitos romances foram embalados por uma música que fala sobre violência contra presidiários negros em plantações de milho( Que na letra original era cana).
Fonte: Vídeo Youtube
Texto: Blog De tudo um pouco

QUEM FARÁ A GUARDA EXTERNA DO SISTEMA PRISIONAL GAÚCHO ? AGENTES DIZEM NÃO SER SUA COMPETÊNCIA

Secretaria de Segurança avalia quem substituirá PMs na guarda externa dos presídios do RS


Após aprovação da PEC 255 na Assembleia, alternativas indicadas são aposentados da Brigada
Militar e agentes penitenciários. Situação de cada penitenciária será avaliada individualmente. Secretaria de Segurança Pública (SSP) realiza um levantamento nas penitenciárias do Rio Grande do Sul, para verificar quais deixarão de contar com a guarda externa da Brigada Militar, e quem ficará responsável pelo serviço.

 A análise é reflexo da aprovação, na última terça-feira (11), da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 255, que retira das atribuições da polícia a exclusividade da segurança do lado de fora dos presídios.


De acordo com o secretário de Segurança do estado, Cezar Schirmer, a situação de cada presídio será avaliada individualmente. "Vamos analisar caso a caso, considerando a população carcerária, a natureza dessa população, o grau de evasão do presídio. Aí, em cima disso, começar a discutir o que vamos fazer. Temos várias alternativas", esclareceu Schirmer.

Com o levantamento, a SSP espera definir quem irá substituir os policiais militares na atividade de segurança externa. Até o momento, a Secretaria cogitou como alternativa os PMs aposentados, militares que deixaram as Forças Armadas e os agentes penitenciários. No entanto, os agentes alegam que a atribuição não compete à categoria.

"Servidores penitenciários não vão, porque isso não faz parte das nossas atribuições. A iniciativa privada já tem decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de que não pode desempenhar esse papel. Então, vai ficar no limbo", disse Flávio Berneira, presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul.

Para a secretaria, com a mudança na fiscalização dos presídios, os demais órgãos precisam entender a nova dinâmica e cooperar com soluções. "Diante da gravidade da segurança pública no Brasil e no Rio Grande do Sul, essas soluções tradicionais têm que ser mudadas. Nós vamos ter que trabalhar com criatividade, cooperação. Então o sindicato da Susepe, dos agentes penitenciários, tem de compreender essa novidade", afirmou Schirmer.

A expectativa do governo, após aprovação da medida, é a de colocar de volta às ruas os mais de 500 PMs que faziam a segurança externa das prisões.
Votação da PEC 255

Na tarde de terça-feira (11), 53 deputados manifestaram seus votos, durante sessão realizada na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, que aprovou em segundo turno a PEC 255. Foram 37 votos favoráveis ao texto e 16 contrários. Número praticamente igual ao registrado no dia 13 de junho, quando a proposta foi aprovada, em primeiro turno, com 35 votos favoráveis e 16 contrários.



Fonte: G1

Fonte: Diário de Santa Maria

POLICIA FEDERAL COMBATE FRAUDES NO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Polícia Federal investiga fraude em benefícios de auxílio-reclusão em Caxias do Sul, no RS



Cerca de 28 pessoas estão envolvidas no esquema de falsificação de documentos para saque do auxílio-reclusão. Segundo a PF, o recebimento irregular do benefício, por pelo menos 500 pessoas, causou prejuízo de R$2 milhões aos cofres do Rio Grande do Sul.

Polícia Federal deu início à Operação Azkaban, na manhã desta quinta-feira (13), em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar o benefício auxílio-reclusão.

 Esse benefício é concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) às famílias de presos vinculados à Previdência Social. Foram expedidos pelos agentes oito mandados de busca e apreensão e oito de condução coercitiva no município.

De acordo com as investigações, cerca de 28 pessoas estão envolvidas diretamente com o esquema de fraudes e, pelo menos, 500 beneficiários receberam o auxílio de forma irregular, o que ocasionou prejuízo de mais de R$2 milhões aos cofres públicos do estado.

"A quadrilha cooptava [presos] que tinham registro na carteira e a partir da comprovação laboral, de vínculo à Previdência, falsificava a documentação" explicou Marcelo Henrique de Ávila, coordenador de inteligência da Previdência Social.

Segundo o delegado Jose Mauro Pinto Nunes, o grupo forjava atestado de encarceramento, carteira de identidade e carteira de trabalho dos apenados, para realizar saques elevados. Os principais crimes investigados são estelionato, organização criminosa, falsificação de documento e uso de documento falso.

A ação ainda não prendeu nenhum dos envolvidos com o crime. Ao todo, a Operação Azkaban conta com cerca de 40 policiais federais e três servidores da Coordenação-geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência. Além de Caxias do Sul, as buscas pelos criminosos são conduzidas na região de Chapecó, em Santa Catarina.




Fonte: G1

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul
Fone: (51) 3235.9005/99717.3040
twitter.com/pfrs


Comunicação Social da Polícia Federal em Caxias do Sul
Fone: (54) 3213.90














MPF ACUSA FRAUDE EM PROCESSO DE REGISTRO SINDICAL


Órgão vai ajuizar ação contra cúpula do Ministério do Trabalho, responsável pelo registro, por discrepância no tratamento de entidades


Fábio Fabrini e Andreza Matais, O Estado de São Paulo

Sede do Ministério Público Federal do DF (Foto: Google/Reprodução)

BRASÍLIA - O Ministério Público Federal vai ajuizar nos próximos dias ação contra integrantes da cúpula do Ministério do Trabalho por supostas ilegalidades na liberação de sindicatos. Conforme investigação recém-concluída sobre o caso, à qual o ‘Estado’ teve acesso, o secretário das Relações do Trabalho, Carlos Cavalcante de Lacerda, e membros de sua equipe teriam manipulado processos de registro para favorecer entidades, em detrimento de outras.

O MPF também avalia eventual medida contra possível tentativa da pasta de interferir na investigação. Numa reunião com a participação de alguns dos investigados, servidores foram previamente orientados sobre como se portar em depoimento ao procurador Federico Paiva, responsável pelo caso.

 Uma das orientações foi a de gravar o procurador no depoimento, além de economizar nas declarações, supostamente para evitar “pegadinhas” do investigador. “De repente, vem a vontade de falar uma coisinha a mais. Pode dar problema pra vocês”, comentou um dos presentes à reunião, conforme gravação obtida pelo Estado. 

Na ação a ser ajuizada, o MPF sustenta que o ministério desrespeita a fila de protocolo, distribuição, análise e publicação de registros. De acordo com a investigação, a avaliação de pedidos deve seguir a ordem cronológica de entrada, o que não estaria ocorrendo.




Reação: ministro Ronaldo Nogueira determinou a instauração de comissão de investigação. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O inquérito cita exemplo de um processo que tramitou em tempo recorde, sendo deferido em cerca de quatro meses, ante vários outros que, embora protocolados antes, ainda estão sem desfecho. Para a Procuradoria da República no Distrito Federal, há discrepância no tratamento dado às entidades.

Histórico. O sistema de concessão de registro de sindicatos é alvo de recorrentes denúncias. No governo de Dilma Rousseff, a suspeita de que haveria cobrança de propina para liberar o registro de entidades foi um dos motivos da queda do então ministro, Carlos Lupi (PDT-RJ), em 2011. Na gestão de Michel Temer, a pasta está sob o comando do PTB, partido do ministro Ronaldo Nogueira (RS), e do Solidariedade, cujo presidente, o deputado Paulinho Pereira da Silva (SP), controla a Força Sindical.

O MPF aponta também que a equipe de Lacerda descumpriu obrigação legal ao indeferir o registro de abertura do Sindicato Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras (Aner Sindical), pois a entidade atenderia às exigências para isso. A negativa, segundo a ação, contrariou um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), favorável à liberação.

A investigação conclui que houve “nítido favorecimento” à entidade concorrente, o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), já constituído, que continuou a ser o único representante da categoria, apto a arrecadar contribuições de seus filiados. Os servidores, contudo, alegam que uma decisão judicial impede o registro da Aner Sindical.

Além de Lacerda, a investigação conclui que o coordenador-geral de Registro Sindical, Leonardo Cabral e a chefe de Divisão de Registro Sindical, Renata Frias Pimentel, praticaram atos de improbidade administrativa.

Outro lado. Procurado pelo Estado, o Ministério do Trabalho informou, em nota, que o ministro Ronaldo Nogueira, ao tomar conhecimento da existência de inquérito administrativo por parte do Ministério Público Federal, determinou a instauração imediata de comissão de investigação preliminar na Secretaria de Relações do Trabalho.

“A comissão tem como objetivo apurar possíveis irregularidades na concessão de registro sindical na Coordenação-Geral de Registro Sindical”, explicou a pasta, acrescentando que o prazo para o envio de um “relatório circunstanciado sobre a investigação realizada” venceu sexta-feira. “A partir da semana que vem, com o conhecimento do conteúdo da denúncia e investigação, o ministério terá um posicionamento”, acrescentou.

O Estado enviou questionamentos aos servidores, por meio da assessoria de imprensa do ministério, mas não houve resposta de cada um.

O coordenador-geral de Registro Sindical, Leonardo Cabral, negou as irregularidades atribuídas pelo MPF aos gestores do ministério. Ele explicou, em entrevista, que não existe lei que regulamente a distribuição processual e que houve mudanças na forma de tratar os pedidos enviados à pasta. Antes, todos entravam numa fila única, conforme a ordem de entrada. Com a troca de governo, a partir do fim do ano passado, eles passaram a ser distribuídos em cinco filas diferentes, de acordo com o tipo de solicitação (federação urbana, federação rural, alteração de estatuto urbano, alteração de estatuto rural e impugnação de decisões). Com isso, afirmou, o andamento de um processo passou a corresponder à velocidade de sua fila.

O coordenador-geral justificou que uma decisão tomada em 2011 pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), já transitada em julgado, impede a concessão do registro à Aner Sindical. Segundo ele, a corte entendeu que o Sinagências é a única entidade com poderes de representação da categoria. “O ministério não pode ir de encontro a uma decisão judicial”, argumentou.

O coordenador-geral diz que a Aner Sindical tenta há cerca de oito anos obter o registro, sem sucesso tanto na esfera administrativa quanto na judicial.

Sobre a reunião, ele afirmou que o objetivo não foi o de interferir nas investigações, mas o de prestar esclarecimentos a servidores que haviam sido intimados como testemunhas e oferecer auxílio jurídico.

O advogado do Sinagências, Breno Valadares, afirmou que a entidade é a representante “única e legítima” dos servidores das agências por “diversos motivos”. “A carreira é uma só.” Ele explicou que o sindicato não recebe imposto sindical, mas apenas contribuições voluntárias.


Fonte : Estadão

MULHERES SÃO ABANDONADAS NAS PRISÕES ULTIMA REPORTAGEM DA SÉRIE "MULHERES NAS PRISÕES"

Abandono é a principal diferença entre mulheres e homens na cadeia, diz Drauzio Varella


De acordo com o médico, mulheres não recebem as visitas de familiares que são recorrentes ao homem. SP1 exibe nesta quarta-feira a última reportagem de série sobre detentas.


Drauzio Varella fala sobre mulheres na prisão

Médico e autor do livro “Prisioneiras”, Drauzio Varella disse em entrevista à TV Globo que a principal diferença entre um homem e uma mulher na cadeia é o abandono ao qual as mulheres estão sujeitas.

 Para Varella, as mulheres acabam ficando “completamente abandonadas”, sem as visitas de familiares recorrentes aos homens que estão no sistema prisional.

Nesta segunda-feira (10) o SP1 iniciou uma série de três reportagens especiais que mostram a realidade de detentas na penitenciária Feminina da Capital, em São Paulo (veja vídeos ao final desta reportagem). A última reportagem da série vai ao ar nesta quarta-feira (12) e abordará as dificuldades de gestantes e mães de crianças recém-nascidas.

Para Drauzio Varella, a sociedade aceita “com mais naturalidade” a prisão do homem e, no caso das mulheres, o crime é visto, inclusive com “conotação sexual”.
“Tem dois aspectos: primeiro, que a mulher não é para ir presa. Mulher é tratada na família para dar exemplo, para ser boazinha, obediente, então já uma quebra de paradigma importante. Segundo, porque a prisão da mulher tem sempre uma conotação sexual também, porque se ela rouba, é porque ela é devassa também”, analisa o médico.

Veja abaixo trechos da entrevista concedida por Drauzio Varella para a série de reportagens do SP1:

Diferença entre presos homem e mulher

“A diferença maior, se você tiver que escolher uma, é o abandono. O que homem vai preso tem sempre uma mulher que vai visitá-lo: namorada, amante, esposa, tia, prima, avó, mãe. A mulher que vai presa é abandonada completamente. Pra você ter uma ideia, na penitenciária feminina tem 2.200, 2,500 presas. Número medico de visitantes por semana é 800. Visitas intimas não passam de 200 mulheres. Você vai numa cadeia masculina e o número é muito superior a esse.”

Visita íntima


“A visita intima é fundamental porque o que que acontece... Se a mulher vai presa e ela não tem visita intima, o laço dela com o marido, com o namorado, se perde completamente. A visita íntima não se trata somente de satisfação sexual. Se trata da manutenção de laços familiares. É importante tanto pra homens quanto pras mulheres.”




Conotação sexual da prisão da mulher

“A sociedade aceita com mais naturalidade um homem preso na família do que uma mulher presa. Tem dois aspectos: primeiro, que a mulher não é pra ir presa, mulher é tratada na família para dar exemplo, para ser boazinha, obediente. Então já uma quebra de paradigma importante, segundo, porque a prisão da mulher tem sempre uma conotação sexual, porque, se ela rouba, é porque ela é devassa também. Se ela rouba, ela não deve prestar. Isso é o que a sociedade, de alguma forma, pensa. Um homem, não."
"Um homem vai preso: ladrão é ladrão, não interessa a vida sexual dele. Mas, para mulher, a mulher tem sempre esta conotação sexual”

Aumento do número de presas

“O cálculo é que o número de mulheres presas nos anos 2000 aumentou mais de 500%. E eu acho que isso tá relacionado com o envolvimento das mulheres no tráfico de drogas, porque, na feminina, mais de 60%. Dois terços praticamente das mulheres presas foram presas por tráfico. Então, se você desconsiderar o tráfico, que o tráfico não é mais crime, você ficaria com um terço das presas, que são aquelas envolvidas em outros crimes, né, homicídios, assaltos , furtos.”

Tráfico de drogas

“Nós criamos uma grande massa de adolescentes na periferia que frequentam escolas de má qualidade, que não tem nenhuma ação do Estado pra tentar colocá-las no mercado de trabalho, e essa massa de adolescentes convive com o tráfico: o tráfico tá na esquina, tá na porta de casa. E o tráfico oferece emprego pra todos, ou pra grande parte, e um salário que eles não vão ter condições de receber na iniciativa privada, legal. O tráfico é um chamariz e aponta pra esses adolescentes um caminho na vida, Vão ter dinheiro, vão poder comprar moto, vão poder comprar jeans de marca, tênis, oculos escuro. Esse consumo que o adolescente de classe média tem naturalmente eles vão ter acesso a ele. Então, eu acho que isso é uma tentação muito grande porque você não tem o Estado, a sociedade não tem nada em contrapartida pra oferecer”

Mulheres na base hierárquica do tráfico

“As mulheres ocupam a base na hierarquia do tráfico. Em geral, é a pequena traficante. Esta que faz o ‘leva e trás’ de droga. Algumas, depois de um certo tempo de carreira, se afirmam, se firmam em posições intermediárias, mas o topo do tráfico é muito difícil chegar a uma mulher. Sabe? O grande traficante é homem. Mulheres que chegam a transportar a vender grandes quantidade são a minoria, sem impacto no volume total do tráfico.”

Perfil das presas

“O perfil da mulher na cadeia, o perfil médio da mulher é em geral uma menina entre os 20 e os 35 anos. Aí é que está a maioria delas. Em geral, é uma moça que começou ter filhos com na adolescência - uma epidemia das grandes cidades brasileiras. Começou ter filho na adolescência e veio tendo estes filhos no decorrer dos anos. Você pega meninas lá de 30 anos com 7, 8 filhos, com certa frequência. Quando eu vejo uma menina de 25 anos que não tem filho é [porque é] infértil ou é gay. Não tem outra explicação.”

Fonte: G1

Veja a reportagem completa com os vídeos no link abaixo

DOENÇA ALTAMENTE CONTAGIOSA SE ALASTRA NA PAPUDA E INFECTA VISITANTES

Após denúncia, MPDFT cobrou providências. Detentos estão com impetigo, que causa feridas e bolhas de pus por todo o corpo

MANOELA ALCÂNTARA
13/07/2017 5:21 , ATUALIZADO EM 13/07/2017 9:30



ARQUIVO PESSOAL


Coceira intensa, feridas e bolhas purulentas na pele. Esses são alguns dos sintomas que presos da Papuda apresentam há pelo menos quatro meses. Os detentos sofrem de uma infecção bacteriana chamada impetigo, também conhecida como impinge. A enfermidade, que é extremamente contagiosa, tem afetado até mesmo parentes dos internos, que contraíram os micro-organismos durante as visitas.

A situação atinge especialmente as unidades nas quais há muitas pessoas em uma mesma cela, como as penitenciárias do Distrito Federal 1 e 2 (PDFs 1 e 2). Revoltados com a situação, familiares dos presos acionaram o Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

Representantes do órgão fizeram uma inspeção na Papuda em 27 de junho e constataram a veracidade da denúncia. Dois dias depois, foi enviado um ofício à direção do presídio e à Vara de Execuções Penais (VEP). Na semana passada, o Nupri cobrou providências da Secretaria de Saúde (SES).
Ao Metrópoles, o Nupri informou que fará vistorias-surpresa nos próximos dias “para verificar a situação e tomar providências até que o problema seja resolvido”. Enquanto isso, dezenas de presidiários sofrem com os sintomas da doença.


Veja fotos dos detentos

Impetigo
Impetigo
















Contágio dentro e fora da Papuda

Segundo o relato de 10 esposas de detentos ouvidas pela reportagem, o problema começou em maio. Os maridos de todas elas estão doentes até hoje, e três das mulheres foram contaminadas.

É o caso de Maria*, 22 anos. Em maio, ela foi visitar o companheiro na PDF 2 e voltou para casa com uma coceira “insuportável” no corpo. “Apareceram vários caroços vermelhos. Fiquei seis dias seguidos com os sintomas, mas como estou aqui fora, fiz o tratamento e passou”, disse.

Em uma visita recente, Maria constatou que o marido continua com o problema: feridas nas mãos, nas pernas, nos pés e na virilha. Ele solicitou o tratamento, mas não recebeu medicação. “Tenho dois filhos e não levo eles nas visitas para evitar o contágio”, afirmou.

Na PDF 1, a situação é a mesma. “Meu marido contou que há um surto de feridas e doenças lá dentro. Os guardas sequer os levam para a enfermaria. Há dois meses ele se queixa das feridas. Conseguiu uma amoxicilina lá, mas não melhorou nada”, relata Paula*, esposa de outro interno.

Veja depoimentos nas redes sociais











Problema de saúde pública


De acordo com a dermatologista Clarissa Borges, os casos de impetigo precisam ser tratados com rapidez. Segundo ela, o problema é pior em locais com higiene inadequada, como presídios.

A disseminação é muito rápida. A contaminação pode ocorrer pela mão, pelo uso de cobertores, lençóis e travesseiros. Se o surto não for contido, pode virar um problema de saúde pública."
Clarissa Borges

A especialista explica que o impetigo pode ocorrer em duas formas, ambas causadas pelas bactérias Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus. “As lesões geralmente começam pelos braços, vão para a face e se espalham por onde as mãos tocam. Para evitar a contaminação, é necessário fazer a higiene adequada”, ressalta.

O tratamento do impetigo é feito com antibióticos em forma de pomada (para a pele) ou, nos casos mais graves com múltiplas lesões, com medicação via oral.

Questionadas sobre a situação, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) e a Secretaria de Saúde informaram, por meio de nota conjunta, que apenas em 20 de junho foi identificada a infecção. Segundo as pastas, o tratamento começou “imediatamente”.

No entanto, os órgãos não disseram quantos presidiários estão enfermos. A subsecretaria assegurou que nenhum dos contagiados precisou ser levado ao hospital. “Os presos são constantemente acompanhados por diversos profissionais da saúde que trabalham nas unidades, como clínicos-gerais, enfermeiros, dentistas, assistentes sociais, terapeutas entre outros”, informaram a Sesipe e a SES.

CNJ: situação alarmante

No início de 2017, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou o Relatório de Gestão — Supervisão do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas. No documento, o órgão considerou que o sistema carcerário brasileiro “institucionaliza e dissemina o estigma e a vulnerabilidade” e que o recolhimento de pessoas, “via de regra, acontece em celas imundas, desprovidas de salubridade”.

Essas condições, segundo o documento, propiciam a proliferação de doenças infectocontagiosas. “Falta de água potável e componentes básicos de higiene pessoal. Esses são alguns dos gravíssimos déficits apurados nas rotineiras inspeções realizadas por juízes de todo o Brasil nos presídios sob sua respectiva jurisdição”, diz o relatório.

As condições inadequadas, ressalta a entidade, se espalham por todo o universo carcerário. Uma das áreas prejudicadas é vital para os detentos: a alimentação.

Marmitas azedas

Os recorrentes problemas que envolvem a alimentação nas penitenciárias motivou a abertura de uma investigação pelo MPDFT em junho.

O Ministério Público apura denúncias de que as fornecedoras de marmitas para os presídios do DF não estariam cumprindo os contratos com o GDF. A Confederal/Confere, a Cial e a Nutriz foram oficiadas sobre a necessidade de obedecer as determinações previstas nos acordos, que custarão aos cofres públicos R$ 200 milhões até 2019.

As denúncias apuradas são de comida azeda e da falta de itens previstos em contrato. Na ceia noturna, por exemplo, os relatos eram de que em vez do pão com queijo, manteiga e presunto, os detentos recebiam pão puro, sem recheio. Todos os 15.311 internos do sistema prisional do Distrito Federal estavam sendo prejudicados.

As investigações ainda estão em andamento. Caso as empresas insistam em descumprir as determinações legais, poderão ter os contratos rescindidos, e seus gestores, vinculados à Sesipe, responder a uma ação de improbidade administrativa. 

*Nomes fictícios a pedido das entrevistadas, que temem retaliações aos maridos.


Fonte: Metrópoles